
A perda de pessoas queridas para os braços da morte traz uma dor profunda.
A morte é a etapa final da nossa existência terrena, quando somos então chamados ao retorno à nossa morada espiritual. Ela faz parte do ciclo natural da vida. Mas ainda assim, a dor pela perda das pessoas que por muitos anos estiveram ao nosso lado deixa um vazio em nossa alma.
A Doutrina Espírita, entretanto, nos esclarece sobre a continuidade da vida além da morte do corpo físico. Explica, também que essa é uma separação temporária, porque um dia nos reuniremos àqueles com quem temos afinidades espirituais.
Também a Igreja Católica nos ensina que “sendo Cristo a Vida, todo nosso anseio de eternidade faz sentido e será realizado. Viveremos eternamente o amor, a alegria, na companhia de nossos entes queridos, porque do contrário não será felicidade.”, como diz o Papa Francisco.
E o Santo Padre continua dizendo que “não só fomos criados à imagem da Vida, que é Jesus, mas fomos resgatados, recriados, por sua morte e ressurreição, para a Vida eterna com Ele e com nossos entes queridos.”
A pandemia do coronavírus multiplicou a dor pela perda de pessoas do nosso convívio.
A pandemia do coronavírus – este trágico período que estamos vivenciando – em poucos meses levou mais de um milhão de vidas. Ao multiplicarmos esse número por todas as pessoas próximas de cada um que se foi, certamente atingimos a casa de dezenas de milhões de corações sofridos e amargurados.
E este não é um fato isolado. É certamente um resgate coletivo, mas que se soma a todos os outros eventos – mortes por doenças, por acidentes, suicídio, desastres naturais, atentados.
Com o sofrimento assim ampliado, de forma tão repentina e dramática por todos os lares onde se fez presente a dor da perda, cada vez mais se fazem necessárias palavras de conforto. E, sobretudo, esclarecimento para nos conduzir a um entendimento dos ciclos da vida imortal.
“Nossos entes queridos não morreram, apenas ficaram invisíveis aos nossos olhos.”
Chico Xavier
Encontramos, assim, nas palavras de Emmanuel, a descrição, de forma intensa e comovente, da dor sentida por aqueles que perdem para a morte pessoas queridas. Mas trazem também a orientação segura para o alívio dos corações e das almas sofredoras, tanto para os que ficaram, como para os que partiram. Leia a seguir.
Mortos amados
“Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte sentimo-nos como se nos arrancassem o coração para que se faça alvejado fora do peito.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram.
E bastas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos.
Compreendemos, sim, neste Outro Lado da Vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê…
Como asserenar o espírito atormentado pela dor da perda.
Se varas semelhantes sombras de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior.
Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível mas não de todo ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquilizá-los com o apoio de tua conformidade e de teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas.
Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da Grande Renovação.
Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.”
Emmanuel, do livro “Na Era do Espírito”, psicografado por Chico Xavier
fonte – Grupo Espírita Emmanuel
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