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O Papa Francisco fala sobre o futuro pós-pandemia

duas mãos segurando o globo terrestre todo verde demonstrando preocupação ambiental Papa Francisco futuro

Uma reflexão sobre a atualidade.

Laudato si’ é uma encíclica do Papa Francisco, que em português significa ‘Louvado sejas’, e tem como subtítulo: ‘sobre o cuidado da casa comum’, onde o pontífice critica o consumismo, o desenvolvimento irresponsável e adverte sobre suas implicações para o futuro.

No documento, o Papa faz também um apelo à mudança e à unificação global para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas. A encíclica foi publicada oficialmente em 18 de junho de 2015.

O título da encíclica corresponde às primeiras palavras do documento, ‘Laudato si’, mi’ Signore‘ – ‘Louvado sejas, meu Senhor‘ – uma citação do Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis. O Cântico é uma oração em forma de poema, permeada por uma visão da natureza como reflexo da imagem do seu Criador. Daí deriva um sentido de fraternidade entre o Homem e toda a criação divina.

No Cântico, a Terra, “nossa casa comum”, é comparada a uma irmã, com quem partilhamos a existência, e a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços.

Papa Francisco expressa sua preocupação com o futuro.

A encíclica tem 184 páginas, ao longo das quais o papa Francisco “condena a incessante exploração e destruição do ambiente. Ele responsabiliza a apatia, a procura de lucro de forma irresponsável, a crença excessiva na tecnologia e a falta de visão política.”

O Papa afirma que “as alterações climáticas são um problema global com implicações graves: ambientais, sociais, econômicas, políticas e de distribuição de riqueza. Representam um dos principais desafios que a humanidade enfrenta nos nossos dias. E ele lança o alerta para “a destruição sem precedentes dos ecossistemas, que terá graves consequências para todos nós” se não forem realizados esforços de mitigação de forma imediata.

Uma importante chave de leitura da Encíclica é a questão: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão crescendo?”

Trata-se de uma pergunta que não toca apenas o meio ambiente de maneira isolada, porque não se pode compreende a questão de modo fragmentado. E isso conduz a um questionamento sobre o sentido da existência e sobre os valores que estão na base da vida social. Por essa razão, são abordadas questão essenciais, tais como: “Para que viemos a esta vida?”, “Para que trabalhamos e lutamos?”, “Que necessidade tem de nós esta terra?”. O documento faz uma exortação favorável a uma conversão ecológica, que permita assumir o cuidado da “casa comum”.

Três dias antes da publicação da encíclica, Dalai Lama divulgou uma mensagem. Nela, afirmou que “uma vez que as alterações climáticas e a economia global nos afetam a todos, devemos criar a união na humanidade.”

com informações de Wikipedia

“Laudato si”: encíclica para olhar o futuro depois da pandemia.

Há cinco anos, o Papa assinou um documento, que representa um novo passo da Doutrina Social da Igreja e uma “road map” para construir sociedades mais justas, capazes de proteger a vida humana e toda a Criação.

Comemorar cinco anos da “Laudato si” não é uma celebração ritual. A semana e, depois, o ano dedicado à encíclica, representam uma espécie de verificação para coletar iniciativas, ideias, experiências e boas práticas; são uma maneira de compartilhar o que o documento suscitou em comunidades, territórios e em todo o mundo; são uma ocasião para refletir sobre a sua atualidade, no momento presente, enquanto o mundo inteiro luta contra a pandemia da covid-19.

Um dos méritos do amplo texto papal, que parte dos fundamentos da relação entre as criaturas e o Criador, é ter-nos feito entender que tudo está em conexão: não há questão ambiental separada da social. Mudanças climáticas, migração, guerras, pobreza e subdesenvolvimento são expressões de uma única crise, que, antes de ser ecológica, é, no fundo, crise ética, cultural e espiritual.

Trata-se de um olhar profundamente realista. “Laudato si” não nasce da saudade, que faz atrasar o relógio da história para nos levar de volta às formas de vida pré-industriais, mas individualiza e descreve os processos de autodestruição, desencadeados pela busca do lucro imediato e do mercado divinizado.

A ação do homem sobre a natureza.

A raiz do problema ecológico, escreve o Papa Francisco, consiste precisamente no fato de que “existe uma maneira de entender a vida e a ação humanas, que é desviado e contradiz a realidade, a ponto de arruiná-la”.

Partir de novo da realidade significa defrontar com a objetividade da condição humana, partindo do reconhecimento da limitação do mundo e dos seus recursos. Significa, assim, manter distância da confiança cega, representada pelo “paradigma tecnocrático”, que, afirma o Papa, seguindo o pensamento de Romano Guardini,  “acabou colocando a razão técnica acima da realidade, a ponto de não sentir mais a natureza, nem como uma norma válida e nem como abrigo vivo”.

A intervenção do homem sobre a natureza, lemos ainda na encíclica, “sempre existiu, mas, por muito tempo, teve a característica de acompanhar e seguir as possibilidades oferecidas pelas próprias coisas. Tratava-se de receber o que a realidade natural permitia, como estender a mão. Por outro lado, o que nos interessa agora é extrair o máximo possível das coisas, mediante a imposição da mão humana, que tende ignorar ou esquecer a própria realidade da qual se depara”.

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Por isso, “chegou a hora de prestar novamente atenção à realidade, com suas limitações, que, por sua vez, constituem a possibilidade de um desenvolvimento humano e social mais saudável e fecundo”.

O guia do Papa Francisco para preservação do futuro.

A crise que estamos enfrentando, por causa da pandemia, tornou tudo isso ainda mais evidente. “Avançamos com toda velocidade – disse o Papa, em 27 de março passado, durante a “Statio Orbis” – sentindo-nos fortes e capazes de fazer tudo.

Ávidos pela ganância, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa… não nos despertamos diante de guerras e injustiças planetárias; não demos ouvidos ao clamor dos pobres e do nosso planeta, gravemente doente. Continuamos impávidos, pensando de permanecer sempre saudáveis ​​em um mundo doentio”.

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Durante aquele intenso momento de oração, para invocar o fim da pandemia, que nos fez perceber quanto somos frágeis e indefesos, Francisco recordou ainda que somos chamados a “assumir este tempo de provação como um momento de escolha … um tempo para discernir o que conta e o que passa, e separar o que é necessário do que não é”.

“Laudato si” é um guia para que possamos reconsiderar as sociedades, onde a vida humana, sobretudo a dos mais indefesos, seja defendida; onde todos tenham acesso aos tratamentos; onde as pessoas jamais sejam descartadas e a natureza não seja saqueada indiscriminadamente, mas cultivada e preservada pelas gerações futuras.

fonte: Vatican News – por Andrea Tornielli, em 24/05/2020

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