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Os animais veem espíritos?

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A presença de espíritos pode ser percebida pelos animais?

Uma pergunta que muitas pessoas se fazem é se os animais veem espíritos. Afinal, tutores de cães e gatos já devem ter reparado que às vezes eles ficam olhando fixamente para algum lugar.

Os cães, por exemplo, podem começar a latir ou a abanar o rabo. Em outras ocasiões, os animais ficam seguindo com a cabeça algum ponto para nós invisível.

Chico Xavier dizia que os animais são os nossos irmãozinhos, a quem devemos ajudar em seu processo de evolução com carinho e atenção. E assim como os seres humanos, alguns animais também têm uma sensibilidade mais desenvolvida e portanto eles veem, sim, espíritos.

As descrições sobre essa faculdade dos animais na literatura espírita.

Em publicação do site Estudante Espírita¹, Samir Abdalla afirma que é comum a ocorrência desses fatos e se refere a passagens da literatura espírita que comprovam a capacidade dos animais em exteriorizar esta faculdades.

Entretanto, embora os animais possam ver espíritos eles não podem ser considerados médiuns. Conforme a definição do ‘Livro dos Médiuns’, “médium é o indivíduo que serve de traço de união aos espíritos, para que estes possam se comunicar com facilidade com os homens. Pessoa que sirva de intermediária entre espíritos e homens.”

Portanto, uma vez que os animais não têm a capacidade de se comunicar com os homens para transmitir mensagens e comunicações recebidas, não se caracterizam como médiuns, ainda que tenham a faculdade de ver seres espirituais.

Allan Kardec afirma que os animais percebem a presença de espíritos.

Na Revista Espírita (edição 08/1861), Allan Kardec esclarece: “É certo que, os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais. E, muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa, é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos, mal-intencionados com relação aos indivíduos presentes, ou com relação aos donos dos animais.

Ainda com mais frequência vedes cavalos que se negam a avançar ou a recuar, ou que empinam diante de um obstáculo imaginário. Pois bem! Tende como certo que o obstáculo imaginário é quase sempre um Espírito ou um grupo de Espíritos que se comprazem em impedi-los de mover-se.”

Casos que comprovam que animais veem espíritos.

Transcrevendo relatos sobre a ocorrência de fatos que comprovam a capacidade que os animais têm de ver espíritos, Abdalla cita um episódio descrito por Camille Flammarion², em seu livro “As Casas Mal Assombradas”:

“A Senhora K… acariciava a gatinha ao colo. De repente, o animal mostrou-se inquieto, arrepiou-se todo e entrou a rosnar, como que atemorizado. Nesse comenos, a Senhora K… enxergou, assentada na poltrona a seu lado, uma velha megera de rosto encarquilhado, a fitá-la com rancor.

A gatinha ficou como louca e atirava-se contra a porta, em saltos desesperados. A senhora, apavorada, clamava socorro. Acudiu-lhe a genitora, mas o fantasma desaparecera. A visão durou talvez cinco minutos. Dizem que nesse quarto, há muito tempo, uma velha se enforcou.”

Outro caso consta do livro de Gabriel Dellane³, intitulado “A Alma é Imortal”, onde relata que, em seguida ao desencarne da esposa do Sr Woetzel, a pedido do marido quando esta já se encontrava enferma, ela apareceu.

“Algumas semanas depois dela ter morrido, sentiu ele no quarto que estava fechado uma forte rajada de vento que quase lhe apagou a luz e abriu uma janelinha do aposento. À branda claridade Woetzel viu a forma de sua esposa, que lhe disse: ‘Carlos, sou imortal, um dia tornaremos a ver-nos.’”

A descrição continua, citando um cão que “se pôs a farejar e a descrever um círculo, como se o fizesse em torno de alguma pessoa sua conhecida.”

Os animais são seres em evolução que vão se desenvolvendo e aperfeiçoando.

Os animais têm certas capacidades mais desenvolvidas que o ser humano, como o faro ou a audição dos cães.

Quem já não teve a experiência, por exemplo, do cãozinho ficar agitado, se postar em frente à porta, e só depois de alguns minutos entra em casa um dos familiares que estava fora? E quantas vezes, então, um gatinho não se aproxima e se aninha percebendo quando não estamos bem?

Que dizer, então, dos animais treinados para prestar assistência emocional e ajudar na recuperação ou tratamento de vários distúrbios de saúde? Neles se percebe não só uma atitude de repetição do treinamento, mas imenso cuidado e carinho com o ser que acompanham.

Além disso, existem pessoas das quais os animais se aproximam tranquilamente, enquanto outras os assustam ou os deixam irritados, ou até mesmo bravos e agressivos.

Claro que pode haver muitos fatores sobre o comportamento social do próprio animal, mas também tem a ver com o fato deles sentirem a energia emanada pela pessoa – ou pelos espíritos que a rodeiam.

Os animais, mesmo não tendo a inteligência desenvolvida como a do ser humano, além do instinto aguçado têm uma grande sensibilidade.

Esta lhes permite captar e interagir com as vibrações da energia que circula nas pessoas e nos ambientes, e assim eles percebem e veem espíritos que estejam no local.

Os animais percebem as diferentes vibrações da energia que nos circunda.

Em suma, tudo no Universo é composto de energia, que vibra e se irradia, gerando ondas que se locomovem e chegam até nós.

Os espíritos desencarnados, do mesmo modo, também emitem um tipo de energia, dependendo de seu estado evolutivo ou de suas intenções.

E assim como muitas vezes nós podemos perceber sensações agradáveis ou desagradáveis, aparentemente sem motivo algum, os animais também sentem a interação dessa energia.

Mas em função de uma diferença de percepção e de sensibilidade, eles podem perceber e reagir de formas diferentes à presença de espíritos, vendo aquilo que os nossos olhos não enxergam.

De todo modo, o pensamento elevado e a oração são os melhores meios para manter a energia boa e harmoniosa em nós mesmos e no ambiente ao nosso redor, uma vez que nos ligam às boas emanações da espiritualidade superior.

Noemi C. Carvalho

Referências

1 – Estudante Espírita

2 – Nicolas Camille Flammarion nasceu na França, em 1842. Foi importante pesquisador da astronomia e de fenômenos espirituais. Alfabetizado aos 5 anos, escreveu sua primeira obra, “O Mundo antes da Aparição dos Homens”, aos 16 anos. Depois de ler “O Livro dos Espíritos”, procurou Allan Kardec, que o convidou para frequentar a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, da qual viria a tornar-se membro.

3 – François Marie Gabriel Delanne nasceu na França, em 1857. Filho de Alexandre Delanne, amigo íntimo de Allan Kardec, e Marie-Alexandrine Didelot, médium e grande colaboradora da Codificação. Engenheiro de formação, foi um dos primeiros pesquisadores sérios dos fenômenos espirituais. Fundou a revista “O Espiritismo” em 1883, quando começou a realizar pesquisas com médiuns notáveis da época.

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