
A vacina de Oxford contra a covid-19.
No dia 20 de julho a Universidade de Oxford anunciou a resposta positiva da vacina que está desenvolvendo contra o coronavírus.
De acordo com novo estudo, a vacina desenvolvida por uma equipe de cientistas de Oxford produz uma forte resposta imune. Assim, ela se mostra uma vacina segura, eficaz e acessível para a proteção contra a covid-19. A revista científica The Lancet publicou os resultados.
Para os testes, mais de mil voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos, receberam a vacina e eles desenvolveram anticorpos detectáveis. Mas ainda é preciso confirmar se ela pode efetivamente proteger contra a infecção por SARS-CoV-2, o novo coronavírus que provoca a covid-19.
Várias (e demoradas) etapas são necessárias para viabilizar a vacina contra o coronavírus.
A equipe da Universidade de Oxford começou a trabalhar para desenvolver uma vacina contra a ameaça global que é o coronavírus, em janeiro de 2020.
O trabalho de pesquisa está sendo conduzido com uma urgência sem precedentes, numa corrida contra o coronavírus, em conjunto com a empresa biofarmacêutica global com sede no Reino Unido, a AstraZeneca. O projeto recebeu um aporte de £ 84 milhões em financiamento do governo para ajudar a acelerar o desenvolvimento da vacina.
Além disso, Oxford e AstraZeneca estão colaborando com parceiros clínicos em todo o mundo como parte de um programa clínico global para testar a vacina de Oxford.
O programa global é composto por um estudo de Fase III nos EUA, com 30.000 pacientes, um estudo pediátrico e estudos de Fase III em países de baixa a média renda, incluindo Brasil e África do Sul, que já estão em andamento.
Contudo, apesar dos resultados encorajadores obtidos até o momento, os pesquisadores ressaltam a necessidade de continuar com um rigoroso programa de ensaios clínicos. É necessária uma avaliação mais aprofundada dessa vacina para confirmar sua eficácia, avaliando, assim, a efetiva capacidade de proteger as pessoas da covid-19.
Máscaras funcionam, conclui o estudo de Oxford.
Enquanto o mundo aguarda ansiosamente a vacina que vai imunizar contra a covid-19, libertando-nos assim de todas as restrições impostas pelo novo coronavírus, a Universidade de Oxford realizou um novo estudo sobre a eficácia das máscaras faciais.
Os pesquisadores concluíram que mesmo as máscaras caseiras, feitas com o material correto, são eficazes para reduzir a propagação da covid-19, ajudando na proteção tanto do usuário como das pessoas ao seu redor.
Num estudo abrangente, o relatório investiga a eficácia de diferentes tipos de máscaras, incluindo uma comparação internacional de políticas e fatores comportamentais subjacentes ao uso.
As máscaras são eficazes, em conjunto com as outras medidas de proteção necessárias durante a pandemia do coronavírus.
A professora Melinda Mills, diretora do Leverhulme Center e autora do estudo, diz: “As evidências são claras de que as pessoas devem usar máscaras para reduzir a transmissão de vírus e se proteger, com a maioria dos países recomendando que o público as use.”
O estudo constatou que:
- As máscara faciais são eficazes para proteger o usuário e as pessoas ao seu redor.
- Fatores comportamentais estão envolvidos, incluindo como as pessoas entendem o vírus e suas percepções de risco, a confiança em especialistas e no governo, podem afetar adversamente o uso de máscaras.
- As máscaras faciais precisam ser vistas como parte dos “pacotes de políticas” com outras medidas, como distanciamento social e higiene das mãos.
- Políticas claras e consistentes e mensagens públicas são fundamentais para a adoção do uso de máscaras e coberturas pelo público em geral.
Em conclusão, o estudo constata: “Além da lavagem das mãos e do distanciamento social, as máscaras faciais são uma das intervenções não farmacêuticas amplamente adotadas para reduzir a transmissão de infecções respiratórias.”
Como deve ser uma máscara eficaz, segundo professora da Oxford.
Mas, o estudo mostra, algumas coberturas faciais não são tão eficazes quanto outras. Os tecidos como lenços, por exemplo, demonstraram ser os menos eficazes.
Além disso, a professora Mills diz: “Também deve ser dada atenção à forma como ela se encaixa no rosto. Ela deve passar em volta das orelhas ou na parte de trás do pescoço para melhor cobertura.”
Ela insiste: “O público em geral não precisa usar máscaras cirúrgicas. Descobrimos que máscaras fabricadas com material como algodão de alta qualidade, várias camadas e construções particularmente híbridas, são eficazes.
Por exemplo, a combinação de algodão e seda ou flanela fornece mais de 95% de filtragem, de modo que o uso de uma máscara pode proteger outras pessoas.’
Existem, certamente, fatores comportamentais essenciais que sustentam a adesão do público ao uso de uma máscara. E o mais importante é que as pessoas precisam entender como se dá a transmissão do vírus e como as máscaras as protegem e protegem também as outras pessoas. É preciso entender os riscos.”
A professora Mills, além do mais, diz: “Aprendemos com pandemias anteriores que os indivíduos subestimam seus próprios riscos de contrair o vírus ou transmiti-lo a outras pessoas e pensam que ‘isso não vai acontecer comigo’.”
A vida ainda não voltou ao normal, por isso os cuidados com o coronavírus devem continuar.
Portanto, sobretudo agora que as atividades começam a retomar em certo ar de normalidade, com reabertura parcial de comércio, perspectiva de volta às aulas, liberação de parques e praias, não podemos, sob hipótese alguma, descuidar das recomendações. Ainda que não concedam um proteção 100% eficaz, diminuem sensivelmente a possibilidade de contágio.
Acredito que existem importantes fatores que devem ser considerados para deixar bem clara a necessidade de continuarmos a praticar todas as medidas preventivas acima relacionadas, como por exemplo a higiene das mãos, o uso de máscara, etiqueta respiratória e distanciamento social.
Em primeiro lugar, devemos levar em conta a diminuição do impacto causado pelas notícias à medida que a situação se prolonga. Ou seja, se antes era chocante ouvir falar em 600 ou 700 mortes causadas pela covid-19, o tempo faz com que isso pareça “normal”.
Mas certamente não é normal para aqueles que sofrem muitas vezes um doloroso e longo período de recuperação. Nem para aqueles que não conseguem superar a doença, assim como para todos os familiares, amigos e equipes médicas próximas.
O alerta deixado por José Paulo de Andrade.
Em segundo lugar, basta acompanhar as cidades e países que também estão retornando suas atividades. Podemos verificar que, na maioria das vezes, são retomadas medidas restritivas por causa de aumento de contágio.
Outro fator que acredito seja relevante é levar em conta extensão territorial, densidade demográfica, bem como orientações de saúde pública. Se a Nova Zelândia, por exemplo, consegue conter o avanço da pandemia do coronavírus, não significa que o vírus esteja sob controle no mundo todo. Basta acompanhar os números de contágio e mortes que ainda se verificam, por exemplo, no Brasil, Estados Unidos e Índia.
Recentemente, o jornalista José Paulo de Andrade foi mais uma das milhares de pessoas vitimadas pela covid-19. Uma de suas últimas mensagens foi enviada ao companheiro de programa Pedro Campos. Encerrando tragicamente uma longa e notável carreira na área da informação, ele alertou: “Não brinque com esse coronavírus. O bicho é feio.”
Enquanto a vacina não vem…
Portanto, enquanto a vacina não vem, não podemos fechar os olhos à realidade.
Dizer que “esse vírus não é tudo isso”, ” eu sou forte e isso não vai me afetar”, “só pega covid-19 quem fica pensando que vai pegar”, nada disso oferece garantia de imunidade.
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Existem inúmeros relatos de pessoas que pensavam assim e depois se arrependeram por não ter tomado os cuidados necessários.
Acima de tudo, portanto, tenha paciência, compartilhe seus sentimentos, medos e frustrações, peça ajuda financeira se for preciso: perca a vergonha, mas não perca a vida.
Noemi C. Carvalho
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