
As três coisas que podemos fazer através da prece.
A melhor prece é aquela que vem do fundo do coração, feita com fervor e confiança, que nos torna mais fortes para vencer as ondas de negatividade que querem nos envolver.
Quando oramos com convicção e sinceridade, bons espíritos se aproximam para nos inspirar e orientar, pois Deus não deixa sem resposta um pedido sincero.
“A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele; é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer.”
Além de pedir proteção e orientação, podemos também rezar pedindo perdão por algo que fizemos ou até pensamos e agora nos incomoda. Certamente Deus perdoa nossa faltas, pois sabe que ainda não alcançamos a perfeição.
Mas “Deus sabe discernir o bem do mal; a prece não esconde as faltas. Aquele que a Deus pede perdão de suas faltas só o obtém mudando de proceder. As boas ações são a melhor prece, por isso que os atos valem mais que as palavras.”
Qual é a oração que agrada a Deus.
Existem muitas orações dedicadas a Santos e Anjos, ou ao próprio Pai Celestial.
Também existem muitas formas diferentes de se rezar: uma oração matinal ou à noite antes de dormir, a prece para uma certa situação, o terço, a novena. Podemos também rezar sozinhos ou em conjunto com outras pessoas.
Enfim, podemos nos ligar à força celestial de várias maneiras, mas “a prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para Ele, a intenção é tudo.
Assim, preferível lhe é a prece do íntimo à prece lida, por muito bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração. Agrada-lhe a prece, quando dita com fé, com fervor e sinceridade.”
O que mais importa é orar bem, ou seja, não fazer da oração um momento para alinhavar palavras, mas a oportunidade de concatenar ideias, ideais e sentimentos.
“As pessoas supõem que todo o mérito está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos. Fazem da prece uma ocupação, um emprego do tempo, nunca, porém, um estudo de si mesmas. A ineficácia, em tais casos, não é do remédio, sim da maneira por que o aplicam.”
A prece como caminho para o autoconhecimento.
Não importa o tempo que demoramos rezando, mas a fé e a sinceridade que sentimos e expressamos. Assim, mais que fazer da prece um instrumento para solicitação de proteção e favores, o melhor é usá-la como um forma de avaliarmos nossos atos, perceber os pensamentos que direcionam nossas ações, sentir as emoções que comandam nossa vida.
O momento da prece deve ser, portanto, também um momento de reflexão, quando abrimos o coração não só para Deus mas para nós mesmos. É a oportunidade de agradecer, de pedir e também de avaliar nosso progresso espiritual.
Noemi C. Carvalho
Texto baseado em “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec – Parte terceira – capítulo II – A prece (com trechos extraídos da mesma obra).
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