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Precisamos mesmo mudar a forma de pensar?

Imagem reticulada de uma cabeça humana com dois cérebros ao fundo e a inscrição "Precisamos mesmo mudar a forma de pensar?"

Todos dizem que a transformação do pensamento é importante.

Quem costuma procurar material sobre autoconhecimento invariavelmente se depara com a apresentação desse requisito básico: mudar a forma de pensar.

Se queremos deixar para trás a condição de vida em que estamos, temos que deixar para trás a forma de pensar que levou a ela. Nós mudamos com o tempo, mudamos a nossa percepção da importância que as coisas têm para nós, daquilo que nos faz sentir bem.

Assim, por exemplo, quem sempre gostou de morar sozinho pode querer agora ter uma companhia por perto. E quem sempre trabalhou em grandes corporações pode querer abrir um negócio próprio. Por outro lado, quem mora em grandes metrópoles pode querer a tranquilidade de uma cidade menor.

Para dar oportunidade a que nosso novo estilo de vida se realize, certamente devemos nos desapegar dos padrões de vida atuais e de seus respectivos padrões de pensamento.

Será que ciência vai encontrar uma “pílula da transformação imediata”?

A mudança maior e mais importante a que o ser humano deve se dispor e na qual deve se empenhar não é, sem dúvida, na aparência externa da sua vida pessoal. É na sua aparência interna, isto é, na constante aplicação de valores morais e espirituais que se tornem efetivamente práticas diárias, e que vão levar à realização de seus ideais externos.

Krishnamurti é categórico quando afirma que “para que o homem possa transformar-se radicalmente, fundamentalmente, torna-se necessária uma mutação nas próprias células cerebrais de sua mente.

Dizem-nos que devemos mudar, que devemos agir, que devemos transformar nossa mente, nosso coração, tornar-nos uma coisa totalmente diferente. Isso vem sendo pregado há milhares de anos.”

Ele segue falando da urgente necessidade de se efetuar essa transformação, pois ” intelectuais de todo o mundo estão reconhecendo que o homem se acha à beira de um abismo, na iminência de destruir a si próprio”, e cientistas falam da necessidade de uma “pílula dourada” que produzisse uma completa e imediata transformação.

Se não temos uma pílula miraculosa, o que pode nos ajudar?

Krishnamurti pondera que, ainda que o nosso organismo seja um produto bioquímico, seria possível uma pílula “fazer-vos amar, tornar-vos bondosos, generosos, delicados, não violentos? Não o creio; nenhum preparado químico pode fazer os homens amarem-se uns aos outros.

O amor não é um produto do pensamento; também não é cultivável, como a flor que cultivamos em nosso jardim. O amor não pode ser comprado numa drogaria, e o amor é a única coisa que poderá salvar o homem – e não os artifícios das religiões, nem seus ritos, nem todos os exércitos do mundo.

Eis o problema principal: se o homem, em qualquer país que viva, com todas as suas belezas naturais, é capaz de operar uma mutação radical em seu interior, imediatamente. E não podeis resolvê-lo com vossas crenças, vossas ideologias, vossos deuses, salvadores, sacerdotes e rituais. Essas coisas já não têm o menor significado.”

A vida é um compartilhamento entre semelhantes.

As palavras de Krishnamurti são reforçadas por Dalai Lama, que considera que a existência humana deve ser um compartilhamento entre semelhantes, mas sempre com base em valores pacíficos e de bondade:

“Considero-me um dos sete bilhões de seres humanos vivos hoje. Não vejo diferença entre nós, se somos chineses, tibetano, indianos, europeus… Somos os mesmos, emocionalmente, fisicamente e mentalmente.

A esse nível, o meu compromisso é tentar promover a paz de espírito entre sete bilhões de seres, com base na compaixão, não com base na religião, mas de um ponto de vista estritamente secular.”

Sobre a importância do amor como conduta para a vida, você pode ler a publicação O amor nos liberta do que foi reprimido pelo medo

Não se distraia de seu objetivo maior

Cada vez mais as distrações sociais levam as pessoas a se afastarem da possibilidade de uma introspecção e de um reconhecimento de sua essência e das qualidades e valores morais que devem dirigir a humanidade para se conseguir saúde, paz e prosperidade.

Dalai Lamanuma Conferência Acadêmica realizada em Maio deste ano, explicou porque é importante cuidar da mente:

“Uma mente disciplinada ou calma é feliz, enquanto uma mente indisciplinada não é.”

Acredito que não seja preciso muito para confirmar essa verdade, pois com certeza você pode se lembrar de momentos em que percebeu essa diferença.

Não apresse o final, apresse o começo.

É claro que nem todas as pessoas vão conseguir os mesmos resultados no mesmo tempo. De acordo com Dalai Lama, “temos diferentes níveis de entendimento. Para começar, você pode ouvir ou ler sobre algo, mas só começará realmente a entender se pensar sobre isso. 

A reflexão gera um entendimento mais profundo, mas somente focando no que você entendeu você alcançará a convicção. Nesse ponto, você poderá explicar aos outros o que entendeu com base em sua própria experiência. É por isso que, em termos de prática budista, enfatizamos a importância do estudo, reflexão crítica e prática meditativa.”

Dessa maneira ele reforça a importância de começarmos o quanto antes nossa transformação interior, porque a consolidação do entendimento deve seguir o seu curso, é algo muito pessoal e que não pode ser estabelecido por prazos.

Krishnamurti também fala da necessidade de se fazer na prática essa transformação, não se limitando a estudos, teorias e ideias que fiquem circulando entre a mente, mas com palavras vazias.

A vida é curta, não podemos desperdiçá-la e temos que começar o quanto antes a ampliar nossa compreensão, ajudando também os outros nesse processo.

A mudança na forma de pensar só se concretiza de forma efetiva e duradoura com a mudança na forma de sentir.

São as emoções que ditam as palavras.

Você pode ler um pouco mais sobre a influência das emoções na publicação Porque entender suas emoções é importante para resolver os problemas da sua vida.

Noemi C. Carvalho

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