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O autoconhecimento despe as ilusões

imagem de uma mulher com ar pensativo refletida eu um vidro de janela que mostra a cidade vista de cima O autoconhecimento despe as ilusões

Se a vida fosse uma suave poesia…

Evitamos o autoconhecimento para que não precisemos nos confrontar com as ilusões que criamos e sob as quais vivemos.

Quantas vezes já não nos pegamos estáticos, com o olhar parado em algum ponto não existente, buscando na mente algum sentido para a vida que diariamente passa à nossa frente?

Gostaríamos que o que nos acontece fosse como uma suave poesia, não necessariamente rígida na estrutura e métrica, mas que pudesse a cada verso manifestar uma sonhada beleza que encantasse os sentidos e despertasse o viver coerente com nossos dons e e as nossas virtudes.

Muitas vezes me imagino andando pelas inúmeras ruas da cidade. E, ao mesmo tempo, desestruturando a lógica, penso estar no alto de um dos mais altos edifícios, com o poder de tudo olhar ao redor deste moderno castelo.

Ando, enquanto me observo lá de cima. A caminhada semi apressada é calculada, não se deixa surpreender por falhas na calçada. Ao contrário, marca profundamente em cada passo uma rigorosa perfeição, diariamente ensaiada com esmero.

Do alto da fortaleza envidraçada me surpreendo com um deslocamento robotizado, calculado, esquematizado, assim como o andar de todos os outros que matinalmente seguem nesse fluxo, como que ajustados em um mesmo mecanismo, formatados para dar prosseguimento ao bom desempenho do sistema.

No plano do chão apenas observamos os prédios que nos cercam. Da elevada posição não conseguimos perceber os detalhes mínimos das caminhadas diárias.

E a esperada poesia sonhada em nossos dias se perde a cada por do sol.

Fingimos nos conhecer e mostramos alguém que não somos.

Nós somos o observado e o observador. Mas nos esquecemos de ser quem somos?

Esta, certamente, é a dúvida que faz brotar os olhares perdidos no nada, desperdiçados nos momentos em que a vida nos confronta.

O que é que, afinal, está movendo a nossa vida?

Procuramos todas as manhãs vestir a melhor aparência, colocar um sorriso satisfatório, e pronto. Podemos então sair para dissimular frente aos outros a felicidade que não está em nós, que apenas é projetada para os outros nos invejarem pela situação material efusivamente mostrada.

Porque fazemos isso?

Porque fingimos que somos felizes, porque fingimos que o que mostramos aos outros, o que falamos aos outros é a nossa  realidade se, no fundo do nosso coração, estamos atormentados por questões que nunca solucionamos?

Não nos conhecemos, não temos ideia de como somos, o que realmente gostamos, o que aqui estamos para construir no espaço de vida que usufruímos.

Quando não sabemos quem somos, nos assemelhamos àqueles que nada enxergam. Qualquer um pode nos influenciar, qualquer problema nos abalará, as adversidades nos encaminham à depressão e à desvalorização do nosso ser. E isso é muito perigoso para a nossa existência.

A vida é difícil, e todos os dias nos convida a desistir. Mas nos conhecermos como verdadeiramente somos nos fortalece, porque passamos a ter domínio sobre as nossas emoções e sobre os nossos pensamentos.

Muitas vezes evitamos o autoconhecimento para continuar vivendo das ilusões que criamos. Mas nada é mais importante do que descobrirmos quem somos.

Como?

O autoconhecimento expões as ilusões e nos mostra uma realidade que tentamos não ver.

“Já vos disse um sábio da antiguidade: homem, conhece-te a ti mesmo”.

“Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.”
Santo Agostinho – O Livro dos Espíritos

Saiba que tudo aquilo que nós não conhecemos conspira contra nós. O que ignoramos, aquilo que precisamos modificar, mas teimosamente escondemos de nós, tudo isso nos atinge e afeta de tal forma a nossa vida que nos paralisa, embora muitas vezes demoramos a compreender isso.

Por outro lado, ao nos conhecermos de verdade, sabemos das armadilhas que ainda estão escondidas em nosso interior. Percebemos, então. as artimanhas que fora de nós podem nos surpreender, temos noção das influências espirituais que podemos, sossegadamente, afastar, e aquelas com as quais devemos ter maior cuidado. 

O autoconhecimento nos apresenta a realidade em toda sua verdade.

Talvez, até, nos faça perceber que não somos tão bons como imaginávamos, que a felicidade que estampamos é fingida, que o que desejamos e perseguimos na verdade são ilusões caras e passageiras.

Vamos desde já usufruir a bênção da vida.

Mas pensemos, neste momento, que é possível, de alguma maneira, agora mesmo, neste instante mudar o nosso destino. Não deixemos para amanhã ou para a virada do ano.

Em algum lugar de nossa consciência vislumbramos que alguma coisa precisa ser feita e, como a vida é nossa, cada um de nós tem a responsabilidade por fazer. Devemos, entretanto, nos preparar para conhecer e aceitar tudo o que em nós possa ser inconsequência e insensatez.

Precisamos pensar que estamos vivos, temos a benção de usufruir da vida.

Estamos vivos e precisamos ter a consciência de estarmos vivos de verdade. E ter esta convicção é não termos medo da escuridão que ainda existe dentro de nós e que, afinal, nós podemos que transformar em luz.

Se não conseguirmos iluminar as nossas trevas interiores, a tristeza virá, avassaladora, trazendo a depressão e o convite para a desistência.

Mas a hora ainda não chegou para quem tem na esperança a chama tênue que mostra o caminho a seguir.

Vamos seguir em frente, ainda precisamos construir algo mais para fazer a vida plena de realizações.

Os espíritos amigos, nossos guardiões, continuamente sussurram mensagens indicando as melhores escolhas e dizendo que podemos fazer qualquer coisa que idealizarmos.

José Batista de Carvalho

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