
Nem as alegrias nem os dissabores da vida duram para sempre.
Divaldo Franco fala sobre a existência de bons e de maus momentos no caminho de evolução e dá a sua orientação sobre o que podemos fazer para ter dias melhores. Leia a seguir.
“O curso da existência humana é caracterizado pelas conquistas do dia a dia. A busca daquilo que se chama felicidade é, sem dúvida, ao que todos nós aspiramos. A multiplicidade de derrotas, seja do ponto de vista ético, do sociológico e comportamental, nem sempre permite as escolhas certas para o sucesso.
Por muito bem projetado que seja o dia, porém, ele é constituído de surpresas perturbadoras, que exigem cuidados especiais, nem sempre utilizados na hora certa. É por essa razão que, em existências cor de rosa, perfumadas de bênçãos, de um momento para o outro se altera a paisagem com tribulações inesperadas, situações sufocantes, problemas na área da saúde e do comportamento.
Sem estar preparado para tais acontecimentos, o indivíduo que supunha que jamais terminariam as lindas opções, se entrega à rebeldia, ao desespero, se não cai nas fugas psicológicas perigosas, usando drogas perversas e se deixando arrastar pelo pessimismo, caindo em efeitos mais nocivos.
Por outro lado, para pessoas que nasceram em redutos de abandono, que sofreram na infância e na juventude, de repente surgem oportunidades saudáveis e compensadoras, transformando as dificuldades em conquistas valiosas e o sofrimento em paz.
É normal que uma transformação de tal natureza exija uma conduta muito segura, para transformar incertezas em segurança, podendo contribuir para o progresso de si mesmo e o da sociedade. É por isso que o conceito foi cunhado: ′′Não há felicidade que dure para sempre, nem desgraça que um dia não acabe“.
Divaldo deixa a sua orientação para que os dias sejam melhores.
Infelizmente, a escala de valores que se apresenta em todos os lugares é portadora de ambições desmedidas, interesses pelo prazer rápido a qualquer preço, sem oferecer lucidez para o comportamento responsável e a busca por uma vivência equilibrada e honesta.
A cada instante, o carro da morte conduz milhares de viajantes libertados do corpo, e os sobreviventes pensam na imortalidade do corpo, acreditando-se invulneráveis à desencarnação. Esse ledo engano contribui para que as desgraças sejam mais lembradas do que as bênçãos, e os sentimentos vis predominem no menu das aspirações.
Assim, torna-se indispensável que, seja qual for a situação em que cada um se encontre, exista a reflexão sobre a impermanência do corpo, a rapidez com que a existência passa, e se acumulem valores morais, através de comportamentos compensadores pelo amor e pela fraternidade.
A existência física é, quase sempre, o que for feito dela.
Comece agora a sua reflexão e pense no amanhã, apoiando-se nos exemplos de mulheres e homens corajosos que se tornaram modelo de felicidade, por ter construído um mundo melhor para todos.
Alegre-se com a sua existência e faça-a melhor a cada dia, valorizando os bons e os ruins momentos da evolução.”
Divaldo Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde (Bahia), coluna Opinião, de 8 de julho de 2021
Fonte: Federação Espírita Brasileira – FEB