
O problema de acreditar que somos vítimas do destino.
Muitas pessoas acreditam no acaso e sentem-se como vítimas do destino, impotentes frente aos acontecimentos e rumos da vida, como se fossem marionetes presas aos cordões da fatalidade em meio a sofrimentos e desventuras.
Mas será que o acaso, por acaso, não é uma percepção enganosa dos processos da vida? Uma interpretação baseada na incapacidade de compreender que os nossos caminhos são feitos de escolhas? E que até mesmo as não escolhas são decisões tomadas muitas vezes em função do medo ou da insegurança?
Acreditar no acaso é crer que há alguma entidade superior que, de fato, está nos tutelando e decidindo os nossos caminhos através de sorteios aleatórios que determinariam o que devemos escolher, por onde seguir, como agir.
Acreditar nesse determinismo, nesse destino, é abrir mão de nossos desejos, dos anseios da nossa vontade. Ou seja, é abrir mão do instrumento mais valioso que possuímos, que é o nosso livre-arbítrio.
Precisamos entender que Deus nos criou para que sejamos Senhores de nosso destino. Para que sejamos a vontade Divina se expressando em nossas vidas e na construção de nosso viver.
“Deus não joga dados”.
Acredito que o acaso não existe. Não há lógica em supor o Universo como fruto de circunstâncias casuais, arbitrárias, sem objetivo e sem planejamento, desprovido de leis, resultado de acidentes regidos pela sorte ou azar.
Ao observador atento certamente não escapa a percepção de que em tudo no Universo existe um sentido, um propósito. E a vida é um ato do grande espetáculo da evolução.
Einstein acreditava em Deus e reconhecia o Universo e suas forças como expressões desse Divindade. Ele elaborou teorias, equações e fórmulas que se aproximassem da explicação dessa força superior. E certa vez disse que “Deus não joga dados”.
Se um dos maiores gênios da humanidade tinha essa crença, é difícil crer que somos casualidades, que a vida seja fruto de acidentes fortuitos, que aleatória e espontaneamente surgimos, vivemos e da mesma forma deixamos de existir sem que haja propósito, um sentido, um projeto.
Existe um velho ditado que diz que “nem uma folha se desprende de uma árvore sem que tenha chegado o seu momento”.
Deus é o grande elemento onipresente, onisciente e onipotente que percorre todas as existências, desde o mineral, ligando tudo e todos com o amálgama da vida, que é a energia do amor.
Um conjunto de leis cósmicas rege todas as formas de vida.
Existe um conjunto de leis que coordena energias e forças. Como um programa de computador, determina os fenômenos e os acontecimentos de tudo o que existe no Universo, desde os elementos inanimados e inertes até os seres inteligentes, impulsionando-os permanentemente no caminho da evolução e do aperfeiçoamento.
Esse regramento cósmico funciona como uma base onde cada indivíduo irá desenvolver as suas ações de acordo com os seus objetivos e os seus propósitos.
Imaginemos que a base desse regramento funcione como se fosse uma história, uma peça de teatro ou filme onde teríamos os personagens e as suas ações determinado o enredo de acordo com as suas escolhas.
O sentido geral é de proporcionar as situações e os meios para que os espíritos possam desenvolver as suas trajetórias no sentido da evolução.
Verificamos, por exemplo, que não há nada de aleatório ou acidental quando um espírito encarna em determinada família. Ele convive com outros espíritos e esse relacionamento objetiva aparar arestas de outras encarnações e, assim, fluir para o desenvolvimento e o aprimoramento.
Não existem vítimas do destino, mas significados para cada existência.
Além disso, além do local onde encarnaremos, outras características também fazem parte do projeto reencarnatório elaborado por especialistas do plano espiritual no planejamento de uma nova encarnação.
Esses projetos são elaborados minuciosamente para atender as necessidades do espírito reencarnante, prevendo a concepção do código genético, a constituição orgânica, as características físicas e tudo mais que for preciso para que esse espírito tenha todas as condições necessárias para bem desempenhar a sua nova experiência.
Portanto, não existe sorte ou azar, a vida não é uma loteria. É um projeto complexo e bem elaborado com objetivo, significado e propósitos bem estipulados.
“Nasceste no lar que precisavas.
Vestiste o corpo físico que merecias.
Moras no melhor lugar que Deus poderia te proporcionar, de acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades; nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que atraíste com tuas próprias afinidades.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes, são as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivencial.
Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta, busca o bem e viverás melhor.”
Francisco do Espírito Santo Neto , “Um Modo de Entender: Uma Nova Forma de Viver” – Editora Boa Nova
José Batista de Carvalho
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