Assim como o perfume brota da flor, o amor brota de nosso ser.
Caminhamos por esse mundo de Deus buscando onde estariam as maravilhas inerentes à qualidade de seu Criador, buscando a fragrância do amor. E nos dias de hoje, parece que quanto mais caminhamos, menos os nossos passos desvendam algo de belo.
Mas se não temos o belo florescendo aos nosso olhos, como acreditar que o reflexo e semelhança do Criador se estampa nas criaturas que fazem esses dias correrem?
“Você não pode dar algo que não tem, só pode dar aquilo que já tem.” – Osho
Desde muito vivenciamos o reverso das expectativas, em função do olhar nublado pelas crenças empobrecidas que acolhemos e nos formaram, e por nós foram aplicadas para formar a realidade que nos entristece.
Aprendemos que precisamos de estímulos e posses materiais e externas para que nos sintamos felizes e realizados. “Quando eu tiver”, “no dia em que eu ganhar”, “com o companheiro certo ao meu lado”, com todas essas condicionantes traçamos nos mapas da vida o destino que acreditamos estar escrito em algum mágico livro nas esferas do paraíso desejado.
Não percebemos o equívoco que nubla nossa visão e nos desvia do verdadeiro sentido da vida.
“Se a rosa interior não se abre, todo seu amor nada mais é que palavras.” – Osho
A vida vive em nosso ser, somos a vida, desde que consigamos viver a vida que é nossa por direito e dever.
Poeticamente Osho nos descreve como deveria ser esse processo. Assim como o perfume brota da flor, a vida e o amor devem brotar de nosso ser, e assim com essa cor e perfume poderemos festejar o nosso viver.
Vamos deixar que o perfume que exala das palavras de Osho possa fazer desabrochar a rosa de nossos corações.
A Rosa do Coração tem que se abrir.
“É a partir da bem-aventurança que as rosas, as rosas do coração, crescem. E é das rosas que sai a fragrância do amor.
Você não pode dar algo que não tem, só pode dar aquilo que já tem. Se a rosa interior não se abre, todo seu amor nada mais é que palavras. Se a rosa interior se abre, não há necessidade de dizer coisa alguma, nenhuma palavra é necessária. A fragrância em si basta para transmitir a mensagem.
Não importa o lugar em que você esteja ou a pessoa que lhe faça companhia, o amor irradia, pulsa, torna-se uma dança constante de energia ao redor. Mas, primeiro, a rosa do coração tem de se abrir — e ela só pode se abrir se você suprir a necessidade básica, que é a bem-aventurança.
As pessoas amam por desespero. Essa é a coisa mais impossível, não pode acontecer pela própria natureza da existência, não é possível.
As pessoas amam porque estão tristes. Elas procuram o outro porque estão solitárias, e o amor só é possível quando você é feliz. O amor só é possível quando você não se sente sozinho, e sim quando está sozinho; quando você não está chateado consigo mesmo, mas encantado, extasiado consigo. A meditação ajuda você a ser bem-aventurado.
E esta é a corrente: a meditação o deixa bem-aventurado, a bem-aventurança ajuda a rosa do coração a se abrir, e o amor então vem naturalmente, assim como a fragrância vem da rosa.”
Vamos buscar o belo e perfumado caminho de nossa essência.
A vida vive em nosso ser, somos a vida, desde que consigamos viver a vida que é nossa por direito e dever.
Busquemos assim a bem-aventurança para nos guiar nas escolhas da vida, dirigindo nossa atenção para o belo e perfumado caminho de nossa essência, o único caminho onde poderemos construir nossa paz e felicidade.
Se não houver bem-aventurança, se surgir o sofrimento saiba que essa é a correta indicação que estamos no caminho errado, e portanto, deve ser deixado para trás, pois não é para nós.
Bem aventurados os que se reconhecem em seu amor.
José Batista de Carvalho