
Devemos receber bem as emoções que nos visitam todos dias, sejam elas boas ou ruins.
Rumi, poeta e teólogo sufi persa do Século XIII, teve seus trabalhos e suas poesias traduzidos em várias línguas, encantando povos de vários continentes.
Vamos deixar que suas palavras envolvam nossos sentimentos:
“O ser humano é uma casa de hóspedes.
Toda manhã uma nova chegada.
Uma alegria, uma depressão, uma avareza, uma consciência momentânea aparece como um visitante inesperado.
Dê as boas-vindas e distraia a todos!
Mesmo que sejam um bando de tristezas, que violentamente esvazie a sua casa varrendo dali a mobília, ainda assim trate todo hóspede com respeito.
Ele pode estar purificando-o para dar passagem a uma nova alegria.
O pensamento sombrio, a vergonha, a malícia, receba-as na porta rindo, e convide-as a entrar.
Seja grato a quem vier, pois todos foram enviados como um guia do além.”
Rumi
Costumamos evitar nossas emoções mais desagradáveis, na esperança que elas doam menos se as ignorarmos. Bons sentimentos – esses sim, queremos que estejam presentes a todo momento.
Mais sobre este tema, leia aqui:
- Quando a tristeza bate e dói lá dentro do peito
- Se negar a tristeza que me invade nunca encontrarei o melhor de mim
- Tristeza e felicidade andam de mãos dadas
Essa pode não ser a melhor coisa a fazer, segundo Rumi. Seja qual for a emoção que vem bater à nossa porta, por mais triste, agressiva ou sombria que seja, deve ser recebida e aceita com leveza. Compreender o motivo da sua visita, perceber o caminho que está sendo mostrado. Quando ela for embora, da mesma forma que veio – sem convite nem aviso – deixará a porta aberta para uma alegria que se aproxima.
Noemi C. Carvalho
LêAqui: a mensagem certa na hora certa
Boa leitura!