
A separação de nossos amigos, sejam humanos ou animais, é temporária.
Quando existe a afeição por um de nossos amigos animais e ele é levado de nosso convívio pela morte, a dor da separação é muito forte. Os laços de afetividade unem todas as criaturas de Deus, uma vez que todos nós, em todos os reinos da natureza, nos imantamos ao Amor Divino e assim coexistimos, compartilhando as experiências da jornada evolutiva.
A Doutrina Espírita permitiu ao ser humano ter uma compreensão mais ampla dos ciclos da vida e da finalidade das reencarnações. Essas orientações e ensinamentos nos são transmitidos por elevadas entidades espirituais, já mais adiantadas na jornada espiritual.
Mas mesmo sabendo que tudo o que vive na Terra tem uma existência temporária, e que esta não se extingue mas continua na vida imperecível, a convivência e os vínculos amorosos que se estabelecem fazem aflorar as emoções, tão humanas e tão sensíveis.
Chico Xavier tinha muita estima pelos animais.
Assim, os afetos que se despedem de nossa companhia nos fazem sentir, a princípio, a sensação da perda, da saudade, de um pedaço de nós que se foi.
Chico Xavier explicou que os animais de estimação, depois que desencarnam, podem ir para o plano espiritual, ou então ficar por algum tempo ao lado daqueles com quem conviveram. Ou também podem reencarnar, sempre seguindo as determinações dos amorosos Espíritos que os conduzem ao que será melhor para a sua jornada evolutiva.
Nas histórias sobre a vida de Chico, ele conta sobre a Boneca, uma cachorrinha a quem ele era muito afeiçoado e que o deixou muito triste quando morreu. Mas ele percebeu, na filhotinha que amigos lhe levaram, a presença de Boneca, “ensinando” a nova amiguinha.
Chico Xavier tinha um imenso amor que se multiplicava a cada dia, e que se manifestava tanto nos cuidados com os seus semelhantes como também com os animais. Leia, em seguida, uma das histórias sobre Chico, contada por Marcel Benedeti.
Noemi C. Carvalho
Chico e o cão Dom Pedrito.
“Uma pessoa nos contou sobre um caso envolvendo Chico Xavier e seu cão. Ele tinha em sua casa cerca de cem animais, entre cães e gatos. Nesta grande família que vivia sob os seus cuidados, havia um preferido. Seu nome era Dom Pedrito.
Era um cão sem raça definida, muito brincalhão e simpático que o distraía com as suas peripécias. Certo dia, Dom Pedrito distraiu-se e saiu para o meio da rua, sem perceber que um automóvel vinha em sua direção. Não tendo tempo de desviar do veículo, chocou-se com e ele e desencarnou rapidamente.
O médium, ao receber a má notícia, entrou em depressão e adoeceu. Seu abatimento foi tal que se acamou por várias semanas. Os amigos vinham visitá-lo, tentando animá-lo.
Se até Chico sofria com a separação dos amigos animais…
Foi necessário que o tempo passasse para sair desta fase, mas ele não esquecia o amigo desencarnado. Depois de algum tempo, o amigo espiritual Emmanuel manifesta-se para ele. E avisa que um cão o seguia, quando ele andava por uma via pública, e explicou que era o Dom Pedrito que retornara ao lar.
Chico, feliz, recolheu o cão e voltou para casa onde encontrou um amigo a quem relatou o ocorrido. Segundo este amigo, Chico explicou que era a quinta vez que o Dom Pedrito voltava para ele.
Veja, se Chico Xavier, com toda a sua compreensão da espiritualidade, sofreu com a perda de um amigo animal, que já tinha retornado antes para ele quatro vezes, não se sinta diferente por sofrer com uma separação traumática como é a desencarnação. Mas tenha em mente que eles voltam para nós, quando tiverem que voltar.”
Marcel Benedeti, no livro “Animais – Tudo o Que Você Precisa Saber”
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