
O Dr. Bezerra de Menezes lembra que é também preciso vacinar a alma.
A vacina para a imunização e proteção contra o novo coronavírus foi desenvolvida, segundo os especialistas, com uma rapidez surpreendente pela indústria farmacêutica, e sua aplicação já começou em vários países. Mas será que a imunização contra a covid-19 obtida pela vacina dos laboratórios será suficiente para garantir boas condições de vida para a humanidade?
“Não esqueçam de vacinarem a alma”, adverte o Dr. Bezerra de Menezes, em mensagem recebida pela mediunidade de José Carlos De Lucca, no dia 01 de agosto de 2020.
Ele ressalta a importância de cuidar do corpo e da alma, seguindo as “orientações da medicina da Terra”, mas não esquecendo dos “apelos da medicina do Céu”, praticada através da oração, do amor, da humildade, do perdão e da caridade.
O mentor espiritual lembra que a “imunização espiritual se alcança com a vivência dos princípios do Evangelho de Jesus”.
O Papa Francisco fala que também é necessária a vacina para o coração.
E da mesma forma, também o Papa Francisco acredita que é preciso mais do que somente as vacinas da indústria farmacêutica.
“O mundo está gravemente poluído pelo dizer mal e pensar mal dos outros, da sociedade e de nós mesmos. De fato, a maledicência corrompe, faz degenerar tudo, enquanto a bênção regenera e dá força para recomeçar.”, diz ele.
Além disso, o Pontífice ressalta um cuidado muito importante que todos devem tomar para que a proteção à vida seja suficiente, além da vacina produzida pelos laboratórios que vão imunizar contra a covid-19.
O Papa Francisco orienta que “neste ano, enquanto aguardamos um renascimento e os novos tratamentos, não negligenciemos o cuidado. Com efeito, além da vacina para o corpo, é necessária a vacina para o coração: é o cuidado. Será um bom ano se cuidarmos dos outros, como Nossa Senhora faz conosco.”
Ele faz uma alusão às justificativas que encontramos na correria da vida moderna, deixando, assim, para trás compromissos que relegamos a um segundo plano.
“Devemos pedir a graça de encontrar tempo para Deus e para o próximo: para quem está só, para quem sofre, para quem precisa de escuta e de atenção.”, orienta o Papa.
Nós somos todos irmãos e irmãs, por isso deve existir a união entre culturas e crenças.
“Ao rezar a Deus seguindo Jesus, unimo-nos como irmãos àqueles que rezam seguindo outras culturas, outras tradições e outras crenças. Somos irmãos que rezam.”, lembra o Papa.
Ele continua, então, dizendo que “a Igreja valoriza a ação de Deus nas outras religiões, sem esquecer que para nós, cristãos, a fonte da dignidade humana e da fraternidade está no Evangelho de Jesus Cristo.
Rezemos para que o Senhor nos dê a graça de viver em plena fraternidade com os irmãos e as irmãs de outras religiões e não andar discutindo, mas rezando uns pelos outros, abrindo-nos a todos.”, ponto que ele ressaltou na Encíclica Papal ‘Fratelli Tutti’.
O futuro depende de nos unirmos e voltarmos a nossa vida ao que é essencial.
Com relação ao futuro que espera a humanidade, o Santo Padre é categórico em sua posição, e portanto afirma:
“Não há alternativa: ou construímos o futuro juntos ou não haverá futuro. As religiões, em particular, não podem renunciar à tarefa urgente de construir pontes entre povos e culturas”.
Nesse sentido, ele deu um grande passo ao assinar o “Documento sobre a Fraternidade Humana – pela paz mundial e a convivência comum”, junto com o Grande Imã de Al-Azhar”, durante a viagem apostólica aos Emirados Árabes Unidos, para onde ele foi em fevereiro de 2019.
Para Dalai Lama, precisamos enfatizar o amor e a união.
Dalai Lama deu uma entrevista à revista Time Magazine no mês de abril de 2020. Ele citou que “essa pandemia serve como um aviso de que somente nos unindo para construirmos uma resposta global e coordenada é que vamos conseguir enfrentar o imenso desafio sem precedentes que enfrentamos.
Nos últimos anos, tenho enfatizado o amor, o “desarmamento emocional”: tentar ver as coisas de forma realista e clara, sem a confusão do medo ou raiva.”
Sua Santidade ressalta que o mundo todo é interligado, é interdependente e por isso é preciso um senso de responsabilidade universal. “O flagelo deste terrível coronavírus mostra que o que acontece com uma pessoa pode em breve afetar todos os outros seres.”, lembra ele.
“Mas também nos lembra que um ato amoroso, compassivo ou construtivo – seja trabalhando em hospitais ou apenas observando o distanciamento social – tem o potencial de ajudar a muitos.”, reforça Dalai Lama.
E acima de tudo, diz ele, “neste momento de incerteza, é importante que não percam a esperança e a confiança nos esforços construtivos que muitos estão fazendo.”
Três nomes, três filosofias espirituais, unidos no objetivo comum do amor universal.
Portanto, o Dr. Bezerra de Menezes, Dalai Lama, assim como o Papa Francisco, concitam todos a ações que ultrapassem os benefícios da vacina contra a covid-19 para que, passados os rigores da pandemia, a vida seja digna e suficiente para toda a humanidade.
“Espero que possamos, em nome de Deus que nos criou todos iguais em direitos, deveres e dignidade, e que nos chamou a viver juntos como irmãos e irmãs, promover esta fraternidade para assim enfrentarmos juntos os desafios do mundo e da nossa Casa Comum.
Nós, que cremos, devemos voltar às nossas fontes e nos concentrar no que é essencial. O que é essencial da nossa fé: a adoração a Deus e o amor ao próximo.”, salientou o Papa Francisco.
Noemi C. Carvalho
fonte: Vatican News