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A integração com o Pai Divino se manifesta na fraternidade entre os seres

“Eu e o Pai somos um. O Pai está em mim e eu estou no Pai.”

Em palestra proferida em 1965, Huberto Rohden faz uma profunda explanação sobre a paternidade divina, o conhecimento, reconhecimento e integração com o Pai Celestial, o Pai Divino. Vamos acompanhar alguns trechos:

“A voz do silêncio nos fala: o ruído é dos homens, o silêncio é de Deus.

Quanto mais silencioso o homem se torna, mais se aproxima de Deus; e o silêncio absoluto que parece ser ausência e vacuidade é presença, é plenitude. É a fonte das grandes revelações, das inefáveis inspirações. É nas profundezas do silêncio dinâmico que o homem descobre a verdade. A verdade libertadora sobre si mesmo, sobre Deus, sobre o universo.

Neste momento solene e sagrado, vamos submergir no oceano do grande silêncio, não do inconsciente, mas do pleniconsciente.

E no silêncio interior, depois de fecharmos as portas a todos os ruídos do ego físico, mental e emocional, a todos os sentimentos, pensamentos e desejos, abramos, de par em par, as portas da consciência espiritual, entremos agora no terceiro céu, no vasto nirvana da realidade suprema.

Eclipsou-se o mundo objetivo das aparências efêmeras, despertou o mundo subjetivo da verdade eterna. Para além de tempo e espaço, entra o homem no eterno e no infinito. E ali percebe, ditos indizíveis, algo que lábios humanos não podem dizer, que nem o pensamento pode analisar, os ditos indizíveis da verdade libertadora.

O encontro inesquecível com o Pai Divino.

E a alma começa o seu misterioso monólogo com o infinito, o eterno. O monólogo passa a ser diálogo, porque a alma sente a presença de alguém, a onipresença da Divindade, a imanência do infinito em todos os finitos, o espírito do Deus do mundo que habita em todos os mundos de Deus.

O vasto deserto do silêncio se transforma num oásis transbordante de vida, beleza e beatitude. E a alma habita feliz neste Éden, e sabe por intuição imediata o que pensamento algum lhe poderia revelar através dos meandros das análises intelectuais. O homem sabe, finalmente, por intuição imediata e direta, o que é Deus, sabe o que é ele mesmo, sabe o que é o universo.

E este saber experiencial é beatitude, é vida eterna, é imortalidade. E quando o homem regressa desse longínquo nirvana da verdade para o iminente despertar nas aparências de cada dia, leva ele consigo um reflexo dessa luz, um eco dessa voz, uma vibração dessa força que ele viveu nas profundezas do paraíso interior.

E em contato com o infinito, com o eterno, volta a tomar contato com todos os finitos e temporários; e a sua vida diária se transforma aos poucos pela leveza e luminosidade desses mundos que ele contemplou, no grande além de fora que é também o seu grande além de dentro.

E ele diz a si mesmo: “Eu e o Pai somos um. O Pai está em mim e eu estou no Pai. O infinito vive em mim e eu vivo no infinito. No meu íntimo ser, eu sou o que Deus é, por isso no meu externo agir, quero também agir assim como Deus age.”

Finalmente ele descobriu o que quer dizer “o reino dos céus está dentro de vós.”

E a experiência dessa paternidade única de Deus se manifesta na vivência da fraternidade universal dos homens.”

Huberto Rohden

Huberto Rohden

Huberto Rohden foi filósofo, educador e teólogo brasileiro. Nasceu em São Ludgero, município de Santa Catarina, em 1893, e morreu em São Paulo, em 1981.

Padre jesuíta, graduou-se em ciências, filosofia e teologia pelas Universidades da Áustria, Holanda e Itália, tendo lecionado em Universidades dos Estados Unidos (em Princeton e Washington, D.C), e na Universidade Mackenzie, em São Paulo.

Escreveu mais de cem obras, discorrendo sobre temas como autoconhecimento e florescimento da essência divina do indivíduo, através da análise comparada de filosofias espiritualistas do Ocidente e Oriente.

Foi o  tradutor do Novo Testamento (livros que compõem a segunda parte da Bíblia cristã), da Bhagavad Gita (uma das principais escrituras sagradas da cultura da Índia ) e do Tao Te Ching (uma das mais conhecidas e importantes obras da literatura da China).

A mensagem central de sua obra é tornar o homem consciente de sua condição de ser inteligente, espiritual e integral rumo à sua evolução através da reforma interior, para encontrar a paz e a felicidade conscientizando-se de seu eu-crístico ou eu-cósmico.

com informações de Wikipedia

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