Marcos 11:24 – Portanto, vos afirmo: Tudo quanto em oração pedirdes, tenhais fé que já o recebestes, e assim vos sucederá.
Sempre ouvimos alguém dizendo que” quanto mais rezo mais assombração aparece”. Mas será que essa pessoa está sabendo como usar o poder das orações do jeito certo?
Orar é estar em conexão com as esferas superiores, alinhado com seres de luz que estendem um manto energético purificando a mente e as emoções. Esta conexão possibilita, então, melhores condições para que tenhamos pensamentos positivos e produtivos que irão transformar a nossa vida.
Em assim sendo, poderíamos dizer que orar deveria ser a atividade mais importante de todas, pois é o processo que pode criar uma vida melhor.
Se nos aprofundarmos na análise do ato de orar, perceberemos que tudo o que vemos, o que pensamos e tudo o que fazemos é uma forma de oração.
Afinal, estamos a todo instante emitindo pedidos ao universo ao fazermos nossas escolhas cotidianas para realizar nossas tarefas e interagirmos com as outras pessoas.
A nossa vida é uma oração permanente.
Nossos desejos e pedidos não são acolhidos apenas nos momentos que dedicamos exclusivamente às preces e orações da forma tradicional, mas também por meio de cada pensamento, cada palavra e por nossos atos. Todos eles são orações que fazemos em todos os momentos.
A vida é uma permanente oração, mas grande parte das pessoas não tem noção dessa verdade. Acreditam que rezar se limita aos momentos e locais consagrados a essa atividade.
Dessa forma, inúmeras pessoas têm a sensação de que suas orações não são atendidas, ou apenas são atendidas ocasionalmente e, muitas vezes, de forma incompleta.
É preciso saber que o ato de orar, ou seja, a ação que fazemos para entrar em contato com as esferas superiores, não se inicia somente quando nos ajoelhamos, quando pegamos o terço, quando nos posicionamos para meditar ou mesmo quando nos preparamos para algum ritual.
Mateus 6:6 – Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente.
Orar, para ficamos dentro de uma compreensão geral, é uma atividade que se inicia quando nascemos e termina quando morremos.
Mas se lançarmos nosso olhar para as dimensões que se sobrepõe à realidade material, onde o nascimento e a morte são apenas marcos de passagem, compreenderemos que o ato de nos conectarmos à inteligência superior, isto é, nos mantermos em oração, não termina nunca.
Como já dissemos, cada pensamento, palavra e ato é uma prece enviada a Deus, uma solicitação feita ao alto. Ao compreendermos isso, com certeza mudaremos muito a forma como pensamos, falamos e agimos.
Também poderemos entender a causa de muitas de nossas preces formais não serem atendidas, pois entenderemos como o mecanismo funciona.
Nas orações formais, solicitamos a intermediação ou mesmo a ingerência de Deus para os nossos interesses. Manifestamos, então, nosso desejo para que Ele dê um jeito ou crie alguma coisa para nos ajudar.
Não podemos rezar por uma coisa e emitir sinais contrários ao nosso pedido.
Agora, pense comigo: fazemos as nossas preces formais em um ou dois momentos do dia, ou em determinadas ocasiões na semana. No resto de nosso tempo, o que fazemos?
Passamos a maior parte de nosso tempo emitindo, mesmo que de forma involuntária, orações a Deus. Elas, entretanto, poderão trazer resultados opostos do que foi formalmente solicitado.
Entenda que rezamos por uma coisa e depois ficamos pensando em outra completamente diferente. Muitas vezes nos recolhemos em um local calmo e iniciamos fervorosamente a nossa oração.
Elevamos, em seguida, o pensamento e com muita sinceridade emitimos os nossos pedidos, por exemplo, pedindo que tenhamos mais prosperidade.
Depois, durante os outros dias, ficamos enredados por pensamentos de escassez. Só falamos, então, de dificuldades e agindo de forma temerosa em função da falta de algo.
Ou seja, dedicamos uma parcela pequena de nossa vida para realizarmos uma tarefa que nos mantenha ligados ao poder maior que é a forma de obtermos o que precisamos. Mas, na maior parte de nosso viver emitimos sinais contrários, reforçando o nosso estado de carência.
Marcos 11:23 – E, com toda a certeza eu vos asseguro, que se qualquer pessoa ordenar a este monte: ‘Levanta-te e lança-te no mar, e não houver dúvida em seu coração, mas crer que se realizará o que pede, assim lhe será feito’.
Achamos bonito demonstrar que acreditamos que o universo está sempre cuidando de nós, que ele sempre responde às nossas orações e que o querer é poder.
O que não percebemos é que estamos a todo instante emitindo petições a ele, desde que acordamos até irmos dormir, do nascimento à morte.
Ao tomar ciência desse fato, temos a comprovação que as frases acima são verdadeiras, que tudo em que acreditamos se realiza, mas ficamos assustados ao saber que possuímos essa enorme responsabilidade.
Essa é a grande dádiva ofertada a nós por Deus, a capacidade de criar, de dar forma e vida a tudo aquilo que queremos, e esse poder é decorrente da poderosa ação da prece.
Ao saber disso, algumas pessoas não aceitam bem esse conhecimento, pois o conteúdo de seus pensamentos, palavras e ações não é muito edificante. Mas querendo ou não, é isso que estão pedindo e é isso que receberão.
Vemos claramente que manter os atos de pensar, falar e agir de forma elevada e positiva é a melhor maneira de enviar a Deus nossas orações.
José Batista de Carvalho
