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O que eu posso fazer para encontrar a paz interior?

A paz é uma sensação de leveza e serenidade que todo mundo quer sentir.

Está muito complicado encontrar a paz. Todas as manhãs, enquanto nos preparamos para um novo dia, em muitos de nós as preocupações com a violência das nossas cidades sobressaem. A sensação de insegurança é ainda mais reforçada pelos noticiários, que hoje nos chegam instantaneamente, escancarando crises e conflitos de toda ordem pelo mundo.

Vivemos numa época de muita competição, ganância e negatividade de todos os gêneros. Esta dificuldade se impõe cada vez mais em nossas tarefas e relações. Nossa sociedade global ficou tão obscura, muito em função da educação e do crescimento do relativismo moral.

Tudo o que hoje é vivenciado, favorece aqueles que agem sem pensar muito nas consequências que podem causar às outras pessoas. O importante é o seu sucesso e o bem estar do seu círculo e convivência, e não buscar a paz interior e o bem comum.

A incansável busca pela vantagem pessoal.

Com isso, muitos procuram formas e programas de desenvolvimento que privilegiam o adestramento comportamental para a busca de conquistas e mais vitórias, não importando o que isso cause às pessoas ou ao meio ambiente. Tais procedimentos instigam mais ainda uma incansável e infinita busca movida pela ganância e pela vaidade.

Essas práticas, que colocam nas conquistas das coisas do mundo sua prioridade, desenvolvem no ser humano uma espécie de programação psico-bio-emocional que provoca uma reação de esvaziamento assim que se conquista algo.

Dessa forma, gera uma imperiosa necessidade de logo partir para novas batalhas, espalhando assim a agressividade da competição, acirrando os sentimentos de mesquinhez e a volúpia por ser o melhor.

Não importa em que esfera esses conquistadores estejam, eles nunca estão em paz. O programa instalado em sua mente e sentido compulsivamente os leva a agir agressivamente seja na área esportiva, acadêmica, religiosa, social ou mesmo familiar.

O moderno canto das sereias nos afasta da paz profunda.

Observamos que cada vez mais este mecanismo é alimentado pelas grandes corporações seja ao treinar seus funcionários para ampliar os negócios, seja no campo do marketing, com a constante criação de novas necessidades e personagens, objetivando a incorporação de seus produtos e serviços por um número maior de consumidores.

Como vemos, esse sistêmico mecanismo cada vez mais cresce e se sofistica. Ele caminha na direção das redes de inteligência artificial que serão capazes de aperfeiçoar e criar novas forma para envolver as pessoas.

Com isso, os países, as sociedades, enfim, as pessoas cada vez mais estarão expostas a esse moderno canto das sereias, atraídas com promessas que não serão atendidas. Pois no instante em que nos sentirmos satisfeitos, não ouviremos mais as melodiosas e encantadoras vozes.

A paz interior precisa ser escolhida.

A conturbação e insegurança que hoje vivenciamos tem esse mecanismo em suas raízes.

Temos então uma escolha a fazer, dentre duas opções. Em primeiro lugar: queremos a conquista das coisas do mundo que saciarão os impetuosos desejos e vontades, mas assim como a sede deixa de existir ao ser aplacada pela água, também a satisfação desses impulsos deixará de existir assim que a sede consumista voltar?

Ou então escolhemos o trabalho interior para atingir a sua realização e, através dessa conquista perene, construímos a verdadeira felicidade para assim viver a paz interior.

Antes de qualquer resposta é interessante lembrar que tudo o que nós fazemos, todas as nossas ações, escolhas e pensamentos têm consequências, e estas retornarão a nós.

A lei universal diz que é preciso semear paz para poder receber paz.

Portanto, se vivermos em intensa competição e acirrada disputa por qualquer coisa, isso nos levará a estados beligerantes. Estaremos sempre em estado de guerra, sempre vendo, então, inimigos e perigos à nossa volta. Se ficamos sempre nos defendendo, esse estado todo faz com que nossa aura reflita essa agressividade, atraindo assim, sempre e cada vez mais, inimigos e situações de confronto.

E como poderemos ter paz desse jeito?

É difícil, muito difícil, sentir-se calmo e equilibrado nessa situação, estar em paz então é impossível assim.

Mantendo esse comportamento que está em desarmonia com as leis do universo, certamente as consequências virão como resultado de cada uma de nossas escolhas.  E isso tudo pode ainda prosseguir por outras encarnações e nas esferas espirituais, até aceitarmos as orientações que nos levam ao amor e à fraternidade.

A paz no mundo começa com a paz na mente.

Podemos ver que quanto mais pessoas estiverem presas nessas programações que geram confrontos e disputas maiores serão as situações de conflito e agressividade na sociedade, nos países e no planeta como um todo.

Como disse Gandhi: “Quando uma pessoa dá um passo em direção à Paz, toda a humanidade avança um passo em direção à Paz”.

Precisamos entender que o oposto também é verdadeiro, ou seja, toda vez que agimos de forma agressiva e conflituosa ajudamos a disseminar violência e conflitos de toda ordem na humanidade.

Se vivemos em uma sociedade violenta, a causa é que essa violência é fruto da ação das pessoas que formam essa sociedade.

Como vemos, para nos sentirmos seguros e não termos mais  violência e criminalidade, enfim, para viver em paz, temos que desenvolver a paz em nossas mentes. Temos que procurar todas as razões que impedem que vivamos bem com as pessoas, para aprender a ficar em paz conosco mesmo.

O que é exatamente a paz interior?

Quando falamos de paz precisamos entender bem o que é a paz, o que é ter paz.

A paz, a verdadeira paz, a paz interior, a paz profunda não é simplesmente calma e silêncio, nem mesmo apenas quietude. Antes de tudo, ela é um existir consubstanciado pela consciência da própria Essência, o Eu existo, o Eu sou. Em conformidade com o amor, é uma silenciosa energia que permeia toda a existência.

São Paulo usou a expressão “a paz de Deus excede toda a inteligência”. Pois ela não encontra explicação, nada é parecido com ela, nossos sentidos não podem ser expressos em palavras. Quem já teve a oportunidade dessa vivência tem em si o questionamento: como se pode sentir tanta paz?

Essa paz é observada na natureza. Nas árvores, que formam florestas onde entrelaçam seus galhos em harmoniosa arquitetura erguendo verdadeiros templos, onde o percorrer do vento faz as folhas entoarem hinos que reverenciam o Criador.

Nos rios, que humildemente brotam gotejantes em sua nascentes para ao longo de seu percurso construírem o volumoso fluxo que carrega vida até desaguarem no oceano, que em sua águas espelha o azul do céu e suas nuvens que dançam ao sabor das brisas.

Esta é a paz que transcende todas as explicações e entendimentos, a verdadeira paz.

E como fazer para sentir essa paz?

Encontramos nos pensamentos de Paramahansa Yogananda a importância de se viver em paz:

“Deves executar todas as tuas ações de maneira pacífica, pois a paz é a melhor medicina para o corpo, a mente e a alma. Esta é a forma mais maravilhosa de viver.”

Nas orientações do Irmão Y nós podemos ver uma indicação para encontrar a paz:

“Só teremos paz quando aprendermos a controlar nossas emoções e sentimentos inferiores que nos jogam de lá para cá, que delineiam os altos e baixos dos difíceis e tortuosos caminhos que nós mesmos escolhemos para nossas vidas.

Para ter paz, é necessário que primeiro se aprenda a ser humilde. Para sermos humildes, necessitamos conquistar o poder e a sabedoria de não contra-atacar o agressor, mas compreender que ele ainda desconhece o prazer de ter eliminado de seu interior o ego exacerbado.”

Assim, percebemos que é em nosso interior que devemos buscar essa dádiva. E para chegar lá, devemos transformar os vícios que ainda residem em nós: a inveja, o rancor, as mágoas, o egoísmo, a vaidade e todos os demais sentimentos que colocam barreiras entre nós e a vida.

Assim, percorrendo o caminho interior da renovação, chegaremos ao nosso templo interior onde o Divino habita na forma de nossa Essência e, reverenciando a Luz, receberemos as bênçãos da Paz Interior.

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” – João 14:27

José Batista de Carvalho

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