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Deus, explique-me sobre o amor e o medo

Menino sentado em um sofá se escondendo em meio a almofadas amor medo

A explicação sobre as emoções, por Alguém muito especial.

Amor e medo vivem se intercalando e se sobrepondo em nossa vida. Psicólogos, psicanalistas, filósofos, sociólogos, religiosos, estudiosos, todos têm as suas definições para explicar essas duas pequenas palavras. Afinal, são elas que tornam cada experiência diferente de outra, são elas que marcam as nossas lembranças com diferentes sentimentos e intensidades.

E qual será a definição de Deus para essas emoções? Quem fez a pergunta foi Neale Donald Walsch, e a resposta está no volume 3 da série “Conversando com Deus”.

Deus começa explicando que as cinco emoções naturais são: pesar, raiva, inveja, medo e amor. Mas o amor e o medo são a base de todas as emoções. As outras três são consequências destas duas. Ou seja, todos os pensamentos e todas as atitudes que temos são consequências destas duas emoções.

Mas até mesmo o medo, explica Deus, é uma consequência do amor: “Na verdade, o amor é tudo que há”. Esta definição é explicada num exemplo: a mãe que arrisca sua vida para salvar o filho pequeno que foi para o meio da rua. O medo pela vida da criança decorre do amor que a mãe sente pelo seu filho, “e então vemos aqui que o medo em sua forma mais elevada se torna amor…é amor…expressado como medo.”

Portanto, mesmo as outras emoções naturais – o pesar, a raiva e a inveja – que são uma forma de medo, são uma forma de amor. E quando, então, elas se tornam nocivas? A resposta é que “o problema surge quando uma das cinco emoções naturais é distorcida”.

O que seria, então, essa distorção? Quando uma emoção deixa de ser salutar, deixa de ser uma expressão de amor e se torna algo capaz de fazer mal e prejudicar aos outros e a si próprio?

Como distorcemos as emoções naturais e elas se tornam tóxicas.

Detalhando as características das emoções naturais, Walsch, através das palavras de Deus, traz a explicação sobre o surgimento, a função e como ocorre o desvirtuamento das nossas emoções, de tal modo que elas se tornam prejudiciais não só à nossa própria vida, mas também à vida de muitas outras pessoas – às vezes milhares delas.

O pesar

Assim, Deus começa explicando que “o pesar é uma emoção natural. É a parte de você que lhe permite dizer adeus quando não deseja fazer isso; expressar – pôr para fora – a tristeza em seu íntimo causada pela experiência de qualquer tipo de perda. Poderia ser de um ente querido ou de uma lente de contato”.

Mas quando reprimimos o pesar – e a criança ouve a todo momento alguém lhe dizendo “não chore” – ela vai ter dificuldades em chorar, em se expressar, quando se tornar adulta.

E “o pesar constantemente reprimido se transforma em depressão crônica”, esclarece Deus.

A raiva

Da mesma forma que o pesar, a raiva também é uma emoção natural, é o modo que permite que possamos dizer “não, obrigado”, sem, no entanto, prejudicarmos ou ferirmos de qualquer modo – seja verbal ou fisicamente – qualquer outra pessoa.

Quando se ensina às crianças que é errado expressar sua raiva, que não deveriam nunca sentir raiva, elas terão dificuldades na vida adulta para lidar com essa emoção.

E “a raiva constantemente reprimida se transforma em ódio.”

A inveja

A inveja, explica Deus, é a emoção natural “que o faz desejar fazer uma coisa de novo; tentar ainda mais; continuar tentando até ser bem-sucedido.”

Ela é manifestada de forma sadia quando, por exemplo, uma criança pequena quer alcançar a maçaneta ou aprender a andar de bicicleta, como seu irmão mais velho.

Mas as crianças crescem acreditando que nunca deveriam sentir inveja, e ainda menos expressá-la. E, consequentemente, essa atitude vai se tornar um problema no futuro.

Quando é sempre reprimida, “a inveja se transforma em ciúme.“, Deus faz o alerta.

O medo

Nessa explicação sobre as emoções e as suas influências na nossa vida, Deus se refere agora ao medo. Segundo Ele, os bebês já nascem com dois medos, que são o medo de cair e o de sons altos. Os outros medos são reações que aprendemos como respostas ao ambiente, ensinadas pelos pais.

O medo natural tem uma função, que é trazer a percepção do perigo e, portanto, estimular a cautela, que é “uma ferramenta que ajuda o corpo a viver. É uma consequência do amor. Do amor por si mesmo.”

E quando as crianças não aprendem a lidar com o medo, reprimindo essa emoção e não se permitindo senti-la de forma sadia, isso faz com que “o medo se transforme em pânico.”

O amor

Finalmente, chegamos ao amor, a base de tudo, a emoção fundamental sobre a qual todas as outras se desenvolvem. O amor é a base da vida, a emoção que cria, enternece, protege, eleva, dignifica.

Será que o amor, essa sublime emoção, também poderia se tornar nocivo e prejudicial?

A resposta é sim, porque da mesma forma que a outras quatro emoções naturais, o problema acontece quando ele é distorcido e a sua função original é desvirtuada.

Os ensinamentos sobre a ação que as emoções exercem sobre a nossa vida diariamente continuam. Deus explica que quando uma criança pode expressar e receber o amor “naturalmente, sem limites ou condições, inibições ou constrangimentos, não é preciso mais nada. Porque a alegria do amor expressado e recebido dessa forma é suficiente. Contudo, o amor sujeito a condições, limites, regras, rituais e restrições, controlado, manipulado e contido, torna-se antinatural.”

Seguindo o mesmo padrão das outras emoções, quando reprimimos o amor ele deixa de ser natural, “se transforma em possessividade.”

As emoções nos ajudam a construir as nossas experiências de vida.

Quando as crianças podem sentir e expressar livremente suas emoções, conseguem – na vida adulta – lidar muito bem com elas, superando rapidamente o impacto inicial que essas emoções despertam.

Mas quando reprimimos e distorcemos as emoções naturais, elas produzem reações antinaturais. Quando se transformam em depressão, ódio, ciúme, pânico e possessividade, “pessoas matam, guerras começam e nações se tornam decadentes.”

E, na maioria das pessoas, grande parte das emoções naturais é reprimida. Porém, essas emoções são aliadas. São dádivas. Suas ferramentas divinas com as quais você constrói sua experiência.

Você recebe essas ferramentas no nascimento. Elas o ajudam a cuidar da sua vida.”

Amor, medo, emoções, contradições, superações: assim se faz a vida.

A vida é determinada pelo modo como vivenciamos e percebemos as situações. Essa percepção é fruto das emoções que se formaram, moldaram e consolidaram durante todos e em cada um de nossos dias.

Com as explicações dadas acima, de forma tão simples e clara, conseguimos perceber a importância que existe em conseguirmos compreender nossas emoções para, assim, dar-lhes a direção que queremos.

Muitas vezes não entendemos porque as coisas acontecem de certo jeito; outras tantas nos culpamos por reações das quais nos arrependemos. Mas é preciso levar em consideração as influências que sofremos, sobretudo na infância, quando a personalidade está sendo formada.

As influenciações que recebemos das pessoas ao nosso redor determinam, assim, as nossas ações e reações aos estímulos oferecidos pelas mais diversas ocasiões com as quais temos que lidar. Entretanto, não precisamos – e nem devemos – nos esconder ou nos sentirmos impotentes usando isso como uma justificativa.

A maturidade e o discernimento trazem a oportunidade de nos tornarmos responsáveis pelos rumos que queremos imprimir à nossa vida. Transformar emoções e, assim, direcionar nossas atitudes, não ficando presos às reações automáticas que elas desencadeiam, é uma escolha que podemos fazer.

Para tanto, a reflexão interior, o autoconhecimento, a descoberta desse universo emocional, são atitudes que podemos tomar a qualquer tempo para que o medo seja apenas uma expressão do amor. E assim o amor se torna o agente transformador da nossa existência.

Noemi C. Carvalho

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