
A primeira sessão pública de psicografia de Chico Xavier.
Francisco Cândido Xavier, carinhosamente chamado por todos de Chico Xavier, foi certamente o maior e mais prolífico médium psicógrafo do mundo, em todas as épocas. E ele mesmo contou como foi a sua primeira sessão pública de psicografia.
Chico Xavier nasceu em Pedro Leopoldo, uma modesta cidade de Minas Gerais, no dia 2 de abril de 1910. Em 1959 ele se mudou para Uberaba, também em Minas Gerais. Como estudo regular, sua instrução foi básica, pois ele completou apenas o curso primário. Chico teve uma infância difícil, com a morte da mãe quando tinha 5 anos de idade. Ele trabalhou como caixeiro de armazém e também como modesto funcionário público.
No dia 7 de maio de 1927 ele participou de sua primeira reunião espírita. Até o ano de 1931, recebeu muitas poesias e mensagens, várias das quais saíram a público, estampadas à revelia do médium em jornais e revistas, como de autoria de F. Xavier. E foi nesse mesmo ano que Chico viu, pela primeira vez, o Espírito Emmanuel, o seu inseparável mentor espiritual.
Chico Xavier começou, publicamente, o seu mandato mediúnico em 8 de julho de 1927, em Pedro Leopoldo. Com 17 anos de idade, ele recebeu as primeiras páginas mediúnicas.
Foi assim que, numa noite memorável, os Espíritos deram início a um dos trabalhos mais belos de toda a história da humanidade. Dezessete folhas de papel foram então preenchidas, celeremente, versando sobre os deveres do espírita-cristão.
O que Chico Xavier viu no seu primeiro trabalho de psicografia.
Chico Xavier contou como foi a primeira sessão que deu início aos seus trabalhos de psicografia:
“Era uma noite quase gelada e os companheiros que se acomodavam junto à mesa me seguiram os movimentos do braço, curiosos e comovidos.
A sala não era grande. Mas, no começo da primeira transmissão de um comunicado do mais Além, por meu intermédio, senti-me fora de meu próprio corpo físico, embora junto dele.
No entanto, ao passo que o mensageiro escrevia as dezessete páginas que nos dedicou, minha visão habitual experimentou significativa alteração.
As paredes que nos limitavam o espaço desapareceram. O telhado como que se desfez e, fixando o olhar no alto, podia ver estrelas que tremeluziam no escuro da noite.
Entretanto, relanceando o olhar no ambiente, notei que toda uma assembleia de entidades amigas me fitavam com simpatia e bondade, em cuja expressão adivinhava, por telepatia espontânea, que me encorajavam em silêncio para o trabalho a ser realizado. Sobretudo, animando-me para que nada receasse quanto ao caminho a percorrer.”
A breve mensagem que continuou em centenas de livros.
Em 1932, a FEB – Federação Espírita Brasileira – publica o primeiro livro de Chico Xavier: “Parnaso de Além-Túmulo”. A ele foram se seguindo inúmeras outras obras, sendo mais de 400 os títulos psicografados por Chico.
Vários desses livros foram traduzidos e publicados em outros idiomas, como castelhano, esperanto, francês, inglês, japonês, grego, entre outros. Mas todos os direitos autorais sempre foram cedidos graciosamente a várias Editoras e Casas Espíritas, desde o primeiro livro.
No dia 30 de junho de 2002, o incansável Chico desencarnou em Uberaba. Nesse mesmo dia, o povo brasileiro vibrava de alegria pela conquista de mais um troféu mundial de futebol. Parecia que o Plano Espiritual Superior queria diluir as repercussões que a partida do médium, por certo, iria causar em todos os segmentos da nossa sociedade.
Divaldo Franco, no dia 02 de julho de 2002, psicografou uma bela mensagem, como uma breve biografia dessa alma iluminada, desse mensageiro da luz.
Noemi C. Carvalho
fonte: Federação Espírita do Paraná
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