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Autismo e suas causas, de acordo com o espiritismo

quebra cabeças símbolo do autismo autismo e espiritismo

O autismo ou transtorno do espectro do autismo (TEA).

A ocorrência do autismo encontra explicações quando observado de acordo com os esclarecimentos dados pelo espiritismo, embora a ciência ainda não tenha encontrado respostas definitivas para determinar as suas causas.

O transtorno do espectro do autismo (TEA), comumente chamado de autismo, segundo a OMS se caracteriza por alterações em três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo, e se manifesta antes dos três anos de idade.

Estas são características que todo autista tem em comum, mas a maneira e a intensidade com que elas se manifestam variam enormemente de uma pessoa para outra.

Além disso, outras manifestações individuais podem surgir, como perturbações de sono ou de alimentação, agressividade, crises de birra, entre outros.

Os estudos científicos tentam desvendar as causas do autismo.

O autismo é encontrado em todo o mundo, em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Mas não se conseguiu, até agora, relacionar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças que tivesse um ponto em comum para ser identificada como causadora da doença.

A maioria dos casos não tem nenhuma causa óbvia. Alguns são atribuídos a condições médicas como, por exemplo, infecções intra-uterinas (como a rubéola congênita), doenças genéticas (como a síndrome do x frágil) e ingestão de álcool durante a gravidez (provocando a síndrome fetal alcoólica).

Por ser um quadro comportamental, o autismo é uma condição onde o diagnóstico é puramente clínico e observacional. Ou seja, não existem exames laboratoriais ou de imagem que o diagnostiquem.

As implicações neurológicas do autismo.

Sabe-se que o autismo afeta o processamento de informações no cérebro, mas como isso ocorre ainda não é bem compreendido. Pesquisas constataram que o cérebro dos autistas tem alterações que fazem com que ele funcione de uma forma diferente.

Os neurônios de crianças autistas têm menos ramificações (fazem menos sinapses) e, além disso, produzem maiores quantidades de uma molécula inflamatória. Assim, estudos recentes sugerem que o autismo pode ser uma doença autoimune, envolvendo processos inflamatórios no cérebro.

Também existe a possibilidade de um defeito nos neurônios-espelho como causa do autismo. Estes neurônios são um subconjunto de células que refletem no cérebro do observador os atos realizados por outro indivíduo. E estudos realizados em diversas Universidades ao redor do mundo provaram que a atividade dos neurônios-espelho dos autistas é reduzida.

O mecanismo dos neurônios-espelho pode ser assim explicado: se  eu pego um objeto, alguns neurônios são ativados em meu cérebro. E se eu observo alguém pegando o objeto, os mesmos neurônios são ativados em meu cérebro como se eu estivesse pegando o objeto.

Enfim, muitos estudos e pesquisas investigativas são feitos, com diferentes abordagens, como a psicogenética e a biológica, mas até agora os resultados obtidos não são conclusivos.

A ‘coincidência’ da descoberta do autismo.

Na década de 40, o psiquiatra americano Leo Kanner e o pediatra austríaco Hans Asperger descobriram o distúrbio de desenvolvimento que afeta milhares de crianças em todo o mundo. Eles não se conheciam e nem se comunicavam mas, mesmo assim, deram o mesmo nome à síndrome: autismo.

“Foi considerada uma ‘coincidência inacreditável’, mas fica claro que houve uma intervenção do plano espiritual ao nos convidar para dar mais atenção àquelas crianças e ampará-las no seu sofrimento”, diz o Dr Carlos Eduardo Sobreira Maciel¹, especialista em Psiquiatria e membro da Associação Médico-Espírita (AME-MG).

A palavra tem sua origem no grego ‘autos’, que significa ‘de si mesmo’. “O nome é perfeito”, comenta o Dr Maciel, porque “o traço mais flagrante da doença é o isolamento do mundo exterior, com a consequente perda de interação social. Em vez de se dedicar à exploração do mundo exterior, como acontece normalmente, a criança autista permanece dentro das fronteiras de seu próprio universo pessoal.”

O autismo de acordo com a visão do espiritismo.

O Dr. Maciel diz que as respostas para a causa do autismo surgem através da análise sob o ponto de vista do espiritismo. “Apesar dos avanços científicos, o autismo permanece um mistério, um desafio, um enigma que só se revelará mais claramente ao nosso entendimento a partir da introdução da realidade espiritual.

Já se sabe que disfunções neurológicas (como as disfunções dos neurônios-espelho) produzem repercussões de natureza autística, mas continuaremos com a pergunta maior: que causas produzem as disfunções neurológicas?”

Como médico espírita, o Dr. Maciel explica que o autismo é decorrente de severos débitos passados, com consequente obsessão espiritual. Essas marcas espirituais são a causalidade mais profunda do autismo. Assim, diz ele, a origem do transtorno do autismo pode ser encontrada em existências anteriores, como é explicado pelo espiritismo.

Ele relata que, segundo o Dr. Bezerra de Menezes, no livro Loucura e Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Pereira Franco, “muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir do resgate de suas faltas passadas, das lembranças que os atormentam e das vítimas que angariaram nesse mesmo passado.”

O Dr. Maciel ainda explica que “segundo a literatura médico-espírita e orientações mediúnicas recebidas pelos mentores da Associação, o autismo resulta de graves desvios de comportamento no passado, de choques frontais com as leis que regem o universo. Então, o que antecede à predisposição genética e às disfunções neurológicas são as graves faltas pretéritas.

Entre o passado de faltas e as presentes alterações genéticas, neurológicas e mentais do autismo encontramos uma ponte que liga estes dois momentos distintos. Esta ponte é o próprio processo de reencarnação. Aqui se encontra a formação do autismo.”

O espiritismo explica que o autismo é decorrente de marcas espirituais e de atitudes do passado.

O Dr Maciel explica, então, que existem duas possibilidades distintas, de acordo com as explicações da Doutrina Espírita, que podem ser responsáveis pela formação do autismo.

“Uma delas”, ele esclarece, “seria o reencarnante que sofre o efeito das marcas que traz no perispírito. Esses danos perispirituais levam às lesões do sistema nervoso, que, por sua vez, desencadeiam as manifestações de natureza autista. Nesse caso o indivíduo não consegue se comunicar por causa de deformações ou lesões nos corpos astral e físico.

A outra possibilidade é relacionada ao sentimento de culpa, quando o espírito tem a consciência dos atos praticados e rejeita a reencarnação compulsória, sabendo que então vai colher os efeitos de faltas passadas.

Ocorre um severo processo de auto-obsessão por abandono consciente da vida, um autoencarceramento orgânico. Nesse caso, mesmo não havendo uma lesão direta do perispírito, a rejeição à reencarnação e a recusa à comunicação danificam o cérebro.”

Uma mensagem para os pais e familiares.

O Dr. Maciel deixa uma mensagem aos pais e familiares que convivem com autistas: “Eu diria que o mais importante na lida com esses pacientes é não se esquecer que eles são nossos semelhantes bem profundos, com nível evolutivo bem próximo ao nosso.

Segundo os mentores da Associação Médico-Espírita, uma das poucas diferenças que há entre nós e eles é que estamos num nível um pouco melhor de boa vontade, mas nossas faltas são praticamente as mesmas. Temos, portanto, a bendita oportunidade de ocupar, temporariamente, a posição de ‘cuidadores’.

Eu enfatizaria aos pais a importância do exercício da tolerância, da empatia, da compreensão e da paciência com seus filhos, tendo em vista que o que lhes falta não nos pode faltar. Temos de nos colocar na posição deles a fim de compreendê-los e amá-los.”

Precisamos ajudar o autista a construir a ponte que o liga à vida.

O autismo é considerado um quadro de extrema complexidade e seu tratamento indica a abordagem multidisciplinar. Envolve, assim, a questão da socialização, a educativa e o tratamento médico em si, com medicamentos para reduzir alguns sintomas como agitação e agressividade, por exemplo.

Entretanto, diz o Dr Maciel, “do ponto de vista do espírito, por mais paradoxal que possa parecer, o remédio para o autismo é o próprio autismo como forma de drenagem perispiritual.”

Assim, precisamos ajudar o autista a construir a ponte para ligar o mundo externo ao seu mundo íntimo. “É bem verdade que não há muitas palavras no dicionário deles, mas a linguagem universal do amor também é não-verbal.

É presumível que eles estejam fazendo tudo que lhes seja possível, dentro de suas limitações. Com um pouco de boa vontade de nossa parte, talvez concordem em tocar a mão que lhe estejamos oferecendo a fim de saltarem o abismo que nos separa!”, conclui o Dr. Maciel.

Para conhecer melhor o autismo sob o enfoque do espiritismo, o Dr. Maciel recomenda a leitura do livro de Hermínio Miranda, ‘Autismo – Uma Leitura Espiritual’.

Noemi C. Carvalho

Referências

Texto baseado em informações obtidas em:
Associação Médico-Espírita de Minas Gerais
Folha Espírita
Fiocruz/biossegurança
Portal Fiocruz
Jornal da USP
Wikipedia

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