
As penas futuras não são castigo.
As penas futuras são um tema de grande importância para a doutrina espírita. No capítulo VIII do livro “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec, é abordado esse assunto, que busca trazer esclarecimentos sobre como funciona o processo de evolução espiritual e como as penas são aplicadas.
De acordo com a doutrina espírita, as penas futuras não são eternas. A sua duração é decorrente do grau de evolução moral de cada pessoa.
Ou seja, o objetivo dessas penas não é o castigo, a punição, mas sim a evolução espiritual e a regeneração do ser humano.
As penas futuras são oportunidades de regeneração.
As penas futuras, ou expiação, é a reparação de faltas cometidas em uma existência anterior, quando atitudes levaram algum tipo de sofrimento ou prejuízo, seja físico ou moral, a outra pessoa.
Quando bem suportada, sem revolta ou lamentações, a expiação também se constitui numa prova moral visando o futuro, demonstrando a evolução alcançada naquela reencarnação.
Além disso, é importante lembrar que a evolução espiritual é um processo contínuo e que todos os indivíduos têm a oportunidade de evoluir e se regenerar.
Portanto, mesmo que alguém tenha cometido uma falta grave, não ficará numa região padecendo o sofrimento eterno. Sempre existe a oportunidade de reparação e de evolução.
São as nossas atitudes que dão origem às penas futuras.
É importante, também, ressaltar que não há um céu e um inferno como locais físicos. O que se verifica é a existência de diferentes regiões onde se agrupam espíritos que se afinizam, de acordo com o seu grau de evolução moral.
Quanto mais baixa a faixa vibratória dos espíritos, mais essas regiões são densas e sombrias. Enquanto que, conforme se dá a depuração dos sentimentos e o progresso moral, as regiões espirituais se tornam mais luminosas, de atmosfera mais leve e fluídica.
Esses cenários são também encontrados no plano terreno. Isto é, dependendo de nossos pensamentos, de nossas atitudes, das companhias com quem andamos e dos locais que frequentamos, estaremos imersos e nos movendo num ambiente espiritualmente sombrio e denso, ou então envoltos por uma vibração mais elevada e amorosa.
Naturalmente, isto significa que ficamos ligados e somos influenciados por diferentes entidades espirituais, que estão em sintonia com cada tipo de ambiente, de acordo com o seu grau de elevação moral.
Isto também quer dizer que, pelas nossas escolhas, pelas nossas ações e comportamento, nós criamos o nosso próprio céu ou nosso próprio inferno, tanto no plano espiritual como na existência terrena, obedecendo à lei de causa e efeito.
Pois são exatamente as nossas atitudes, quando desviadas da correta conduta moral, que vão dar origem a nossas penas futuras.
Equipe de Redação LêAqui
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