
Alçar voo, ganhar as alturas, mas atentar aos que nos rodeiam
Miríades esvoaçantes colorem o céu ao sabor do vento.
Elevam-se, ziguezagueiam, lépidas, transportando nas rabiolas o sorriso das mãos que as manejam.
Uma delas alegre e velozmente escala o firmamento, vai se apequenando na distância, aguarda sacolejando a chegada de suas companheiras.
Repentinamente, desgovernada, rodopia, começa a cair. Onde o fio que a sustenta, que lhe dá vida? Foi bruscamente cortado.
Há quem não suporte compartilhar alegrias e realizações.
E há os que, não conseguindo sua própria realização, comprazem-se em arruinar a dos outros.
Onde anda a sensatez para entender que, nessa dança harmoniosa e fugaz da vida, posições se alternam continuamente e o firmamento se colore de almas leves e radiantes, que se regozijam na humildade de ajudar e de ser ajudado?
Noemi C. Carvalho
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