
Entre compromissos e obrigações, outras atividades são livres.
A nossa vida é um dia a dia de compromissos e obrigações, que às vezes podemos até adiar, mas que não podemos deixar de fazer. São a nossa parcela na vida: as atividades de trabalho que nos fornecem o sustento, a participação e os cuidados com a família à qual nos unimos, a dedicação aos estudos para adquirir e renovar conhecimentos.
A todo momento somos defrontados por tarefas, por exigências, por situações que exigem respostas. São contatos a serem feitos, comentários e críticas que devemos analisar com cuidado e isenção, boatos e manipulações com os quais precisamos lidar da melhor forma.
Mas além desses encargos que assumimos, também temos a oportunidade de nos dedicarmos a outros campos de trabalho. Neles, Deus nos permite agir livres de obrigatoriedades, mas ali podemos deixar os sinais de nossa passagem por esta vida.
Como diz Emmanuel, “queiras ou não queiras, a tua parcela de influência conta na soma geral das decisões e realizações da comunidade, porque em matéria de manifestação, até mesmo o teu silêncio vale.”
Mas, como esclarece o benfeitor espiritual, se todas essas questões devem ser conscientizadas, nem por isso devemos ficar receosos a cada manhã do que talvez tenhamos que enfrentar.
O importante é ter em mente que, quaisquer que sejam as circunstâncias que se apresentem, “nos encontrem de alma aberta ao patrocínio e à expansão do bem.”
Os pensamentos, os sentimentos e as palavras definem a nossa parcela de contribuição à vida.
A orientação dada por Emmanuel tem como objetivo fazer com que o alerta nos ajude a cumprir as nossas obrigações e superar as contrariedades. E além disso, contribuir com a difusão de boas energias para melhorar o mundo em que nós vivemos.
Certamente que, para isso, nós precisamos exercitar a prática constante da paciência e da compreensão, da humildade e do perdão, da solidariedade e da compaixão.
“Acostumemo-nos a servir e a abençoar sem esforço, tanto quanto nos apropriamos do ar, respirando mecanicamente. Compreender por hábito e auxiliar aos outros sem ideia de sacrifício”, orienta o mentor espiritual, de modo que as atitudes se tornem normais e rotineiras.
“Talvez não percebas. Entretanto, cada dia, acrescentas algo de ti ao campo da vida.”
Emmanuel
Emmanuel explica que nós podemos aprender e ensinar a praticar a caridade, seja em qual aspecto ela se faça necessária. Ela pode se útil no auxílio material, na palavra confortadora, na presença silenciosa, no perdão compassivo.
A caridade é o pão espiritual da vida, é a fonte que alimenta o espírito, pois “acreditemos ou não, tudo o que sentimos, pensamos, dizemos ou realizamos nos define a contribuição diária no montante de forças e possibilidades felizes ou menos felizes da existência”, acrescenta o autor espiritual.
Portanto, meditemos nas palavras de Emmanuel, reflitamos na influência que os nossos atos acarretam na vida de nossos semelhantes, e que sejam sempre para o bem, “porque de tudo o que dermos à vida, a vida também nos trará”. Isto é, na contabilidade da vida, a nossa parcela trará os créditos pelo bem praticado, ou acumularemos os débitos quando as nossas ações tiverem resultados negativos.
Noemi C. Carvalho
Baseado no texto “Nossa Parcela”, de Emmanuel, no livro “Alma e Coração”, psicografado por Chico Xavier