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Culpa e responsabilidade: qual a diferença?

Culpa e responsabilidade qual a diferença

Nas asas do pensamento deixamos aflorar nossas emoções

“O pensamento parece uma coisa à toa
Mas como é que a gente voa quando começa a pensar.”

Talvez alguns de vocês conheçam esse verso. É de uma antiga música – “Felicidade”, regravada de tempos em tempos por vários artistas, mas de autoria de Lupicínio Rodrigues.

E como é apropriada essa frase, que atravessou décadas numa singela melodia sobre saudades da terra natal, para se manter tão atual.

Esse é o cerne do autoconhecimento e um dos princípios das práticas meditativas: manter-se atento, centrado no presente, ligado no que está fazendo, no que está acontecendo, evitando que o pensamento vagueie pelos arrabaldes das relembranças já idas ou do futuro ainda expectante.

É fácil, muito fácil, por uma coisa à toa  – uma palavra que ouvimos, algo que passa pelos nossos olhos ou pela nossa mente, e pronto! – lá vamos nós, voamos para bem longe, seja no tempo ou no espaço, para nos enfurnarmos nas lembranças da vida, remoendo algo que ficou para trás: em horas passadas, há meses vividos ou, quem sabe, até em décadas esmaecidas.


Você pode ler mais sobre “Tempo” no post Liberte-se da ilusão do tempo


Claro que se são boas lembranças é bom revisitá-las, desde que não nos doa termos que deixá-las depois onde estão. Mas, diga-se a verdade, na maioria das vezes não são sentimentos bons: um desentendimento, uma frustração, uma vergonha, uma traição.

Por que é melhor trocarmos a culpa pela responsabilidade?

Culpamos o outro por nos fazer passar por uma situação desagradável  ou culpamos a nós mesmos tentado entender porque nos fizemos passar por isso e, no final das contas, ficamos sem saber quem é mais culpado.

E nessas horas eu lembro de uma leitura de um dos livros de Louise Hay – O Poder Dentro de Você , do qual vou transcrever um trecho:

“Acredito que o ser humano contribui para a criação de cada condição de sua vida, seja ela boa ou má, em função de sua maneira de pensar e sentir. Os pensamentos criam sentimentos; assim, passa-se a viver de acordo com esses pensamentos e sentimentos. Mas isso não significa que se é o culpado pelo que sai de errado na vida. Existe uma diferença entre ser responsável e culpar a si mesmo ou aos outros. 

“Responsabilidade é a capacidade de reagir a uma situação. Sempre temos uma escolha. Isso não significa negar quem somos ou o que temos. Simplesmente quer dizer que devemos reconhecer que contribuímos para ser o que somos. Assumindo a responsabilidade, ganhamos o poder de mudar e dizer: “O que posso fazer para mudar isto?” É preciso, acima de tudo, compreender que todos possuímos o poder o tempo todo. Tudo depende do modo como o usamos.”


Selecionamos estes dois posts caso você queira ler também:


Podemos, desta forma, considerar que a culpa é um artifício para nos eximirmos de responsabilidade. Ela nos permite assumir o papel de vítimas e, assim, acreditarmos que não temos opções, não existe possibilidade de fazermos algo que permita mudar a situação atual.

E, de fato, nada acontece enquanto mantivermos esse tipo de pensamentos, enquanto acalentarmos esse tipo de sentimentos.

Sempre é tempo de assumir o poder de escolha quando se trata da nossa vida

A culpa só nos põe para baixo, é um peso que nos prende e não nos permite alcançar nossas realizações.

Ao contrário, assumir a nossa parte de responsabilidade nos acontecimentos nos faz ver as situações de outra maneira e aprender com a experiência, para, então, podermos agir diferente e evitar os mesmo resultados.

E ainda que, realmente, tenhamos sido vítimas indefesas numa situação qualquer, ainda que não tenhamos tido responsabilidade alguma sobre o que ocorreu, podemos assumir a responsabilidade pela melhoria de nossa vida.

A vida é um eterno aprendizado. As lições muitas vezes são difíceis, mas estamos aqui e lamúrias não vão mudar nenhuma situação.

A única coisa que pode dar certo é assumirmos o poder de escolha, escolhermos pensar e sentir de outro modo, para que os resultados também comecem a ser diferentes.

Se você se interessar, no post Arrumando os armários da sua mente você pode encontrar mais esclarecimentos e orientações a respeito desse assunto.

Lembre-se sempre que esta vida é importante por um motivo: você.

Noemi C. Carvalho

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