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Porque é bom pensar duas vezes antes de falar

pensar duas vezes

Para usar bem o poder do pensamento, é melhor pensar duas vezes antes de falar.

Existe um dito popular que afirma que é bom pensar duas vezes antes de falar. Essa atitude, sem dúvida, ajuda a refrear palavras rudes que podem comprometer os relacionamentos. E nos dá tempo para analisar se aquilo que pretendemos expor é verdadeiro, se é útil e se é gentil, conforme ensinou o filósofo grego Sócrates.

Sobre esse assunto, André Luiz¹ relata o conteúdo de uma palestra que ele presenciou no plano espiritual cujo tema central era a palavra.

A Irmã Clara explicava a um pequeno grupo que a palavra é dotada de energias elétricas específicas e, dessa forma, liberta raios de natureza dinâmica.

A instrutora relembra aos participantes que “a mente, como não ignoramos, é o incessante gerador de força, através dos fios positivos e negativos do sentimento e do pensamento, produzindo o verbo que é sempre uma descarga eletromagnética, regulada pela voz.”

Por isso mesmo, prossegue ela, a todo momento e em qualquer atividade que estejamos desempenhando, “a voz nos tonaliza a exteriorização, reclamando apuro de vida interior, de vez que a palavra, depois do impulso mental, vive na base da criação.

É por ela que os homens se aproximam e se ajustam para o serviço que lhes compete e, pela voz, o trabalho pode ser favorecido ou retardado, no espaço e no tempo.”

A raiva desequilibra as nossas energias e traz prejuízos à vida.

Um dos participantes perguntou para a palestrante:

— Mas, para que tenhamos a solução do problema, é indispensável jamais nos encolerizarmos?

— Sim, indiscutivelmente, a cólera não aproveita a ninguém. Não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, por defeito na instalação de nosso mundo emotivo, arremessando raios destruidores ao redor de nossos passos — respondeu a instrutora.

Segundo ela, se nessas ocasiões não tivermos junto a nós alguém que possa agir como um material isolante – através da oração ou da paciência – estabelece-se um desequilíbrio de nossas energias, trazendo grandes prejuízos à nossa vida.

Clara continua o raciocínio, explicando que “os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos quase sem perceber a infelizes experiências da animalidade inferior.”

“A cólera – enfatiza a orientadora – não pode e nem deve comparecer em nossas observações, relativas à voz. A criatura enfurecida é um dínamo em descontrole, cujo contato pode gerar as mais estranhas perturbações.”

A indignação é um estado que precisa de cuidados redobrados.

Em seguida à explicação prestada, surge uma outra pergunta, desta vez sobre a indignação.

Irmã Clara, depois de breve pausa, respondeu que a indignação pode ser visto como um estado da alma, por vezes necessário.

– Naturalmente – complementa a palestrante – é imprescindível fugir aos excessos. Contrariar-se alguém a propósito de bagatelas e a todos os instantes do dia será baratear os dons da vida, desperdiçando-os, de modo inconsequente, sem o mínimo proveito para si mesmo ou para os outros.

Ilustrando a explicação, Clara diz para imaginar a indignação como uma “subida de tensão na usina de nossos recursos orgânicos”. Nesses momentos, ela ressalta, “não podemos esquecer o controle da inflexão vocal”.

– Assim como a administração da energia elétrica reclama atenção para a voltagem – continua a instrutora –, precisamos vigiar a nossa indignação. Principalmente quando seja imperioso vertê-la através da palavra, carregando a nossa voz tão somente com a força suscetível de ser aproveitada por aqueles a quem endereçamos a carga de nossos sentimentos. É indispensável modular a expressão da frase, como se gradua a emissão elétrica.

A serenidade deve sempre se sobrepor a todos os estados de tensão emocional.

Complementando a sua explanação, Clara continua falando sobre o tema da indignação:

A serenidade, em todas as circunstâncias, será sempre a nossa melhor conselheira. Mas, em alguns aspectos de nossa luta, a indignação é necessária para marcar a nossa repulsa contra os atos deliberados de rebelião ante as Leis do Senhor.

Entretanto, adverte a instrutora, a elevada tensão de espírito que se estabelece pela indignação nunca deve se valer da violência. E, além disso, “jamais deve perder a dignidade de que fomos investidos, recebendo da Divina Confiança, a graça do conhecimento superior”.

A Irmã Clara esclarece que é suficiente nós nos abstermos de praticar os atos que reprovamos. Sobretudo porque “a nossa atitude é uma corrente de indução magnética. Em torno de nós, quem simpatiza conosco geralmente faz aquilo que nos vê fazer. Nosso exemplo, em razão disso, é um fulcro de atração”.

Portanto, é preciso manter sempre muita cautela com a palavra, especialmente nos momentos que percebemos um aumento da tensão do nosso mundo emotivo.

Esta atitude é necessária “a fim de que a nossa voz não se desmande em gritos selvagens ou em considerações cruéis. Estes não passam de choques mortíferos que infligimos aos outros, semeando espinheiros de antipatia e revolta que nos prejudicarão a própria tarefa”, elucida a orientadora espiritual.

As perturbações da voz como processos de reajuste espiritual.

Respondendo a outra questão formulada por um dos participantes, Clara traz elucidações sobre a questão das perturbações da fala.

Ela se refere a exemplos como a gagueira e a diplofonia. Clara diz que, “sem dúvida, os órgãos vocais experimentam igualmente lutas e provações quando reclamam reajuste.

Por intermédio da voz, praticamos vários delitos de tirania mental e, através dela, nos cabe reparar os débitos contraídos”.

Dessa forma, as enfermidades que se manifestam nos processos da fala compelem a um trabalho de recuperação através do silêncio.

Segundo a Irmã Clara, “sofrendo a alheia observação, aprendemos pouco a pouco a governar os próprios impulsos, afeiçoando-os ao bem”. Assim, a dificuldade em expressar-se verbalmente, bem como o receio de ser alvo de zombarias, levam a pessoa a refletir melhor nas palavras que vai dizer.

Ou como se diz popularmente, a pessoa vai pensar duas vezes antes de falar. E, em função das explicações dadas pela orientadora espiritual, certamente esta é a melhor atitude para todos nós colocarmos em prática.

O nosso desenvolvimento se processa pacientemente na esteira dos milênios.

Todos nós estamos, é verdade, no decorrer de um processo de aprendizado e evolução. André Luiz relembra uma explicação do Ministro Clarêncio no que diz respeito ao nosso aprimoramento e ao desenvolvimento da inteligência.

Segundo o instrutor, “assim como o aperfeiçoado veículo do homem nasceu das formas primárias da Natureza, o corpo espiritual foi iniciado também nos princípios rudimentares da inteligência.”

Ele esclarece que o instinto e a inteligência se transformam, pouco a pouco, em conhecimento e em responsabilidade. E, por sua vez, essa transformação traz, como consequência, avanços no corpo material, que é o instrumento para a manifestação dos pensamentos.

“O prodigioso corpo do homem na Crosta Terrestre foi erigido pacientemente, no curso dos séculos, e o delicado veículo do Espírito, nos planos mais elevados, vem sendo construído, célula a célula, na esteira dos milênios incessantes”, esclarece o orientador espiritual.

Noemi C. Carvalho

Referência

1 – André Luiz em “Entre a Terra e o Céu”, psicografado por Chico Xavier

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