
A difícil hora de ter que escolher.
Quando você precisa tomar uma decisão, você fica indeciso? Dependendo da situação, é claro, é até normal que isso aconteça. Vamos pesando os prós e os contras, tentando imaginar os possíveis desdobramentos de cada uma das opções; recuperamos na memória os resultados de outras experiências. A escolha que fizemos foi certa, foi errada, poderia ter sido melhor?
Bem, pode ser que nos arrependemos do resultado final uma ou outra vez. E algumas vezes, sem dúvida, se pudéssemos voltar atrás escolheríamos diferente. Mas talvez seja muito contundente classificar nossas decisões como “certas” ou “erradas”, ou esperar que todas as vezes façamos a “melhor escolha”.
É bom ter em mente que, se tomamos uma decisão, provavelmente era o melhor que podíamos fazer naquele momento. Para isso levamos em conta o que sabíamos da situação, bem como o que podíamos avaliar em função de nosso nível pessoal de conhecimento ou de vivência.
Além disso, existem aquelas situações pelas quais temos que passar. Elas fazem parte do nosso “programa” de desenvolvimento e evolução. E se não passarmos por uma certa experiência numa determinada ocasião, é bem provável que passemos por ela de outro jeito.
Ou seja, à vezes o que importa não é o “dar certo” ou “dar errado”, mas a forma como depois lidamos com a frustração, a decepção, o arrependimento, o modo como superamos o problema não resolvido e como vamos orientar nossa próxima escolha.
É possível tomar uma decisão e não se arrepender?
De todo modo, quando tomamos uma decisão, além de ter que selecionar uma opção, ainda temos que conviver com as suas consequências. Um artigo da Universidade Yale mostra um estudo que foi feito para saber de que forma o modo como fazemos a escolha pode nos proteger contra as ameaças que surgem na fase da pós-escolha.
Esse estudo, feito por Taly Reich, da Yale, e Sam Maglio, da Universidade de Toronto, queria responder a seguinte pergunta: “As pessoas tomam decisões melhores quando as tomam deliberada e racionalmente ou quando suas decisões são baseadas na emoção?”
Para isso, eles queriam entender como a maneira pela qual tomamos as nossas decisões – se pelo sentimento ou pela razão – afeta a nossa mudança de opinião com o tempo.
“Claro, fazemos uma escolha, mas então somos expostos a novas informações, a outras opções que podem ameaçar a escolha que fizemos. Como protegemos nossas escolhas em face disso? ”, queriam saber os pesquisadores.
Reich e Maglio queriam, portanto, examinar a relação que existia entre o modo como as pessoas faziam suas escolhas – racional ou emocionalmente – e o quanto elas depois defendiam a opção escolhida ou protegiam a decisão tomada.
Emoção x razão: quem ganha essa disputa.
Assim, foi feita uma pesquisa não para saber como as pessoas faziam suas escolhas, mas observando o que acontecia depois da mesma ter sido feita, no que eles chamam de fase pós-escolha.
Em sete experimentos diferentes, os pesquisadores pediram às pessoas que fizessem escolhas sobre os desafios propostos. Pediram, então, a um grupo para a usar sua “intuição”, e a outro grupo para fazer uma “análise racional e deliberada.”
Os resultados constataram alguns aspectos importantes em relação às pessoas que fizeram a escolha com base em seus sentimentos, como por exemplo:
– elas sentiram um arrependimento menor (no caso de um suposto problema depois da escolha)
– ficaram menos propensas a se importar com comentários negativos
– mostraram um nível maior de perseverança para tentar novamente, mesmo que a primeira escolha não tivesse sido boa.
Reich explica que precisamos levar em conta que o modo que nos leva a tomar uma decisão tem essas consequências sobre como vamos conviver depois com a decisão. “Se enfrentarmos escolhas que são muito importantes para nós, que queremos proteger, então provavelmente deveríamos seguir nosso instinto em vez de fazer uma análise racional.”
Em resumo, Reich e Maglio dizem que os resultados do estudo indicam que as pessoas que tomam suas decisões baseadas no sentimento se mostram mais firmes mental e emocionalmente quando precisam defender suas escolhas frente a ações voltadas contra elas. Assim, concluem os pesquisadores, os sentimentos se mostram como uma boa estratégia para orientar as nossas decisões.
Como saber qual decisão é certa?
Deepak Chopra sustenta a teoria de que as decisões não devem ser estritamente racionais. O melhor é nos conectarmos ao nosso corpo, sentir as sensações que vêm à tona.
Para cada possível escolha, ele orienta a perceber se surge uma sensação de conforto ou de desconforto, geralmente na região do estômago ou do coração.
Segundo ele, “somente o coração conhece a resposta certa. Muita gente acha que o coração é piegas e sentimental. Não é. O coração é intuitivo. É holístico. Ele é contextual. É relacional. Não se orienta por perdas e ganhos. Ele está conectado ao computador cósmico que leva tudo em conta.”
Em outras palavras, podemos dizer que quando ouvimos o nosso coração estamos dando ouvidos à intuição. A ação intuitiva pode surgir como resultado de experiências passadas. É possível que nem nos lembremos conscientemente de muitas dessas experiências, podendo, inclusive, ser a somatória de situações vividas em outras encarnações.
E além disso, sabemos que os nossos pensamentos são inspirados pelos nossos anjos guardiões, desde que, naturalmente, mantenhamos nosso pensamento elevado e em sintonia com as esferas espirituais superiores.
Existe uma passagem do livro “Conversando com Deus”, de Neale Donald Walsch, em que Deus fala para fazer uma escolha, e não ficar mudando sempre de ideia, porque o Universo trabalha para realizar o que você decidiu. Mas cada vez que você muda seu objetivo, o Universo tem que mudar todos os planos de novo para a sua concretização.
Por isso, quando você tiver que tomar sua próxima decisão, avalie as opções, enumere as escolhas possíveis, mas não deixe de ouvir o seu coração.
Noemi C. Carvalho
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