
Entender as obsessões nos ajuda a ficar livre desse mal.
Em nossas orações, pedimos a Deus que nos proteja, nos conceda saúde e paz, e que nos livre de todas as obsessões. Mas será que não temos uma parte de responsabilidade nisso tudo? Vamos falar um pouco sobre pensamento e energia para encontrar a resposta.
É interessante notar como as ideias espíritas de André Luiz e de Allan Kardec encontram consonância com os conceitos da física quântica. Afinal, se pensarmos no universo como um todo, interconectado por energias dinâmicas, não é difícil imaginar como as nossas ações e os nossos pensamentos podem influenciar o campo ao nosso redor.
Em várias das obras de André Luiz, psicografadas por Chico Xavier, ele explica que estabelecemos conexões com todos aqueles que pensam como nós. E isto inclui tanto encarnados como desencarnados. Isso significa que as nossas vibrações mentais podem se entrelaçar com outras, criando uma espécie de campo energético comum.
Já Allan Kardec, através das orientações recebidas de inúmeras entidades espirituais, nos lembra que a influência dos espíritos é constante. Além disso, mesmo aqueles que não creem neles podem ser afetados por essa influência.
É na grande teia da vida que podem surgir as obsessões.
Podemos, então, refletir sobre como estamos sempre em contato com outras energias e como as nossas escolhas e as nossas atitudes podem nos aproximar ou nos afastar de determinadas vibrações.
Os ensinamentos espíritas nos mostram que o pensamento é uma criação mental e que o sentimento é o que lhe confere forma e natureza. Graças à propriedade vibratória do pensamento, ele pode ser reproduzido em outra mente que esteja em sintonia conosco. Dessa forma, é possível que uma pessoa transmita seus pensamentos para outra, desde que essa esteja em sintonia com ela.
Vivemos em um regime de comunhão através dos pensamentos, das palavras e das ações. É assim que se forma a grande rede ou teia da vida. E é por essa razão que a obsessão é tem sido estudada como uma ocorrência possível, uma vez que a abertura da consciência para as mensagens dos espíritos que nos cercam pode nos tornar vulneráveis a essas influências.
Os males à saúde decorrentes de parceiras espirituais inferiores.
O processo obsessivo ocorre quando almas encarnadas e desencarnadas se associam na prática de ações contrárias à lei divina.
A obsessão pode ser considerada como o domínio que alguns espíritos inferiores exercem sobre certas pessoas. É importante ressaltar que os bons espíritos não exercem nenhum tipo de constrangimento sobre nós.
Verificamos que as obsessões, em determinados casos, podem ser as prováveis causas de desequilíbrios emocionais ou orgânicos. É importante estar atento a essas desarmonias, pois podem ter um componente obsessivo espiritual que precisa ser identificado.
Dessa forma, é preciso considerar que tais desarranjos podem ter origens diversas, incluindo fatores orgânicos, emocionais, mentais e certas parcerias espirituais.
Estas parcerias podem se manifestar em hábitos nocivos como, por exemplo, ingestão de bebidas, excesso de alimentação, práticas sexuais, vícios e paixões destrutivas. De acordo com as orientações trazidas por Kardec, por André Luiz e Emmanuel, entre tantos outros, estas parcerias são consideradas obsessões e, portanto, devem ser evitadas.
Existem diversas formas de obsessão.
Entre as diversas formas de obsessão, uma das mais conhecidas é a vingança. Este é um tipo de influência muito comum e extremamente destrutiva.
Nesses casos, um espírito desencarnado exerce uma forte influência negativa sobre um encarnado, como forma de vingança por algum sofrimento que teria sido causado pelo encarnado em vidas passadas ou na atual.
A obsessão por vingança é uma das mais perigosas, pois pode se estender por longos períodos e trazer consequências graves para a vida do encarnado. Em muitos casos, a pessoa nem sequer sabe que está sendo vítima de uma obsessão, o que pode tornar o processo ainda mais difícil de ser identificado e combatido.
Além disso, há casos em que espíritos inteligentes, pertencentes às hostes inferiores, desejam apenas causar sofrimento e desunião. São pessoas que agem movidas pelo ódio ou pela inveja, ou simplesmente pelo desejo de destruir e provocar o mal.
Nesses casos, não há um motivo específico que justifique a obsessão. É uma atitude puramente egoísta e maléfica, que pode trazer prejuízos enormes para a vida das pessoas envolvidas.
Como ficar livre de todas as obsessões.
A obsessão é um fenômeno complexo, que envolve diversas causas profundas alicerçadas em nossas imperfeições morais. Segundo Emmanuel, não existe uma obsessão singular, mas sim um conjunto de fatores que se expressam em uma relação de mão dupla entre o obsessor e o perseguido.
Nesse sentido, é importante compreender que a melhora no caso obsessivo depende de uma mudança no conjunto de fatores que envolvem essa relação. Muitas vezes, acreditamos que o obsessor é o único responsável pela situação e esperamos que ele nos deixe em paz, como se fôssemos vítimas indefesas.
Mas é preciso entender que muitas vezes as obsessões são resultado das nossas próprias imperfeições morais. É necessário fazer uma análise crítica dos nossos pensamentos e das nossas atitudes para buscar fontes de inspiração e expandir a nossa consciência espiritual.
Desta forma, podemos compreender que não é preciso se livrar do obsessor, mas sim se livrar das próprias obsessões.
Equipe de Redação LêAqui
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