
Uma nova era começa com novas atitudes.
Quem é que não gostaria de viver num mundo mais feliz, mais pacífico e com oportunidades para todos, uma nova era de prosperidade e de solidariedade?
Para muitos isso pode parecer uma utopia, algo impossível de realizar, tendo em vista as complexidades que envolvem cada ser humano, cada personalidade, bem como os problemas e desafios das civilizações e do mundo.
Mas não é essa a opinião de Emmanuel¹. Segundo ele, este mundo perfeito é perfeitamente realizável. É o chamado Reino de Deus, e a sua concretização não depende de grandes feitos, de esforços incomensuráveis, de sacrifícios extremos, de mudanças dramáticas.
O começo dessa nova era de paz, de felicidade e realizações depende de simples tarefas, de atitudes comuns do dia a dia e da cooperação de cada um.
Esse tempo não aguarda o passar dos anos, não tem uma data para começar. Ele começa dentro de cada um de nós, como explica Emmanuel. Leia a seguir.
Noemi C. Carvalho
Para concretizar um mundo mais feliz, o Reino de Deus.
“Certamente, Jesus esteve, está e estará sempre conosco, no levantamento do Reino de Deus, e por isso mesmo, urge reconhecer que, para isso, ele não nos reclama demonstrações de heroísmo ou espetáculos de grandeza.
Tudo em semelhante edificação é compreensível e simples, mas, por esta razão, o Mestre espera que as nossas tarefas compreensíveis e simples sejam cumpridas por nós, em regime de esforço máximo, a fim de que venhamos a colaborar na fundação da estrutura eterna.
Para que atinjamos no mundo, o Reino de Deus, não nos pede o Senhor peregrinações de sacrifício a regiões particulares; espera, entretanto, demonstremos coragem suficiente para viver, dia por dia, no exato cumprimento de nossos deveres, na viagem difícil da reencarnação.
Não exige nos diplomemos nos preceitos gramaticais do idioma em que desfrutamos agora o privilégio do entendimento mútuo, espera, porém, que saibamos dizer sempre a palavra equilibrada e reconfortante, em auxílio de nossos companheiros da Humanidade.
Não nos obriga a renúncia dos bens terrenos; espera, todavia, que nos dediquemos a administrá-los sensatamente, empregando as sobras possíveis no socorro aos irmãos em penúria.
Não nos impele as ginásticas especiais para o desenvolvimento prematuro de forças físicas e psíquicas; espera, entretanto, nos esforcemos para barrar pensamentos infelizes, dominando as nossas tendências inferiores.
Não nos solicita a perfeição moral de um dia para outro; espera, contudo, nos disponhamos a cooperar com ele, suportando injúrias e esquecendo-as, em favor do bem comum.
Não nos determina sistemas sacrificiais de alimentação ou processos de vida incompatíveis com as nossas necessidades justas e naturais; espera, porém, sejamos no respeito ao corpo que a Lei da Reencarnação nos haja emprestado, guardando fidelidade invariável aos compromissos que assumimos, uns à frente dos outros.
Não nos aconselha o afastamento da vida social, sob o pretexto de preservarmos qualidade para a glória celeste; espera, no entanto, que exerçamos bondade e paciência, perdão e amor, no trato recíproco, a fim de que, a pouco e pouco, nos certifiquemos de que todos somos irmãos perante o mesmo Pai.
Jesus não nos pede o impossível.
Solicita-nos apenas a colaboração e o trabalho na medida de nossas possibilidades humanas, cabendo-nos, porém, observar que, se todos aguardamos ansiosamente o Mundo Feliz de Amanhã, é preciso lembrar que, assim como um edifício se levanta da base, o Reino de Deus começa de nós.”
Emmanuel
1 – Emmanuel, em “Alma e Coração”, psicografado por Chico Xavier
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