
Antes de se perder em mil coisas a fazer durante o dia.
Muitas vezes nos distraímos com a vida. E o Papa Francisco diz que é importante mantemos alerta a nossa vigilância: “É importante permanecer vigilantes, porque na vida é um erro perder-se em mil coisas e não se dar conta de Deus.
Arrastados pelos nossos interesses e distraídos por tantas vaidades, corremos o risco de perder o essencial. Vigiar é não se deixar dominar pelo desânimo, é viver na esperança.”
Mas a qualquer momento, seja de alegria ou tristeza, de feliz expectativa ou de sofrida angústia, podemos compartilhar nossos bons sentimentos ou pedir auxílio para aliviar nossa dor e aflição chamando, com amoroso respeito e convicção: “Vem, Senhor Jesus!”
É o que recomenda o Papa Francisco. Que chamemos Jesus para perto de nós, dizendo: “Vem, Senhor Jesus!”.
Podemos fazê-lo antes de começar um novo dia, antes e durante as atividades diárias de estudo e de trabalho, quando temos decisões a tomar, bem como nos momentos importantes ou de provação.
O Papa diz que precisamos “despertar do sono da mediocridade e da indiferença. Rezar e amar: aqui está a vigilância.”
Todo dia é tempo para nos lembrarmos que Deus está próximo a nós e que sua presença nos traz conforto e orientação, expressas nas palavras que Jesus nos trouxe e que há milênios aguardam o despertar dos nossos sentidos.
“Senhor, fazei-nos sentir o desejo de rezar e a necessidade de amar”, diz o Pontífice, “porque muitas vezes nos distraímos com a vida.”
E é desta forma que expressamos o nosso desejo para que Jesus esteja próximo a nós, orientando nosso dia, curando nossas dores e compartilhando nossas alegrias.
Os sonos dos quais temos que despertar.
Para o Pontífice, existem dois sonos que podem nos ameaçar e nos quais podemos resvalar: o sono da mediocridade e o da indiferença.
Ele explica que a mediocridade surge quando esquecemos o amor primordial e avançamos somente por inércia, dedicando a nossa atenção apenas em conseguir viver tranquilos.
“E isto corrói a fé, porque a fé é o contrário da mediocridade: é o desejo ardente de Deus, a audácia contínua em converter-se, é a coragem de amar, é caminhar sempre para diante. A fé não é água que apaga, mas fogo que queima.”, diz o Papa.
Ele esclarece que a vigilância da oração é o que pode nos ajudar a despertar do sono da mediocridade: “A oração oxigena a vida. Tal como não se pode viver sem respirar, assim também não se pode ser cristão sem rezar.”, afirma o Pontífice.
Quando nós nos tornamos vitoriosos na vida.
Quem dorme o sono da indiferença está desperto apenas para si mesmo e não se importa com aqueles que estão ao seu redor. “Quando orbitamos apenas em torno de nós mesmos e das nossas necessidades, indiferentes às dos outros, a noite desce sobre o coração.”, disse o Papa.
E ele continua dizendo que este é um sono que atualmente acomete a muitos e que só poderemos despertar com a vigilância da caridade. “A caridade é o coração pulsante do cristão: tal como não se pode viver sem pulsação, assim também não se pode ser cristão sem caridade.”
A vida de fato só se torna completa e ganha significado quando nossos pensamentos e atitudes vão para além de nós mesmos. Jesus disse que “o que fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:35-45)
Todo nós somos pequenos aos olhos de Jesus, pois estamos na infância da vida espiritual, aprendendo o caminho do bem e lutando para combater o nosso próprio mal, isto é nossos pensamentos e ações de raiva, de egoísmo, de indiferença.
Por isso, quando ajudamos os outros, diz o Papa, nos tornamos vitoriosos, pois é assim que nos aproximamos do Senhor. E é assim que vencemos cada batalha contra os nossos instintos inferiores, aqueles que causam discórdia e sofrimento para que, como disse São Francisco de Assis, nos tornemos “instrumentos de sua paz”.
Manter a mente e o coração em sintonia com a vibração celestial.
O Papa Francisco reforça a necessidade de ficarmos sempre vigilantes, uma vez que as atribuições e necessidades da vida podem nos fazer esquecer da necessidade maior, a de estarmos com a mente e o coração sempre em sintonia com o amor de Jesus e com a espiritualidade superior.
E o Papa nos dá uma forma para que, quando nos distraímos com a vida, possamos facilmente nos lembrar de nosso compromisso espiritual, dizendo: “Vinde, Senhor Jesus! Vós sois a luz: despertai-nos do sono da mediocridade; despertai-nos das trevas da indiferença.
Vinde, Senhor Jesus! Tornai vigilantes os nossos corações distraídos: fazei-nos sentir o desejo de rezar e a necessidade de amar.”
A caridade, a compaixão e a bondade também se fazem com pequenos gestos, a começar por nós mesmos, deixando de nos criticarmos e diminuirmos, e trabalhando, de modo consciente e persistente, as qualidades que queremos desenvolver.
Os atos de bondade também se estendem aos animais, os nossos irmãos menores, que compartilham conosco a experiência da vida e trilham o seu próprio caminho de desenvolvimento.
Dentro de nossas casas, no trabalho, no estudo, no comércio, no transporte, na rua, em todos os lugares temos a possibilidade e a oportunidade de sermos atenciosos, caridosos e carinhosos.
E assim podermos contar sempre com a presença amorosa e abençoada de Jesus e de seus elevados emissários espirituais ao nosso lado.
Noemi C. Carvalho
fonte: Vatican News
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