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O que fazer quando preocupações desencadeiam o medo e a ansiedade

O medo é um sentimento que faz parte da vida. Sempre fez. Hoje não temos que nos preocupar com dinossauros que podem nos devorar, mas temos outras preocupações.

Os compromissos da vida atual, sobretudo para quem vive em grandes centros urbanos, muitas vezes causam ansiedade e estresse. Sentimentos de aflição, dores de cabeça, peito apertado, dentes cerrados, respiração ofegante, e a lista segue.

Horários a serem cumpridos, trânsito atrapalhando os planos e atrasando a programação. Assumir atividades e tarefas que vão além da possibilidade de realizá-las com serenidade. Atualizações e reciclagens profissionais sempre necessárias, compromissos sociais irrecusáveis. Compras, contas, casa para cuidar. Cuidados para tomar com filhos ainda crianças, com pais já idosos, com pets competindo por atenção. Correr uma maratona exaustiva contra o relógio, exímio atleta do Senhor Tempo.


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Por que ficamos ansiosos?

O estresse, a ansiedade podem se provocados pelo sentimento de medo. O medo pode ser originado pelas incerteza se conseguiremos cumprir todas as nossas obrigações a tempo e com perfeição; ou pelo receio do que poderá acontecer com nossa saúde, nossos amores, nosso trabalho, nossas finanças; ou pela ideia de que podemos sofrer algum acidente, incidente, assalto, sobressalto.

Observando essas situações, percebemos que elas têm um ponto em comum: o futuro. Uma das maiores causas de ansiedade é a preocupação com fatos que não estão acontecendo no momento. Eventos que podem ou não acontecer num tempo posterior ao agora, quando antecipamos situações e acabamos vivendo sobrecarregados com expectativas, repletas de pensamentos e sentimentos negativos. Os mesmos pensamentos e sentimentos negativos responsáveis por todas aquelas sensações físicas que vimos acima.


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Essa expectativa que mantemos em relação a possíveis acontecimentos não traz nenhum benefício ou resultado prático. Claro que pensar no futuro em termos de fazer uma programação, um planejamento, traçar diretrizes é muito bom para direcionar a realização de planos ou sonhos que queremos concretizar. Mas fixar-se em eventuais e aleatórios acontecimentos, sempre carregados de receios e dúvidas, não leva a lugar nenhum.

Quando isso se torna rotineiro, ficamos sem paz de espírito, podemos comprometer nossos relacionamentos, nosso trabalho, nossa vida.

Como ficar bem com a vida?

Tudo começa na mente. Os pensamentos de aflição, de medo, de dúvida, quando encontram acolhimento, se instalam, ficam, crescem. É fundamental prestar atenção a esse tipo de pensamento, logo que ele aparece. Eles chegam de mansinho, começam a ganhar terreno e tecem um discurso. Muitas vezes começam com um simples “se”: “se tal coisa acontecer…”, que se emenda no “mas aí será que…”, e ficamos rodando entre dúvidas e conjecturas.

Portanto, a primeira coisa a fazer é identificar esses pensamentos, ou seja, perceber que eles estão aí. Isso é fundamental. Você não pode mudar algo que não reconhece.


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Em seguida, procure fazer uma análise criteriosa desses pensamentos, questione se eles têm algum fundamento, duvide da dúvida que quer se instalar em sua mente. Dessa forma, certamente você vai perceber que muitas das coisas que o afligem não fazem sentido, são temores que não têm nada de real, de sólido, que possa indicar que eles vão acontecer. Isso permite que sua mente se acalme, tenha mais clareza, e também consiga lidar melhor com fatos objetivos e reais.

Você se sente mais tranquilo, melhora seu relacionamento com a vida como um todo, abre espaço para pensamentos promissores de realização.

E como sempre dizemos: não é tarefa fácil, por isso não desanime se sentir dificuldade. Acredite, a dificuldade não é só sua. Esforce-se, coloque empenho e força de vontade. Aos poucos você vai conseguir perceber a diferença na qualidade dos seus pensamentos e na qualidade da sua vida.

Lembre-se: sempre que você sentir que é necessário, procure orientação profissional para ajudá-lo na solução de conflitos internos.

 

Noemi C. Carvalho

 


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2 Comentários

  1. Faço Psicanálise há 11 anos; todavia, tenho muitos medos do que poderá ocorrer-me no futuro, por exemplo, se estarei com a mesma mulher, se meu pai partir, ou mesmo sob o aspecto financeiro.. Muito obrigado por ter me ajudado!!!

  2. Noemi, se você quiser me conhecer um pouco mais, siga meu blog:http://fredericomazoni.home.blog
    Muito obrigado!

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