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João, o Apóstolo de Cristo que falava aos animais

pintura clássica de João Evangelista em sua pregação aos peixes João Apóstolo animais

Os animais se reuniam para ficar ao lado do Apóstolo João.

O Apóstolo João dedicou sua vida a levar os ensinamentos de Jesus a todas as pessoas que dele se aproximavam, mas também matinha uma estreita relação com os animais e com toda a natureza.

Ele viveu muitos anos em exílio na pequena ilha de Patmos, depois de ter sido capturado por ordens do Imperador de Roma.

Nessa ilha, João Evangelista desenvolveu uma grande sintonia com a natureza. Percebeu, então, que os animais respondiam ao seu amor, aproximando-se quando ele lhes falava dos ensinamentos que recebera do Mestre Jesus.

A pregação de João Evangelista aos peixes.

Certa vez, os soldados saíram à sua procura, porque fora expedida a ordem imperial determinando a morte do Apóstolo, e Miramez¹ narra o episódio do seguinte modo:

“João Evangelista se encontrava assentado numa pedra, pregando a Boa Nova do Reino para um enorme cardume, cujos peixes se comprimiam como se fossem pessoas em comício.

O Apóstolo, sorrindo, relanceava os olhos brilhantes por toda extensão que vislumbrava falando com entusiasmo, nestes termos:

– Meus filhos, conheço a vida aqui na Terra com os seus perigos eminentes. Carecemos de vigilância e suponho que, no seio das águas, ela se apresente com maiores dificuldades.

Todavia, é bom que conheçamos, acima de tudo, o poder de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo, que fizeram esta casa maravilhosa em que todos vivemos por amor d’Eles.

Homens e peixes, aves e animais, tudo o que vive, está no livro da vida sob a vista do Criador. Sintamos, portanto, alegria onde estamos vivendo e obedeçamos às leis que o ambiente nos apresenta.

E, se aí, no mundo marinho, alguns são chamados para o sacrifício, no meio dos homens acontece a mesma coisa. A liberdade é relativa e o destino, em muitos casos, nos procura sem errar nosso endereço, para que possamos dar testemunho, sendo exigida a vida física.”

A promessa de Cristo de um novo Céu e de uma nova Terra.

João Evangelista assim continua: “O Cristo nos prometeu um novo Céu e uma nova Terra, nos quais haverá justiça e abundância de tudo, onde a segurança será uma lei visível para todos os viventes, e a paz, um clima para todos os Seus filhos do coração.

Este que vos fala, está marcado para o sacrifício e não merece prêmio melhor, pois já confia na Providência Divina. E sabe, por experiência, que ninguém morre, como nada se acaba na criação de Deus.

O modo pelo qual nos transformaremos, deve ser dos melhores, porque Deus, que tudo sabe, o escolheu, como Pai amoroso e bom, justo e misericordioso.

Vós, os habitantes das águas, sois peças importantes na engrenagem da vida que se estende em todo o mundo. Pois sem esse líquido de Deus, que mantendes em perfeita conservação, onde estariam o equilíbrio e as bênçãos da saúde?

Para mim, todos vós sois meus filhos, e para Deus sois muito mais que isso: sois partes d’Ele, onde Ele habita em Seu grande esplendor.

Confiai, esperai e trabalhai, que dia chegará em que todos nós, sem exceção, nos encontraremos no Reino da Luz, para gozarmos a felicidade daqueles que fazem parte, por direito divino, do grande rebanho do Mestre de todos nós – o Cristo!”

A comitiva marítima que acompanhou o Apóstolo João.

O carinho do Apóstolo João se expandia, tanto para os animais como para as pedras e as árvores, pois ele não fazia distinção para amar.

Quando foi libertado, rumando de barco até Éfeso, os peixes acompanharam sua embarcação, como a despedir-se do amigo que tão bem os tratava.

Miramez descreve a procissão marítima, dizendo que “riscos enormes se faziam nas águas de um lado e de outro, e foram aumentando, como por encanto.

Levavam os peixes o manancial de Amor à margens do grande mar para as últimas despedidas. Alguns deles faziam evoluções sobre as águas, mostrando-se como flechas deslizando no mundo líquido, dando o que tinham em favor daquele que lhes dera muito mais.”

Os ensinamentos de João para a nossa vida.

Estas poucas palavras do companheiro e fiel seguidor de Jesus trazem uma imensa significação para o entendimento de nossa vida.

Assim, recomenda o Apóstolo que “sintamos alegria onde estamos vivendo”. Cada uma das situações pelas quais passamos têm um significado dentro do plano de nosso desenvolvimento espiritual e nada acontece que não nos traga algum proveito.

João Evangelista, em seguida, cita que “o Cristo nos prometeu um novo Céu e uma nova Terra” e também que “todos nós, sem exceção, nos encontraremos no Reino da Luz, para gozarmos a felicidade [do Cristo].”

Estas palavras, sem dúvida, nos trazem a lembrança da transição planetária. Este é o processo em curso que prevê a elevação da categoria da Terra no plano universal, como resultado do desenvolvimento da humanidade como um todo, no sentido moral e espiritual.

Além disso, o caminho evolutivo de cada um de nós, apesar de não se vincular a uma questão de tempo, tem como objetivo a condição de nos tornarmos espíritos puros. Estes são aqueles que superaram todos os vícios e falhas da condição humana, isentos, portanto, das tristezas e sofrimentos. Nós os chamamos de anjos.

Deus habita em nós.

Essa evolução a que todos nós estamos sujeitos e também explicada pelo Apóstolo, quando diz que “ninguém morre, como nada se acaba na criação de Deus”.

Afinal, seria impossível seguir no processo de desenvolvimento se a vida não seguisse no plano espiritual. E se, além disso, não tivéssemos as novas oportunidades através da reencarnação.

Em sua pregação aos peixes, João, o Apóstolo que estimava a natureza e os animais, nos lembra: “Para mim, todos vós sois meus filhos, e para Deus sois muito mais que isso: sois partes d’Ele, onde Ele habita em Seu grande esplendor.”

E assim, reafirma o Apóstolo de Jesus, que não existe distância que nos separe de Deus, a não ser em nosso próprio coração.

Noemi C. Carvalho

1 – Texto baseado no livro de Miramez, “Francisco de Assis”, psicografado por João Nunes Maia, com citações da mesma obra

Fernando Miramez de Olivídeo nasceu na Espanha e em 1649 chegou ao Brasil, onde se dedicou a aliviar os sofrimentos físicos e espirituais dos indígenas e dos escravos com quem convivia. Tornou-se guia espiritual de João Nunes Maia (1923 – 1991).

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