
A cura mais importante é a dos afetos.
“A maior doença da vida é a falta de amor, é não ser capaz de amar. E a cura mais importante é a dos afetos”, disse o Papa Francisco.
O Papa relembrou o episódio quando uma mulher foi curada ao tocar na túnica de Jesus. “Mais do que sua saúde, eram os seus afetos a serem comprometidos. Ela tinha perda de sangue e, de acordo com a mentalidade da época, era considerada impura. Portanto, era marginalizada, não podia ter relações, um marido, uma família e relações sociais normais. Ela vivia sozinha, com o coração ferido.
A história desta mulher sem nome, na qual todos nós podemos nos ver, é exemplar”, explicou o Papa Francisco. O texto diz que ela tinha feito muitos tratamentos, “gastando todos os seus bens sem nenhum resultado, ao contrário, só piorava.
A maior doença da vida é o câncer, a tuberculose, a pandemia? Não. É a falta de amor é não conseguir amar. Esta pobre mulher estava doente pela falta de amor. E a cura mais importante é a dos afetos”, disse o Santo Padre.
Só o amor cura a vida.
“Também nós, quantas vezes nos lançamos em remédios errados para satisfazer a nossa falta de amor? Pensamos que o que vai nos fazer felizes sejam o sucesso e o dinheiro, mas o amor não se compra, é gratuito.
Refugiamo-nos no virtual, mas o amor é concreto. Nós não nos aceitamos como somos e nos escondemos por detrás dos truques da exterioridade, mas o amor não é aparência. Procuramos soluções em magos e gurus, para depois nos encontrarmos sem dinheiro e sem paz”, declarou o Papa.
Ele disse, ainda, que muitas vezes “gostamos de ver as coisas ruins das outras pessoas. Quantas vezes caímos na tagarelice, que é fofocar sobre os outros? Que horizonte de vida é este?
Não julgue a realidade pessoal e social dos outros”, reiterou ele, “não julgue e deixe os outros viverem.
Olhe ao seu redor: você verá que tantas pessoas que vivem ao seu lado se sentem feridas e sozinhas, elas precisam se sentir amadas. Dê o passo.
Jesus lhe pede um olhar que não se detém na exterioridade, mas vai ao coração. Um olhar que não julga, mas que é acolhedor. Porque só o amor cura a vida.
Que Nossa Senhora, consoladora dos aflitos, nos ajude a levar uma carícia aos feridos no coração que encontramos em nosso caminho”, finalizou o Papa Francisco.
Fonte: Vatican News