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Se negar a tristeza que me invade nunca encontrarei o melhor de mim

Detalhe de rosto de mulher mostrando profunda tristeza no olhar e a inscrição "Se negar a tristeza que me invade nunca encontrarei o melhor de mim"

Por que nos sentimos tristes?

A tristeza é uma das seis emoções básicas do ser humano, a que provoca maior negatividade, e não é bom negar esse sentimento. As outras são: medo, repulsa, raiva, surpresa e felicidade.

Quando estamos tristes geralmente temos baixa autoestima, desânimo, sentimos solidão, dor ou angústia, culpa, cansaço. Por todo esse sombrio quadro, ninguém gosta de passar pela tristeza, porém ela também desempenha atividades importantes, assim como as outras emoções básicas.

O papel da tristeza é agir quando a pessoa fica impotente ou nada pode fazer para resolver o que provoca o sofrimento, como a morte de alguém querido, o sentimento de raiva em relação a alguma pessoa, perdas em geral, separações, entre outros motivos.

A tristeza reduz, então, o nível de atividade para moderar a utilização dos recursos vitais, evitando esforços desnecessários.

Além disso, ela também atua de forma autoprotetora, concentrando a atenção em si mesma para desviar a atenção de um estímulo prejudicial.

Mas a maior utilidade da tristeza parece ser forçar a pessoas a buscar auxílio para sair de um estado potencialmente gerador de depressão.

O que desencadeia a tristeza?

Percebi que quando passo por momentos de tristeza parece que a mente insiste em trazer alguma coisa do passado, como que para aumentar mais ainda a tristeza.

Fico então em dúvida se é por estar triste que as lembranças chatas aparecem, ou se é por que essas lembranças estão vindo à tona que fico triste.

Sei que esse movimento começa no inconsciente e vai “aparelhando” os sentidos para receberem as reminiscências de insegurança frustração, angústia e assim, com todo o aparato da tristeza montado, os antigos pensamentos emergem para que eu mergulhe ainda mais fundo.

Parece a história do ovo, é duro saber o que vem primeiro. Mas independente de conhecer o que acontece antes, saiba que as duas coisas podem acontecer: um fato ou sentimento presente pode “puxar” algo que está no inconsciente e as emoções virem, ou algo que está no inconsciente pode despertar e provocar as sensações e emoções.

Sentimentos bloqueados também provocam tristeza.

Em alguns desses momentos também percebi que só a tristeza apareceu, sem nenhuma história ou caso que pudessem estar ligados surgirem na mente. Ou seja, uma tristeza espontânea, sem nenhum fato do presente, sem nenhuma lembrança do passado.

Quando isso acontecia, muitas vezes pensava em alguma interferência energética externa, afinal, pode ser algum encosto também.

Mas ao investigar com um pouco mais de paciência – é preciso muita paciência para lidar com isso – comecei a pensar que sempre que sentimos algum efeito este é fruto de uma causa específica.

Nada surge ao acaso. Sendo assim, a tristeza espontânea não é tão espontânea assim.

Ela provavelmente deve ser fruto de algum conteúdo emocional que está preso num lugar tão profundo de nosso inconsciente que sentimos o efeito, mas as lembranças ligadas a ele não conseguem romper as barreiras desse pré-sal psicoemocional e chegar à consciência para que  possamos lidar com elas.

Isso geralmente acontece porque esse fato reprimido possui uma carga emocional muito elevada, que provavelmente não estamos capacitados para lidar, ou que o estejamos negando com muita força – por não querer lidar com ele.

Assim, a tristeza pode estar funcionando como um sinal de alerta.

Não reagimos sempre da mesma forma à tristeza.

Nas vezes em que fiquei triste, notei que nem sempre reagia da mesma maneira.

Em algumas ocasiões, me deixava ficar mais tempo abatido; outras vezes, passava por cima e mesmo triste continuava tocando as minhas tarefas; em outras, ficava remoendo o sentimento e assim agravava a tristeza, agregando um pouco de raiva por estar assim.

Mas o que percebi é que se eu deixasse que ela se prolongasse, criava-se um círculo vicioso em que cada vez ficava mais triste por estar triste. É uma tristeza, não?

Como lidar com a tristeza?

Bem, cheguei até aqui para apresentar, além das informações já escritas acima, alguma estratégias para lidar com essa emoção que não escolhe hora, lugar e pessoas para começar:

  • o primeiro passo é não fugir nem negar a tristeza. Não é pecado nenhum ficar triste, irritado. A tristeza é uma emoção natural e assim faz parte de nossa vida. Aceitar emoções e sentimentos é destinar alguns momentos da vida para ficar atento a eles, reconhecê-los para liberá-los. Sempre conservar a calma. Não se prender as emoções negativas.
  • ter consciência de suas qualidade, virtudes e do valor de sua existência. Lembrar de suas conquistas, dos momentos felizes que passou. Procurar manter uma autoconversa sempre em níveis positivos, utilizando palavras boas, alegres que incentivem e demonstrem vitalidade. Quando alguém perguntar como você está, sempre diga que está empreendendo seus melhores esforços para fazer de todos os dias momentos produtivos e de bem estar.
  • exercícios físicos, caminhadas, academia, esportes em geral ajudam a movimentar o corpo e proporcionam a liberação de substâncias que trazem bem estar físico e emocional.
  • procure amigos de confiança para conversar e encontrar apoio e compreensão.
  • meditar traz muitos benefícios, ajuda a se encontrar consigo mesmo, não requer nada além de tempo e um lugar calmo; exercícios de respiração ajudam a acalmar e a encontrar paz.

Lembre-se, portanto, que é natural ficar triste, o que é nocivo é negar a tristeza ou embarcar nessa emoção e passar a ser uma pessoa triste.

Obs.: no caso de tristeza profunda e constante, crises de choro frequentes, desinteresse por atividades que anteriormente traziam prazer, forte cansaço, alterações nos padrões de sono ou apetite, considere buscar ajuda médica.

José Batista de Carvalho

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