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Crianças na pandemia: como mantê-las ativas e seguras

menina pequena com fantasia de de borboleta olhando pela janela crianças pandemia

Pandemia e crianças: como resolver esse quebra-cabeças.

Uma grande preocupação para quem tem crianças em casa é como entretê-las de maneira saudável e segura durante a pandemia. É muito bom se elas gastarem um pouco da energia fora de casa, mas como fazer isso de forma segura, evitando que elas tenham contato com o vírus?

Afinal, a expectativa de retorno à normalidade ainda parece algo distante. Apesar das notícias promissoras sobre o desenvolvimento de vacinas para imunização contra o novo coronavírus, já se fala numa provável volta a uma situação estável e tranquila somente a partir do segundo semestre de 2021.

Além do desenvolvimento da vacina em si, que já é um processo que demanda tempo, existe o fator de capacidade de produção para a imunização global, cuja população foi estimada em 7,8 bilhões de pessoas¹, em julho de 2020.

Ao mesmo tempo, quem acompanha as notícias vê localidades onde a pandemia parecia controlada ter um rápido aumento de casos depois de reabrir e relaxar as medidas de prevenção.

Isso mostra que não podemos, de forma alguma, descuidar das medidas de proteção amplamente divulgadas pela comunidade científica, principalmente o uso de máscaras, a lavagem constante das mãos e a manutenção do distanciamento social.

Lembrando que a própria OMS emitiu novas recomendações no começo de junho para o uso de máscaras faciais de pano em público, de modo a retardar a disseminação do novo coronavírus que causa a covid-19.

Mas como agir com as ativas e irrequietas crianças durante o período de pandemia para que não só elas fiquem seguras mas também toda a família, principalmente aqueles que convivem com pessoas de grupos de risco?

Leia abaixo algumas orientações dadas por especialistas das Universidades Johns Hopkins² e Stanford³ sobre como entreter e proteger as crianças e toda a família durante a pandemia do novo coronavírus.

Brincando fora de casa.

A especialista da Johns Hopkins, Keshia Pollack Porter, desenvolve trabalhos de pesquisa para garantir ambientes seguros para as crianças promoverem atividades físicas e brincadeiras. Ela reforça a importância de manter o distanciamento “físico”, isto é, ficar a pelo menos dois metros de distância de outras pessoas.

“Há evidências de que o coronavírus pode se transmitir através de gotículas em objetos e superfícies, então, por enquanto, realmente não queremos que as crianças se toquem ou mesmo que toquem em um objeto que outra criança acabou de tocar, como uma bola ou um brinquedo no parquinho.

Uma vez que é muito irreal esperar que as crianças fiquem a dois metros de distância umas das outras durante uma brincadeira, o ideal é que por enquanto as crianças não brinquem com outras de fora de suas casas.”

Porter reafirma que um dos maiores desafios que esse vírus apresenta é que as pessoas podem carregar e transmitir o vírus, mas ser assintomáticas. “Portanto”, ela continua, “mesmo que você esteja com uma família que não parece doente, você corre o risco de ajudar na propagação do vírus.”

De acordo com Porter, é importante para a saúde física, mental e emocional das crianças brincar ao ar livre. Mas ela recomenda atividades individuais, como pular corda, andar de bicicleta, jogar amarelinha, sempre sob a supervisão de pais ou responsáveis, para se certificar que eles não entrem em contato com outras pessoas.

“As crianças devem ter pelo menos 60 minutos de atividade por dia, não necessariamente de uma vez; vários períodos de 10 minutos ao longo do dia também são eficazes.”, explica

Como fazer com que crianças pequenas usem a máscara de proteção.

Crianças pequenas podem ser muitos distraídas e até mesmo teimosas. A ideia de convencê-las não só a usar uma máscara mas também não tocá-la ou tirá-la durante um passeio, parece uma tarefa impossível.

Dois pesquisadores de Stanford, Amy Price e Larry Chu, compartilham dicas para ajudar na solução desse problema. Price sugere:

  • Em casa, usem máscaras juntos. Olhem-se no espelho e fale sobre isso. Tire fotos com as máscaras e envie-as aos avós e outros parentes.
  • Coloque uma máscara em um bicho de pelúcia que a criança goste.
  • Decore as máscaras para que sejam mais personalizadas e divertidas desenhando algo colorido ou um personagem desenho animado ou de televisão.
  • Mostre ao seu filho fotos de outras crianças e de famílias usando máscaras de pano.
  • Use a máscara em casa em pequenos intervalos e aumente o tempo aos poucos para ajudar seu filho a se acostumar. Faça parecer um jogo divertido com isso, por exemplo vendo quem fica mais tempo com a máscara ou acompanhando ponteiros do relógio.
  • Use recompensas: “Quando você usar a máscara por 30 segundos, podemos fazer…”
  • Incentive a criança a dar um nome para a máscara.

Ensinar crianças a usar uma máscara é um treino gradual e constante.

Price e Chu enfatizam que é importante treinar uma criança gradualmente a usar uma máscara e explicar de maneira clara e não assustadora por que as máscaras são necessárias. Também é muito importante garantir que a máscara se encaixe corretamente e não fique nem muito apertada nem muito larga.

“As crianças farão o que seus pais estão fazendo”, observou Price. “As crianças se tornam altamente imaginativas entre três e quatro anos, portanto, a incorporação de personagens ou objetos favoritos ao uso de máscaras pode ser essencial. Mas a abordagem exata deve ser adaptada à idade de desenvolvimento e temperamento de cada criança.”, finaliza Price.

Referências

1 – Wikipedia
2 – Universidade Johns Hopkins, por Sarah LaFave
3 – Universidade Stanford, por Krista Conger

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