
O aspecto mais importante da vida de Jesus, nas palavras de Ramatis.
Jesus é, sem dúvida, uma das personalidades que aqui viveu e deixou sua indelével presença como uma das vidas mais significativas e marcantes. Dessa forma, ficou eternizado na história da humanidade e Ramatis fala de detalhes inalcançáveis na pesquisa comum sobre a vida do Mestre Jesus.
O ser humano procura conhecer os fatos históricos que marcaram a trajetória da civilização. Ele busca, assim, compor evidências e alinhar parâmetros que permitam fazer deduções, uma vez que a realidade muitas vezes se perde nas sombras da noite dos tempos.
Os historiadores tentam dar o máximo de precisão à passagem de Jesus pela Terra. Eles envidam esforços para reconstituir a sua vida, os aspectos do ambiente onde ele nasceu e viveu, bem como muitos outros pormenores de sua existência.
Ramatis, contudo, no preâmbulo do livro ‘O Sublime Peregrino’, psicografado por Hercílio Maes¹, diz que “há séculos os homens desperdiçam o seu precioso tempo na indagação de minúcias dos acontecimentos ocorridos em torno do Mestre Jesus.
No entanto, descuram-se de considerar e praticar os seus admiráveis ensinamentos de redenção moral e espiritual.”
Ele continua dizendo que considera uma perda de tempo ater-se em demasia às minúcias que envolvem a vida de Jesus. De acordo com ele, “o aspecto mais importante é a sua vida de abnegação e sacrifício ilimitados, no sentido de ‘salvar’ a humanidade”.
Para Ramatis, o que mais importa é o conteúdo do Evangelho, que ele considera como “o mais avançado Código de Lei de aperfeiçoamento espiritual.”
Como era a vida do espírito angélico de Jesus na Terra.
O mentor espiritual se refere, em seguida, à condição em que o Mestre veio à Terra, um espírito dos mais puros que quis viver, se mostrar e sofrer como um homem comum.
Assim, conta Ramatis, “Jesus, embora fosse um anjo exilado do Céu, viveu junto dos terrícolas, lutando na vida humana com as mesmas armas, sem privilégios especiais e sem recorrer a interferências extraterrenas para eximir-se das angústias e dores inerentes à sua tarefa messiânica.
O Mestre mobilizava todos os recursos possíveis para evitar sua desencarnação prematura, cujo corpo de carne se ressentia do potencial elevado das vibrações sidéreas emitidas pelo seu Espirito angélico.
Vivia, em alguns minutos, os pensamentos, as emoções, as angústias e ansiedades que os terrícolas não conseguiam viver em uma existência. O ritmo do metabolismo de sua vida espiritual ultrapassava o limite áurico de toda a humanidade terráquea. E os seus raciocínios transbordavam fora do tempo e do espaço, exaurindo-lhe o cérebro.
No seu hercúleo esforço para situar-se a contento, na carne, Jesus assemelhava-se a um raio de sol tentando acomodar-se numa vasilha de barro!
A sua mente vivia hipertensa, cujo impacto se descarregava sobre os plexos nervosos, oprimiam-lhe o cérebro, os nervos, o sangue e os vasos capilares, resultando, então, perigosos hiatos na rede circulatória.
O turbilhão de pensamentos criadores vibrava e descia da superconsciência; ele então recorria aos jejuns periódicos, a fim de o seu espírito conseguir maior liberdade nessas fases pré-agônicas de desafogo da matéria.
Outras vezes, o próprio organismo mobilizava recursos biológicos de emergência e vertia suor e sangue. Compensava, com essa descarga imediata de humores, a perigosa tensão ‘psicofísica’, fruto do fabuloso potencial de energia espiritual a lhe prensar a carne frágil!”²
Um ato de amor puro de Jesus por todos nós.
“Embora as paixões e os desejos estejam na alma, Jesus também se via obrigado a mobilizar os seus recursos angélicos, a fim de neutralizar as vibrações pesadas do ambiente onde se encontrava, assim como as flores delicadas resistem aos ventos agressivos.”
O elevado mentor espiritual ressalta que não nos é possível avaliar em toda a sua extensão “o imenso sacrifício e abnegação despendidos por Jesus para descer aos charcos do vosso mundo.
São bem menores as lutas, as angústias e os tormentos do pecador, no sentido de purificar-se até subir às esferas da angelitude, ante o martírio do anjo que renuncia às venturas celestiais dos mundos divinos para descer ao abismo pantanoso dos mundos materiais, como sucedeu a Jesus.
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É bem mais fácil e cômodo despojarmo-nos dos trajes enlameados e tomarmos um banho refrescante, do que vestirmos roupas pesadas e descermos a um fosso de lodo repulsivo e infeccionado, onde se debatem criaturas necessitadas de nosso auxílio.”, finaliza Ramatis.
Noemi C. Carvalho
Referências
1 – Sociedade Espírita Ramatis
2 – Nota do Revisor: O Evangelho de Lucas, capítulo XXII, versículo 44, refere o seguinte: “E veio-lhe um suor de sangue, como de gotas de sangue, que caía sobre a terra.” Trata-se de suor sanguíneo, por hemorragia das glândulas sudoríparas, que a Medicina chama de hematidrose.
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