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Atenção: não mate o seu ego

Podemos entender a mesma coisa de jeitos diferentes.

Esse papo de hoje é rápido e reto. E começa assim: não mate o seu ego.

Quando falamos de ego é preciso ter em mente que as palavras são como baldes. Ou seja, são como objetos que servem para comportar algo. Podemos pôr em um balde, por exemplo, água ou areia.

Assim é com as palavras: colocamos nelas o significado que queremos. Por isso é bom, quando explanamos algo, que antes de mais nada afinemos o entendimento que queremos dar aos termos principais que iremos usar.

Existem palavras que possuem múltiplos entendimentos, de acordo com o significado que determinados grupos dão a elas.

A palavra “ego” é uma das palavras que possuem inúmeros e variados significados e entendimentos, e olha que ela é bem pequena.

O que vai no balde do ego.

A palavra “ego” tem sua origem no latim. E o seu significado primeiro é “eu”. Ou seja, o pronome que designa a pessoa que fala, escreve, age e/ou se refere a si mesma, a primeira pessoa do singular.

Ela tem seu uso mais intenso ligado à atividade psicológica, onde pode ter os seguintes significados:

  • O núcleo da personalidade de uma pessoa.
  • O princípio de organização dinâmica, diretor e avaliador que determina as vivências e os atos do indivíduo.
  • De acordo com a segunda teoria freudiana, a instância do aparelho psíquico que se constitui através das experiências do indivíduo. Exerce, como princípio de realidade, a função de controle sobre o seu comportamento, sendo grande parte de seu funcionamento inconsciente.
  • Pode ser entendido, também, como o centro organizador da consciência. Isto é, o elemento que organiza e coordena a estrutura psíquica com a finalidade de ser a interface com o mundo e seus relacionamentos.

Começando: o ego não é o vilão da história, por isso não mate o ego.

Então, para começo de conversa, é bom ficar entendido que TODO MUNDO TEM EGO. E a sua existência é ESSENCIAL, pois é ele o principal responsável pelo processo de diferenciação entres os seres, desenvolvendo particularidades com base nas virtudes e nas habilidades individuais e únicas de cada ser.

Isso que dizer que não é possível se acabar com o ego. Essa ideia é comum principalmente entre aqueles que ainda não identificaram como o ego funciona em si. E, assim, projetam a ideia de que o ego é o responsável por todos os males.

Sem dúvida, o egoísmo, a vaidade, o orgulho e todas as derivações desses aspectos giram em torno do ego. Mas é preciso que entendamos que isso faz parte da percepção que cada ser, em um determinado estágio de vida, tem de si e da sua relação com o ambiente e as pessoas desse ambiente.

Não mate o ego, porque nós temos uma obrigação com ele.

Precisamos entender que sem o ego seríamos todos indistintos, vagos e confusos, sem a mínima condição para aprender e se conscientizar.

Por isso, não mate o ego. CONSCIENTIZAR é o que devemos possibilitar ao ego fazer. Precisamos trabalhar para, através das situações de vida, dos relacionamentos e da vivência em geral, lançar cada vez mais luz no inconsciente. E, assim, dissipar as sombras e enfrentar todos os aspectos presos no inconsciente sem medo.

LANÇAR LUZ deve ser entendido como fornecer conhecimento, educação e possibilitar ambientes seguros para que cada um possa exercitar o seu livre arbítrio. E então, através das consequências das escolhas, amadurecer e transformar o conhecimento em sabedoria.

A sabedoria é o conhecimento. É a consciência dos resultados das experiências e das emoções vivenciadas nessas experiências que, estruturadas, podem possibilitar a transcendência dos vícios em virtudes.

Enfim, o ego é o nosso caminho para a iluminação.

Ao lançar luz, ou seja ao conscientizar o ego, promoveremos o crescimento de nossa consciência até a unificação do ego com a essência, nosso self, sublimando-nos, assim, no ser numinoso (*), como ensinava Carl Jung.

É interessante como a individuação, a unificação do ego/self, é semelhante aos processos religiosos expressos pelos termos elevação, iluminação e salvação.

Então, o trabalho, o nosso trabalho é esse ato de vivermos onde fomos colocados para viver. Para que nessa jornada possamos nos despir das inúmeras fantasias e máscaras que tecemos ao longo das existências como uma forma de proteção.

E assim, um dia, podermos nos reconhecer como em verdade somos. E, como o filho pródigo, retornar à casa do Pai, à Essência de todas as Essências.

José Batista de Carvalho

(*) numinoso – conceito derivado do latim numen, significando “emoção espiritual ou religiosa despertadora; misteriosa ou inspiradora”.
Adotado pelo teólogo alemão Rudolf Otto, em 1917, no livro “O Sagrado”, que explicou o numinoso como uma “experiência não racional, não sensorial ou sentimento cujo objeto primário e imediato está fora do eu”, o conceito foi frequentemente citado nos escritos de Carl Jung e C. S. Lewis.
Pode ser definido como o estado de alma inspirado pelas qualidades transcendentais da divindade.

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