
A tradição do presépio.
Dentre tantas tradições e costumes que ganham vida na realização dos festejos de Natal, montar um presépio talvez seja a mais acalentada. Podemos manipular as pequenas peças como seres cheios da magia que conduzirão o espírito do Menino Divino ao corações, pois o Natal é fazer renascer o amor e a paz que tanto procuramos.
Foi o nosso bom amigo São Francisco de Assis que montou o primeiro presépio, usando peças de argila para que ficasse representado o cenário e os acontecimentos do nascimento de Jesus. Seu intuito, com isso, era explicar às pessoas comuns e aos camponeses a história do nascimento do Cristo que não era bem entendida por eles.
Em princípio, essa prática se disseminou pelos mosteiros e igrejas europeias na Idade Média. Em seguida, os presépios começaram a ser montados nas casas como forma das famílias reverenciarem o nascimento do filho de Deus.
No lar e na família começa a prática do amor.
O presépio retrata valores que transcendem o tempo, cuja importância se estende através dos séculos e continuam sendo fundamentais nos dias de hoje.
Um desses valores, expresso simbolicamente no presépio, diz respeito à Sagrada Família.
Em qualquer tempo, sob qualquer circunstância, o amparo, a proteção, o amor, o respeito, são virtudes que devem ser incutidas no ambiente familiar e irão nortear a caminhada, ainda que a estrada da vida possa por vezes se apresentar sinuosa ou assustadora.
Lembremos, ainda mais, que o Cristo Jesus permaneceu com sua família por 30 anos, simbolizando que nosso primeiro trabalho deve se iniciar no lar. É em nossa casa que devemos aprender e ensinar a reverência ao princípio de amar o próximo como a nós mesmos e assim desenvolver os recurso necessários para levar a ajuda aos que necessitam.
Simplicidade, acolhimento, ternura, alegria: fazer de cada dia um dia de Natal.
O nascimento na manjedoura de um estábulo remete aos ideais de simplicidade e humildade. E o desapego às coisas da Terra, concedendo-lhe o valor adequado, certamente nos eleva mais facilmente às aquisições do Céu.
Devemos lembrar, também, que a chegada de nosso amoroso mestre se deu em um local tão humilde porque lhe foi negado abrigo em local apropriado. Simbolicamente, podemos então entender o quanto é difícil, nos dias de hoje, recebermos a Luz Crística em nossos corações.
A representação eternizada na figura do Jesus Menino mostra que é fundamental manter a pureza, a doçura, a ternura, a alegria, para que essas qualidades nos acompanhem por toda a nossa vida.
Seu coração seja a manjedoura que acolhe a Divina Criança no renascimento espiritual.
Esse nascimento deve transcender todo o entendimento que temos sobre esse fato, para que, então percebamos que a Estrela Guia está sempre cruzando as noites de nossas aflições.
Ela indica que nossos corações são como a manjedoura que a Divina Criança precisa nascer, para que assim despertemos para a ventura de renascer em vida verdadeiramente.
Jesus disse a Nicodemos: “A menos que você nasça novamente, não irá entrar no Reino de Deus.” Ele também disse: “A menos que você seja como uma criança, não irá entrar no Reino de Deus.” Jesus está dizendo que um renascimento é necessário.”
Um Feliz Natal e um lindo renascimento em cada amoroso coração.
José Batista de Carvalho
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