
No fundo do poço só tem um caminho: para cima.
Quando se chega no fundo do poço, é o momento de se preparar e enfrentar a subida. Afinal, esse é a única opção, é a hora de fazer um reajuste no rumo da vida, é o momento de se tornar um vencedor.
Durante a vida, muitas oportunidades de crescimento são desperdiçadas, talentos ficam aquém do seu potencial. É como se ligássemos o piloto automático, parece que vamos deixando a vida se desenrolar por sua conta.
Mas, mesmo se estamos acomodados, existe uma instância da nossa vida – preciosa vida – chamada alma ou espírito, que não sossega.
É o nosso eu imortal, que armazena uma memória existencial mais abrangente do que a capacidade atual da nossa mente, e por isso tem uma dimensão mais ampla da nossa existência como potencialidades divinas que somos.
Sempre aparecem respostas e caminhos para ajudar você a se tornar vencedor.
Em outras palavras, a nossa alma sabe tudo que já vivemos, o que aprendemos e sofremos, e aquilo que somos capazes de desenvolver. Queremos ser felizes, mas talvez não estejamos aplicando da melhor forma nossas capacidades. Assim, medidas drásticas podem ser o impulso para nos mostrar um outro caminho.
Por isso, se você passar por dificuldades ou se defrontar com alguma adversidade mais séria, não se dê por vencido. Acima de tudo, acredite que, de algum jeito, você vai descobrir a melhor forma de se tornar vitorioso, de dar uma guinada na sua vida.
Então fique atento, procure sua resposta. Ela vai chegar, naturalmente, no meio de um texto, num trecho de música, num diálogo de filme, numa frase durante uma palestra. Assim, em certo momento, você vai ter uma intuição, aquele estalo que quebra as barreiras e mostra um novo horizonte.
A dificuldade abre novas perspectivas e mostra outras oportunidades para você vencer na vida.
Paul Brunton nasceu em 1898 em Londres mas foi viver na Índia, devotando a sua vida à busca espiritual. Ele escreveu vários livros e, para esclarecer esse assunto sobre o sofrimento físico ou existencial e suas implicações na vida, Brunton, explica:
“Aqueles que sofreram frustrações, privações e infortúnios, cujas esperanças morreram e cuja coragem acabou, cuja decepção é profunda e permanente, poderão querer escapar de si mesmos ou do mundo. São eles os que mais frequentemente têm ouvidos para ouvir e ouvem a voz da antiga sabedoria mais prontamente.“
Isto porque o sofrimento nos leva a uma introspecção. Ficamos, assim, mais predispostos a “ouvir” nosso eu superior, a nossa alma que procura nos conduzir através de melhores escolhas.
Brunton prossegue: “O melhor que procuramos está ao alcance de nossa mão, porque o Eu Supremo está dentro de nós mesmos. Pode ouvir-nos a prece sincera e pode conceder-nos sua graça benigna.
Quando reconhecemos humildemente que nossas forças são limitadas e nossas luzes são fracas, e nos arrojamos aos pés do poder superior buscando comunhão com ele e rogando-lhe que nos guie, chamamos em nosso auxílio seus recursos, bem maiores.“
Acredite, do fundo do coração: você pode se tornar um vencedor.
Portanto, em qualquer situação, pergunte sempre o que mais você ainda pode fazer. Ou seja, o que você pode fazer melhor para realizar seus projetos e sonhos, como você pode pôr em prática qualidades que não estão sendo devidamente aproveitadas.
Você pode fazer mais, você pode fazer melhor. Deus sabe disso, e por esse motivo manda alguns ajustes no seu percurso.
Sua alma sabe disso e aceita os desafios porque acredita firmemente que você tem potencial. A questão é uma só: você realmente acredita nisso? Firme a sua postura, firme seu pensamento, firme sua vida.
Noemi C. Carvalho