
A apreensão e a tristeza fazem elevar os corações ao alto em busca de consolo e esperança.
Dr. Bezerra de Menezes, através de Divaldo Franco, envia uma mensagem sobre a pandemia. Vivemos dias de apreensão e tristeza, como resultado da disseminação do coronavírus mundo afora.
Ansiedades e medos brotam, assim, em todos os cantos das cidades vazias, em decorrência da insegurança da infecção pelo vírus, da preocupação com o trabalho e a forma de se sustentar, da solidão e sensação de abandono pelo período de isolamento.
O planeta todo passa por situações antes apenas imaginadas em obras de ficção. Percebe-se que em nenhum lugar há uma infraestrutura capaz de fazer frente à doença em si e também às trágicas consequências que ela deixa por onde passa.
Aturdidos, muitos lançam seus pensamentos ao alto buscando consolo e socorro.
A mensagem do Dr Bezerra de Menezes a respeito da pandemia.
Frente a este cenário de incertezas, na palestra de encerramento da XXII Conferência Estadual Espírita, realizada em 15/03/20 em São José dos Pinhais – PR, Divaldo Franco em meio à sua exposição, recebe através da psicofonia¹ uma mensagem do Dr. Bezerra de Menezes², um dos introdutores do Espiritismo no Brasil. Leia a seguir.
“Jesus.
É para esse Homem Incomparável, que neste momento em que se clausura a XXII Conferência proferida pela Federação Espírita do Paraná, que os seres angélicos que administram o nosso destino, comparecem para repetirem, como os mártires:
– Ave, Cristo, aqueles que te amamos, te saudamos e homenageamos.
Jesus, meus filhos, é o Zênite e o Nadir das nossas especulações.
Jamais tivemos tanta necessidade desse Pastor querido e jamais a Humanidade apresentou tanto amor como nestes dias. O amor à natureza, nas suas mais variadas expressões. Nesse amor à natureza há tudo que na natureza vibra e vive: os nossos irmãos da escala zoológica – os animais, os nossos inimigos, os nossos amigos e irmãos.
Nunca houve tão bela e nobre consciência dos ditados de Jesus porque nos não deixou órfãos. Permitiu que as luminíferas estrelas caíssem dos céus sobre a Terra, na escuridão pós-Revolução Francesa, que estimularia ao mundo as canções de liberdade, pelas Américas, arrebentando os grilhões do colonialismo que a Humanidade, de alguma forma, ainda impõe na sociedade carente.
Em tempo algum Jesus foi tão exaltado, tão combatido. E isso nos merece reflexão.
Exultemos e não temamos. A morte não é o fim, é a grande libertadora da escravidão carnal.
Não vos preocupeis demasiadamente com a presença pandêmica do vírus, cujo momento será mais tarde entendido nas suas razões, nas suas origens e no porquê chegou-nos agora, provocando pânico e dor.
Vós, que conheceis Jesus, mantende o respeito às leis, buscando a precaução recomendada pelas autoridades sanitárias.
Mas não oculteis a mão socorrista aos padecentes, não negueis a palavra libertadora aos que se preparam para enfrentar a Imortalidade. Não saiais de onde fostes colocados numa inútil e enganosa tentativa de impedir a contaminação.
Buscai a pureza íntima e, sobretudo, alimentai-vos da fé dinâmica, corajosa e gentil, amando a todos, evitando as paixões que dividem, e as experiências que desunem.
Hoje quiçá, mais do que nunca, Jesus precisa de vossas mãos, falar pelos vossos lábios, sentir o calor da vossa compaixão e a misericórdia dos vossos sentimentos.
O grande antídoto para todos os males é o amor responsável, é o amor dinâmico, é o amor que doa e não se preocupa em receber nem mesmo um sorriso do beneficiário.
Não penseis que vos encontrais a sós. Os Céus enviam os seus embaixadores para que o intercâmbio entre encarnados e desencarnados se faça com muito mais facilidade.
Tende o cuidado para que as vossas ondas mentais sincronizem-se com as mentes que administram as vidas, e evitai descer o vosso pensamento às páginas da agonia, onde se encontram as forças ultrajantes que estão produzindo as dores por necessidade da evolução do Planeta.
Ide, como Jesus disse aos quinhentos da Galileia, e pregai pelo exemplo, pela palavra iluminada e pelo exemplo da abnegação.
As forças vivas do Universo estão conosco, no doce intercâmbio convosco.
Ide e amai.
Em nome dos Espíritos espíritas, nós suplicamos ao Senhor que nos abençoe e nos guarde em paz.
São os votos do servidor humílimo e paternal.
Bezerra.”
Na paz, tudo vai dar certo.
Acredito que os pensamentos construídos através destas inspiradas palavras, na mensagem que o Dr Bezerra de Menezes nos enviou para nos ajudar nesta difícil situação criada pela pandemia, podem incutir toda força necessária para que os ânimos se acalmem.
E assim, na paz, que consigamos aproveitar esta situação para nos reconciliarmos com nós mesmos e nos irmanarmos com todos os que ao nosso lado partilham essa existência.
Tudo passa. Isso também vai passar e vai dar tudo certo.
José Batista de Carvalho
Referências
1 – Psicofonia
Do grego psyké – alma e phoné – som, voz. De acordo com a Doutrina Espírita, é o fenômeno mediúnico no qual um espírito se comunica através da voz de um médium.
A Doutrina Espírita identifica duas classes principais de psicofonia: a consciente – quando o médium afirma ter percebido mentalmente ou escutado uma fala proveniente de um espírito que desejava se comunicar, tendo-a reproduzido com o seu aparelho fonador, e a inconsciente ou sonambúlica – quando o médium afirma não saber o que disse, fazendo entender, assim, que o espírito comunicante ter-se-ia utilizado diretamente de seu aparelho fonador, por estar ele, médium, inconsciente.
Como se verifica em toda classificação espírita, esta deve ser entendida como didática, sabendo-se haver uma diversidade de nuances entre uma e outra classe.
Allan Kardec, em “O Livro dos Médiuns” chama os médiuns psicofônicos inconscientes de médiuns falantes. (Informações de Wikipedia).
2 – Dr. Bezerra de Menezes
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (Riacho do Sangue, 29 de agosto de 1831 — Rio de Janeiro, 11 de abril de 1900), mais conhecido apenas como Bezerra de Menezes, foi um médico, militar, escritor, jornalista, político, filantropo e expoente da Doutrina Espírita. Conhecido também como O Médico dos Pobres.
O “Kardec Brasileiro”
Pela atuação destacada no movimento espírita da capital brasileira no último quartel do século XIX, Bezerra de Menezes foi considerado um modelo para muitos adeptos da Doutrina. Destacam-lhe a índole caridosa, a perseverança e a disposição amorosa para superar os desafios.
Essas características, somadas à sua militância na divulgação e na reestruturação do movimento espírita no país, fizeram com que fosse considerado o “Kardec Brasileiro”, numa homenagem devida ao papel de relevância que desempenhou.
Muitos seguidores acreditam, ainda, que Bezerra de Menezes continua, em espírito, a orientar e influenciar o movimento espírita. É considerado patrono de centenas de instituições espíritas em todo o mundo. (Informações de Wikipedia)
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