
No início da pandemia, abriram-se as janelas da união e da esperança.
Coloquei os sapatos da novidade para sair da rotina diária e assim caminhar pelas calçadas do momento que estamos vivendo. Após os piores momentos da pandemia, entre uma esquina e outra o pensamento buscava o entendimento para o admirável novo Mundo de Regeneração que irá surgir nos dias que virão.
Lá atrás, quando fechamos as nossas portas, isolando-nos de tudo e todos, as esperanças eram que o vírus passaria e o mundo renasceria diferente. Pois pensamos que todos, após o forte trauma que se abateu sob o planeta, iriam rever os seus pensamentos, revisar as suas crenças e, assim, transformar as suas atitudes perante a vida.
Nas janelas e varandas espalhadas pelo mundo entoaram-se cantos de amor e solidariedade. A vida e o amor ao próximo eram exaltados como uma promessa ao porvir de um novo mundo mais altruísta, bondoso e caridoso.
Enquanto isso, no silêncio das ruas vazias, o medo, como densa nuvem, permeava todos os cantos. E dentro das casas, uma nova rotina se impôs. Alguns conseguiram trabalhar em casa conectando-se pela internet com as suas empresas. Outros tantos, pela natureza de suas atividades, ficaram parados, presos ao medo do desemprego. Empresários lamentavam as portas fechadas de suas empresas, ameaçando a destruição do trabalho de vidas inteiras.
O livre-arbítrio traz consigo a responsabilidade pelas escolhas.
Temos o conhecimento de que estamos vivendo os dias finais da Terra como um mundo de provas e expiações. E acredito que este evento, criado por um pequeno e tenebroso vírus que espalhou mortes e medo, que certamente abalou as estruturas econômicas, é o elemento que irá acelerar a transição planetária que vivemos.
Esse vírus de origem controversa criou situações e condições para que cada um de nós pudesse escolher como vivenciar as dificuldades, enfrentar as crises e escolher as atitudes.
Sabemos que a característica básica dos mundos categorizados como de provas e expiações é, de fato, a preponderância do mal sobre o bem. Portanto, nestes mundos, como o nosso atualmente, encontraremos um grande números de pessoas ainda presas às condições que geram pensamentos, crenças e atitudes que causam o mal, o sofrimento, as dores e os conflitos.
Ao compreendermos a inteligência e a beleza da vida, sabemos que somos espíritos imortais que avançam no tempo, de encarnação em encarnação. E sempre vivenciando as situações em companhia daqueles que nos auxiliarão na nossa evolução, vivendo entre provas que devemos vencer e sofrendo as expiações que necessitamos para podermos crescer.
O ser humano traz em si a bênção do livre-arbítrio. Essa capacidade foi a nós outorgada por Deus. Mas por ela nos tornamos responsáveis por nossa vida, pelas nossas escolhas a cada passo que damos na vida e que irão construir os fatos e as circunstâncias que encontraremos no futuro.
Sempre penso na confiança que Deus depositou em nós. Pois ele permite que escolhamos as nossas ações, que tenhamos a decisão final sobre todas as questões de nossas vidas. Ele em nada interfere. Mas a lei é perfeita e infalível: todas as criações e resultados provenientes das nossas escolhas são de nossa responsabilidade e seremos cobrados por elas.
Estamos em tempos de transformação interior.
Nestes dias que passam, vivenciamos os momentos finais da transição. E grande parte dos espíritos encarnados na experiência material estão tendo a última oportunidade para que, no futuro, possam permanecer no admirável Mundo Novo, o Mundo de Regeneração no qual a Terra se tornará.
Como na parábola dos trabalhadores da última hora, pensemos que o Senhor, neste instante, está nos assalariando para trabalharmos em seus campos.
Atente, então, para o dia de hoje. São estes os tempos para iniciarmos a nossa transformação. Tempos para lançarmos os esforços para refrear as más inclinações, superar os problemas espirituais e desenvolver a capacidade de amar. E assim, obtermos as virtudes que nos possibilitem fazer parte do grupo de trabalho do nosso Mestre Divino.
Quando falamos do mal que ainda prevalece entre nós, estamos falando da predominância dos apelos materiais. São estes que desenvolvem no ser humano o orgulho, o egoísmo, a cobiça, a vaidade, a ganância, a ambição, a falsidade, a inveja, entre outros tantos que ainda exercem domínio sobre muitas pessoas e proporcionam os dantescos episódios de maldade.
Um dia, a nossa Terra será um admirável e novo Mundo de Regeneração.
Temos a sensação de que a imoralidade floresce, que os maus estão prosperando, que o instituto da família desaba. Parece que a educação está sendo sucateada, que a imoralidade está governando tudo, que o materialismo está dominando tudo e todos. E que assim estamos vendo a construção de um futuro de caos, de dificuldades e sem esperanças.
Por isso, nunca antes nós precisamos tanto das palavras de Jesus. Para nos trazer alento e explicações que acalmem os nossos corações e que asserenem os sentidos aflitos. E além disso, que nos inspirem a encontrar o caminho do bem que tanto necessitamos, em meio a essa densa bruma de sofrimento.
As dificuldades e sofrimentos que se espalham parecem nos esmagar. Mas são, em verdade, os instrumentos educadores que eliminarão de uma vez por todas o próprio mal. E assim, farão o bem florescer cada vez mais nesta Terra.
Estes são os tempos da renovação do espírito, da expressão da verdade, do aprimoramento moral. É o tempo da nossa redenção plena através dos sacrifícios da renovação interior e da transformação do espírito.
Pouco a pouco, as provas e expiações ficarão para trás. E a terra prometida, o Mundo de Regeneração será o imenso campo do Senhor que os trabalhadores da última hora construíram.
José Batista de Carvalho
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