
O jogo do ‘vale -tudo’ para conquistar a fama.
Dentre a muitas histórias que envolvem Chico Xavier, uma delas contou com dois nomes famosos: Jean Manzon, fotógrafo, e David Nasser, jornalista. Eles se tornaram a mais famosa dupla de coberturas jornalísticas e ficaram conhecidos pelas grandes reportagens que faziam na então revista semanal “O Cruzeiro”.
Mas muito antes de se tornarem conhecidos na grande imprensa, eles decidiram entrevistar Chico Xavier. Luciano Napoleão da Costa e Silva, em seu livro “Nosso Amigo Chico Xavier – 50 Anos de Mediunidade”, conta este ‘causo’.
Os repórteres partiram para Pedro Leopoldo, para conhecer o jovem que estava abalando “a base” do meio literário do País, por causa dos livros psicografados.
Quando se encontraram com Chico, deram nomes falsos e se apresentaram como repórteres estrangeiros. “Pintaram e bordaram, fotografaram-no em posições ridículas… Enfim, estavam em ascensão na carreira e não queriam perder esta reportagem que teria, sem dúvida, grande repercussão.
Ao terminarem, logo que se despediram, foram presenteados com um livro autografado. Partiram para o Rio de Janeiro levando a forjada reportagem. Lá chegando, não deram muita importância à amabilidade com que foram tratados, muito menos ao modesto presente com que foram contemplados e publicaram a reportagem que enxovalhava a moral e a honra daquele missionário.”
Chico surpreende Nasser e Manzon.
Certo dia, David Nasser resolveu folhear o livro que recebeu e então leu a dedicatória de Chico:
“Ao caríssimo irmão David Nasser…”.
Surpreso e assustado, porque não tinha dado seu nome verdadeiro quando se apresentou a Chico, logo telefonou para o seu companheiro, Jean Manzon. Perguntou se ele já tinha aberto o livro recebido. Este respondeu que não, e Nasser, então, insistiu para que ele olhasse o livro.
Logo em seguida, Jean Manzon, também surpreso, leu a dedicatória de seu exemplar:
“Ao caríssimo irmão Jean Manzon…”
Cada ‘causo’ é um ensinamento.
Muitos anos se passaram e, um dia, David Nasser foi de novo visitar Chico Xavier, não como repórter, mas como observador. Para sua surpresa, Chico o recebeu com a mesma gentileza da primeira vez, não comentou e muito menos criticou a traiçoeira reportagem.
E a todos aqueles que o perseguiam, jornalistas e escritores, Chico assim respondia:
“Diz-nos Emmanuel que devemos ter paciência e bondade para com todos, explicando sempre que eles não nos injuriam porque sejam maus, e sim por inexperiência ante os assuntos da Vida Espiritual.”
E assim Chico nos mostrava, em cada uma de suas atitudes, que não só aprendia e divulgava, mas também praticava todos os ensinamentos recebidos de seus mentores espirituais.
Noemi C. Carvalho
fonte: Centro Espírita Chico Xavier
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