
A mentira sempre repetida acaba parecendo verdade.
Meu velho e saudoso pai sempre alertava: “Discutir com um mentiroso é perder seu tempo, porque ele não tem vergonha de ficar repetindo as mentiras que inventa, até que todo mundo ache que o que fala é verdade.”
Quem tem o hábito de mentir, sem dúvida, tem a criatividade e a capacidade de criar inesgotáveis fatos e versões.
Muitas vezes, inclusive, usa pedaços de verdade para dar credibilidade às histórias que cria com a finalidade de atingir os seus objetivos.
Não vale a pena tentar discutir com um mentiroso.
O mentiroso, quando fala mal de alguém, diz que não está fofocando, só está comentando o fato. Naturalmente, de acordo com a versão dele.
Por isso, é bom saber reconhecer essas pessoas para se proteger de suas investidas. Porque elas estão sempre procurando um jeito de tirar vantagem, mascarando suas intenções com gestos de falsa amizade.
A pessoas mentirosas se aproveitam da falsa imagem criada pelas sua mentiras para atraírem admiradores e seguidores que, em seguida, podem lhe dar apoio e corroborar suas histórias inverídicas, apesar de pinceladas com fatos verdadeiros.
Mesmo sendo bom manter uma precavida distância, muitas vezes temos que interagir com elas. Então, para não se deixar arrastar pela maledicência e negatividade, não podemos nos deixar impressionar pelas histórias que contam.
Nem, tampouco, nos envolvermos com as tentativas que os mentirosos fazem de nos colocar como transmissores de suas inverdades e seus julgamentos sobre a vida alheia. Muitos menos tentar discutir com um mentiroso para querer mostrar seu erro.
O melhor jeito para lidar com o mentiroso.
Nestas oportunidades, então, o melhor que podemos fazer é procurar manter o equilíbrio, sempre buscando ter paciência.
E, acima de tudo, manter-se calmo, apenas olhando e vendo os fatos se desenvolverem, sem se misturar com a falsidade e as más intenções.
Afinal de contas, a verdade, essa ninguém muda. Os fatos podem até mesmo ser torcidos, as situações podem ser manipuladas, mas tenha certeza que, com o passar do tempo, só o que é real sobrevive.
José Batista de Carvalho