A realização em nossas vidas começa com algumas palavras.
Existem várias definições para “fé”, essa pequena palavra que encerra tanta força e simbolismo, que consegue trazer ânimo e forças para que você melhore a sua vida.
Os principais significados descrevem “fé” como sendo uma forte convicção em algo pela total e plena confiança em sua veracidade, independente de qualquer prova ou confirmação; é algo que é considerado como uma verdade e que se constitui numa crença. Ou, ainda, num contexto mais popular, é a certeza de que algo vai se concretizar, mesmo que ainda não haja nenhuma evidência quanto a isso.
Ou seja, em resumo, ter “fé” é aceitar algo como verdadeiro. Quando aceitamos alguma coisa como verdadeira significa, simplesmente, que acreditamos.
Mas segundo Neale Donald Walsch, ainda é preciso mais que isso: é preciso saber.
“Quando temos fé em alguma coisa, nós estamos dizendo que nós acreditamos que ela virá ou poderá acontecer, mas há o elemento de algo maravilhoso ou duvidoso… caso contrário a “fé” não seria necessária.
Quando sabemos de alguma coisa, nós dizemos que temos certeza de que ela virá ou poderá acontecer. Não há sequer dúvida, porque agora não há como não acontecer. Nós mantemos essa informação como um conhecimento. E então nós ficamos atentos a essa coisa, positivamente.
Quando vocês entram no seu quarto e acionam o interruptor, vocês não esperam que o quarto fique iluminado, nem têm fé de que ele ficará iluminado. Vocês sabem que será iluminado. Não há nenhuma maravilha nisso, portanto não há qualquer dúvida em sua mente.”
Eu ainda ouso complementar a explicação desse “saber”, da forma como Neale Donald Walsch descreve, reforçando que envolve também o “sentir”, para que se realize essa certeza positiva, que vem não apenas do saber racional, mas do saber sentido no fundo da alma.
Reconhecer e manter ativa a energia do nosso poder interior.
Desse sentimento que é mais que saber, desse saber que é mais que fé, dessa fé que nos dá forças para seguir sempre em frente, é que podemos chegar, então, à compreensão e ao reconhecimento da vibrante energia presente no Universo, da força pulsante, latente e presente em todas as criaturas: a centelha divina da vida.
A centelha da vida pode, às vezes, estar tênue e esmaecida, talvez porque não nos damos conta de sua existência. Como uma vela que, ardendo num copo semitampado, ao ser retirado o obstáculo recebe o ar que lhe aviva a chama, nossa centelha interior também se expande quando tiramos os obstáculos à sua expansão, quando a reconhecemos e lhe damos valor.
Talvez seja uma alusão um pouco tosca para algo tão importante, pois represento essa simples chama como a nossa consciência, a nossa essência. Isto é, esse tão falado “quem somos”, algo tão poderoso e grandioso que, muitas vezes, nem sequer consideramos que tenhamos isso em nós. Nem mesmo pensamos que nós sejamos algo além desses simples mortais viajando com a sortida bagagem de alegrias, descontrações, sofrimentos, decepções, realizações, tristezas, entusiasmo e tudo o mais que couber nesta vida.
Podemos sempre alimentar e expandir a centelha de vida.
Enfim, quando conseguimos perceber e sentir que esse potencial de vida e criatividade está sempre presente em nós, podemos aumentar a atenção dirigida a esse grande poder interior e alimentar essa centelha de vida, a partir de algumas atitudes:
- nutrindo-a com bons pensamentos e sentimentos
- alimentando-a com atitudes de compreensão, paciência e humildade
- sustentando-a com bom ânimo, alegria e motivação
- cultivando a autovalorização, autoestima e amor-próprio
- mantendo a força, coragem e determinação em qualquer circunstância
- incentivando essas mesmas qualidades nas pessoas próximas
Assim, na medida em que permitimos que nossa essência se expanda mais e mais, além de impulsionar a nossa própria vida, proporcionamos que ela irradie e se una a outras manifestações semelhantes, atuando nesse conjunto como um imenso gerador de paz e harmonia que abastece todos os cantos do planeta.
Noemi C. Carvalho
