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Qual a melhor defesa para a obsessão espiritual?

defesa para obsessão espiritual

Para usar a defesa contra a obsessão espiritual precisamos entender o que é a obsessão.

A obsessão espiritual desperta muito interesse e curiosidade em grande número de pessoas, principalmente por estar enredada em mistérios, crendices e desconhecimento. Isso, certamente, provoca muitos receios e preconceitos, dificultando um melhor entendimento sobre o assunto. E assim, prejudica o desenvolvimento de formas para a defesa contra a obsessão espiritual.

Notamos que há um grande interesse por esse assunto. Mas, infelizmente, percebemos a tendência de, ao invés de lançar a luz da compreensão sobre ele, muitos procuram envolvê-lo nas teias do misticismo para assim continuar a tirar proveito do desconhecimento.

O que é obsessão?

A obsessão é definida como um estado mental caracterizado por pensamentos involuntários intrusivos, arraigados na mente, que persistem por algum tempo. 

Esses pensamentos ou ideias possuem grande capacidade de concentrar atenção e gerar pensamentos inflexíveis. E isso dificulta a pessoa que está nesta condição de se libertar dessas construções mentais.

Essas ideias fixas e persistentes determinam o comportamento da pessoa. Dessa forma, levam-na a ações que geralmente vão de encontro à vontade da pessoa que está interferindo em sua vontade.

O que é obsessão espiritual?

A obsessão espiritual é quando este estado de fixação mental é causado pela ação de um espírito desencarnado com o objetivo de prejudicar e perturbar um antigo desafeto que está encarnado. 

Um espírito inferior age de forma persistente e sistemática sobre alguém que em vidas passadas foi seu adversário. Ele procura, assim, dominar essa pessoa. E então, passa a influenciá-la, impondo a sua vontade para conseguir que essa pessoa tome decisões que irão lhe gerar problemas e sofrimento.

Os maus espíritos se caracterizam pela agressividade com que se impõe. Eles proferem ordens e exigem que sejam obedecidos, gerando perturbações desagradáveis e causando sofrimento.

Quais são as principais causas da obsessão e como fazer para eliminar essas causas?

Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, em seu Capítulo 28, Item 81, encontramos a explicação das elevadas entidades espirituais sobre as causas da obsessão espiritual,

“Do mesmo modo que as doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau. A causas físicas se opõem forças físicas; a uma causa moral, tem-se de opor uma força moral.

Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros.”

A causa da obsessão é a nossa imperfeição moral. 

Portanto, como constatamos nas orientações dos espíritos da codificação, a grande causa que possibilita a obsessão é a imperfeição moral.

Em nossa jornada evolutiva, desenvolvemos primeiro a parte racional, o intelecto. Aperfeiçoamos as capacidades da inteligência para, em seguida, progredirmos a moral. Esse progresso é possível apenas após evoluirmos os nossos conhecimentos, as capacidades racionais e as habilidades de concentração e de meditação.

É a nossa evolução moral, portanto, que proporciona a transformação da percepção da vida e o aprimoramento de nossos sentidos.

“Qual o maior obstáculo ao progresso? Ao que os espíritos respondem ser o orgulho e o egoísmo, referindo-se ao progresso moral, porque o intelectual avança sempre…”. (“O Livro dos Espíritos” – questão 785)

É natural do ser humano o instinto de conservação e bem estar. Porém, aqueles que extrapolam esses sentimentos fortalecem o orgulho e o egoísmo em si avançando, assim, sobre os interesses dos outros, causando conflitos e sofrimentos.

O motivo básico para o desenvolvimento do orgulho e do egoísmo é o enganoso conceito sobre o caráter do ser humano, as suas origens e o seu destino. Sem conhecer de onde veio, superestima a crença em si e, ao desconhecer o seu destino, coloca todo o seu interesse na vida atual.

Sabemos que a verdadeira felicidade não se atinge neste mundo da matéria. Aqui apenas podemos buscar a felicidade relativa encontrada na paz interior da consciência branda e serena, obtida através dos esforços para superar as imperfeições morais.

Como podemos superar as nossas imperfeições se muitas vezes não conseguimos perceber que as temos? 

1 – Realizando o trabalho de reforma íntima, que deve se iniciar pelo autoconhecimento. É o esforço para compreender e identificar os seus sentimentos e as suas reações perante os acontecimentos e adversidades da vida. E, assim, ter consciência das virtudes e das limitações.

2 – Praticar a oração e a meditação como uma forma de controlar a mente. Além disso, desenvolver a habilidade para despertar pensamentos positivos e criativos que auxiliem no trabalho para superar as limitações e os vícios.

Este é um caminho para que possamos superar as nossas imperfeições morais. E, assim, estarmos mais fortalecidos para não sermos envolvidos por espíritos menos esclarecidos que queiram nos enredar em seus propósitos maliciosos.

Para compreender melhor, você pode ler “A casa onde entraram os sete pecados“.

Mecanismo do processo de obsessão espiritual.

Como vimos, são as imperfeições morais que possibilitam o sucesso dos processos obsessivos.

E sabemos que o descontrole emocional também pode ser uma importante porta aberta para a obsessão espiritual. Nestes dias conturbados que vivemos, sem dúvida são inúmeros os convites para que deixemos essas portas mais abertas ainda.

Todos nós somos espíritos imortais, sabemos que a vida continua. Ao deixar o corpo físico, o espírito, já na dimensão espiritual, continua como era quando estava encarnado. Isto é, ninguém vira anjo só porque desencarnou.

O espírito desencarnado continua com as suas concepções, as crenças características, os vícios e as imperfeições. Ele leva consigo os seus afetos e também as desavenças. Não existe uma transformação radical só porque passou para o plano espiritual.

Se ao desencarnar a pessoa possuía alguma inimizade, se carregava ressentimento, ódio ou desejo de vingança de alguém, esses sentimentos continuam, assim como as intenções e os desejos.

Mantendo essas predisposições em seu íntimo, o espírito perturbado se lança no intento de levar adiante a sua vingança, retaliando o desafeto ainda encarnado pelos males que julga ter sofrido.

Ao se adaptar à condição de espírito desencarnado no plano espiritual, ele vai tomando conhecimento de suas potencialidades. E então começa a engendrar as suas ações vingativas, buscando estabelecer uma ligação energética com a sua vítima.

Essa ligação se dá através do pensamento. Pois a nossa mente é similar a uma estação de radiocomunicação que tem a capacidade de transmitir e receber pensamentos.

O espírito obsessor, de forma constante e sistemática, emite pensamentos com propósitos maléficos e negativos. Ele objetiva, dessa forma, interferir na mente de sua vítima, com o propósito de induzir a vontade e o livre-arbítrio de seu alvo.

Uma característica da obsessão é a repetição da ideia.

O espírito obsessor repete inúmeras vezes a ideia que ele elaborou, para que a pessoa acolha essa ideia como sua. Assim, leva-a a agir de forma que provoque danos, prejuízos, atente contra alguém para causar conflitos e, até mesmo, para que essa pessoa seja levada ao suicídio.

Os intuitos maléficos e perversos de um obsessor o fazem atentar contra os seus inimigos, buscando impingir o máximo de tormento, de sofrimento, de ruína, de desastres.

Uma outra forma de perturbação é emitir pensamentos que levem as suas vítimas a desenvolverem sentimentos de culpa difusos e generalizados. Criam, para isso, imagens mentais que tragam insistentemente à lembrança atos que ela tenha cometido. E com essas ideias negativas dominando a mente conseguem, assim, desestabilizar completamente as pessoas.

Mas todo esse processo só é possível quando existe uma mesma sintonia vibratória entre as partes.  

Os pensamentos e ideias emitidas pelo espírito obsessor possuem uma frequência vibratória que somente poderá ser captada por aqueles que vibrem, ou seja, que possuam pensamentos que estejam em sintonia com a qualidade da energia emitida pelo obsessor.

Tudo é uma questão de sintonia e afinidade. Portanto, a qualidade de seus pensamentos determinará se você estará ou não protegido do mal.

Se nós nos afinizamos com o bem, teremos muitas defesas contra o mal. Porém, se tivermos tendências para questões negativas, vícios ou comportamentos maldosos em relação às outras criaturas, certamente nos sintonizaremos com o mal.

Somos o que pensamos mas somos também a soma de muitos que pensam como pensamos.

Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?

“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”(“O livro dos Espíritos”, questão 459)

Livre arbítrio e vontade.

Sabemos do poder de influenciação dos espíritos desencarnados, e temos consciência que eles circulam livremente entre nós. E também que, independente de querermos ou não, eles aí estão e vão sempre tentar estender as suas influências e a sua dominação.

Porém, temos o livre-arbítrio. Ou seja, depende de nós aceitar a ideia ou não. Para isso, nós temos a nossa consciência, que possui condições de perceber e de analisar o que se passa em nossa mente. E então avaliar se as ideias que temos são boas ou não para, assim, fazermos as nossas escolhas.  

Portanto, podemos concluir que a melhor defesa contra a obsessão espiritual é estarmos sempre no bem, cultivando a paz e semeando o amor em nossos caminhos.

José Batista de Carvalho

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