
As estrelas brilham no céu da humanidade.
Ingenuamente se acreditava que a pandemia poderia trazer uma nova consciência à humanidade, onde o sofrimento fosse aplacado pela generosidade despertada nos primeiros dias do isolamento.
Mas proponho que percorram as ruas de suas cidades e observem que essa pandemia, além de espalhar doença e morte, tem uma outra faceta também muito cruel: a multidão de desabrigados e abandonados, vítimas da crise econômica que fechou muitas empresas e gerou grande desemprego.
Observamos as calçadas se transformarem em moradias acolhendo desde os solitários anônimos até famílias inteiras com crianças sem destino.
Logo as fotos da solidariedade deixaram de ser postadas na redes sociais e vimos crescer o acirramento dos ânimos nos embates políticos que cindiram a sociedade em ferozes grupos antagônicos.
Ao invés da fraternidade e do amor ao próximo o que resta, neste momento em que ainda precisamos nos proteger do insidioso vírus, é a irracionalidade gerando ódio e conflito.
E assim, observamos o sofrimento e a depressão cobrirem o planeta com as suas sombras ameaçadoras. Essas dantescas sombras, marca de uma era que está chegando ao fim.
O mal não sobrevive, é semelhante à noite escura: é a ausência de luz, é a ausência do bem. Enquanto brilharem as estrelas, a treva não predominará.
As verdades espirituais chegam para iluminar os caminhos de quem procura a paz.
A humanidade certamente alcançou o ápice do conhecimento tecnológico e científico. Mas se afundou no charco movediço do aviltamento moral, da falta de respeito, da perversão dos sentidos, do abuso, da violência, da prepotência, do desamor e da falta de fé.
Mas os tempos são chegados, a aurora do mundo de regeneração lança os seus primeiros raios de luzes, apartando aqueles em que o mal ainda predomina daqueles que se esforçam no desenvolvimento do bem maior em suas vidas.
A criatura humana consciente de seu sofrimento está despertando para o amor, para o bem. Está deixando para trás o homem velho, aquele que se deixava dominar pela matéria e pelo egoísmo, para então, através da renúncia, deixar brotar a ternura que modificará o mundo.
Nestes instantes da grande transição vislumbramos o amanhecer da nova era que chega pelas bênçãos que caem do céu.
As verdades do espírito, calma e suavemente, chegam para mitigar as dores e os sofrimentos nesta importante fase da humanidade. Trazem esperança de renovações para a espiritualidade, para a economia, para a política e para a sociedade em geral.
As pessoas estão famintas de ternura, de atenção e de amor. E cada um de nós pode ser uma importante fonte dessas energias para doar àqueles que caíram sob o peso da desesperança e da depressão. Se nós mudarmos, certamente faremos o mundo mudar.
Não depende da pandemia, mas de cada um de nós, trazer uma nova consciência à humanidade.
“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem…” João 10:14
Os novos caminho para a humanidade são indicado pelo pastor amoroso, pelo mestre amigo, por Jesus, modelo e guia para o novo mundo onde o bem prevalecerá. Que possamos fazer a luz do Cristo brilhar em nós e, assim, clarear todas as trevas desses sombrios dias.
Exercitemos a nova consciência com o amor regenerador para que possamos levar a solidariedade sem restrições e a fraternidade universal a todos que estão sedentos por vida em abundância.
Iniciemos em nós essa aurora, espargindo em abundância a luz da ternura, do carinho e do amor que redimirá a humanidade.
Precisamos cultivar a paz da consciência limpa, do caráter honesto e a palavra benéfica, para assim superar todos os tormentos, aflições e intranquilidades e levar alento aos abatidos pelo desânimo, pela depressão e pela desesperança.
Sejamos como semeadores de bênçãos, espalhando amor aos corações solitários e abatidos, levando a chama sagrada e redentora do amor maior de Jesus.
Saiamos às ruas para levar o pão, o cobertor e, principalmente, o amor redentor que acalentará todos aqueles que estão passando por difíceis provações.
Sejamos gratos pela oportunidade de podermos servir, louvemos e agradeçamos todas as bênçãos que recebemos continuamente do Mestre Maior, Jesus Cristo.
José Batista de Carvalho
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