
Não é fácil perdoar os nossos inimigos, mas é possível e benéfico.
Na visita do Papa Francisco à África, ele falou sobre um dos mais profundos ensinamentos de Jesus, contido no “Sermão da Montanha“: “Amai os vossos inimigos” (Lc 6, 27). Assim o Papa quis fixar o conceito de que o ato de perdoar é uma atitude que mostra força.
Na cerimônia de despedida de Moçambique, o Santo Padre explica que Jesus nos deixou um profundo modelo a seguir, pois ele amou e perdoou aqueles que o traíram e o mataram.
De nada adianta o amor retórico e teórico, repleto de palavras, mas vazio de sentimento.
Certamente, pode ser difícil reconciliar-se com alguém quando ainda estão presentes as lembranças das desavenças.
Contudo, mesmo assim, devemos nos empenhar não em ignorar o fato e a pessoa que o provocou, mas em compreender e perdoar.
Devemos seguir sempre a primeira regra de ouro, proposta por Jesus.
Jesus propõe que se siga a primeira regra de ouro, algo que está ao alcance de todos: fazer aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem a nós.
Essa é a tônica do amor incondicional, quando fazemos sem esperar nada em troca, na disposição sincera de ajudar e servir.
O Papa Francisco se refere às dolorosas condições sofridas por muitos seres: “o mundo desconhecia – e continua sem conhecer – a virtude da misericórdia, da compaixão, matando ou abandonando deficientes e idosos, eliminando feridos e enfermos, ou divertindo-se com os sofrimentos dos animais.“
Segundo ele, a reconciliação não deve ser apenas uma “ausência de conflito, mas o compromisso diário de cada um de nós.
Trata-se de uma atitude, não de fracos, mas de fortes, uma atitude de homens e mulheres que descobrem que não é necessário maltratar, denegrir ou esmagar para se sentirem importantes; antes, pelo contrário.”
Perdoar é um ato que traz paz interior e serenidade.
Todos que já tiveram dificuldade em perdoar, sabem que essa atitude só aumenta o rancor, o mau-humor, a tristeza, o desgosto e todos os sentimentos negativos que nos fazem sentir mal.
O perdão e a compaixão são virtudes que devem estar sempre presentes em nossas atitudes do dia a dia, porque conseguimos, dessa forma, manter em sereno equilíbrio nossa energia emocional, o que só nos traz benefícios.
Noemi C. Carvalho
com informações de Vatican News
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