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Rosebud: o segredo para uma vida mais feliz

imagem do filme cidadão Kane com Kane discursando num púlpito com um grande cartaz dele atrás vida mais feliz

Quantos desejos precisamos realizar para ter uma vida mais feliz?

Vivemos revirando inúmeros desejos e buscando o segredo para uma vida mais feliz. Desejos estes que, às vezes, brotam de forma natural ou então são estimulados pelos meios de comunicação. Mas que, de todo modo, nos levam em busca de uma sensação que parece estar saudosamente recolhida na memória.

Acreditamos que sua realização pode nos saciar, quando amontoamos inúmeros produtos, posições sociais e até mesmo poder, mas parece que isso só funciona por um breve período.

Entretanto, tão logo a novidade se perde no pântano do tédio, surge a necessidade de preencher de novo o vazio, na tentativa de recuperar algo que não sabemos bem o que é.

“Rosebud”, o símbolo da genuína felicidade.

No grande filme “Cidadão Kane”, revela-se a surpresos olhos atemorizados que o grande magnata das comunicações, o homem mais poderoso do mundo, depois de inúmeras conquistas e aventuras inimagináveis, depois de satisfazer todas as vontades, vaidades e desejos, quando estava em seu leito de morte, em sua última palavra susurra: “Rosebud”.

O que seria “Rosebud”?

Atônitos, muitos tentam desvendar o que a misteriosa palavra representava. O que o grande barão da imprensa tentou expressar?

Numa vida de extravagantes conquistas e aquisições, com dinheiro e poder ele comprou desde opulentas colunas de mármore do panteão grego até a consciência de homens.

Mas nos inúmeros galpões onde seus tesouros ficavam empilhados, cobertos de pó, esquecidos em suas magnificências enlutadas pelo desprezo de seu conquistador, ecoava o sussurro final: “Rosebud”.

Como súplica final em busca de redenção, “Rosebud” enunciava um doído reconhecimento de uma vida vazia e pesar. Um lamento pelos últimos instantes de inocência e felicidade na vida daquele titã.

Era como se cada batalha empresarial ganha pudesse emular a juvenil alegria que era deflagrada pelas inocentes brincadeiras na neve, onde o pequeno trenó de madeira já um pouco gasta deslizava, com a inscrição de seu nome – “Rosebud”  – como um símbolo da ternura e contentamento que só a felicidade pode despertar, desvendando tardiamente o segredo para uma vida mais feliz.

Esta nossa atual encarnação é apenas um instante fugaz de nossa vida.

Será que em nosso mundo de hoje não estamos em contínuos conflitos para conquistar poder, importância, novidades consumíveis? E tudo numa busca para aplacar o tempo perdido no esquecimento do que verdadeiramente nos faz felizes?

Esquecemos, assim, que este instante é um fugaz acontecimento em nossa atual encarnação. E que, ao cruzarmos os limites da vida física, levaremos só o que experienciamos, ou seja, o conhecimento obtido em todas as nossas experiências.

Será que conseguimos viver toda a plenitude que estávamos preparados para construir nessa atual encarnação?

Ou estamos parados na ilusão da matéria que se esforça em nos fazer crer que também nós, à semelhança dos bens materiais, seremos consumidos ou largados por não sermos mais importantes.

Como viver uma vida mais feliz nesta encarnação?

Um sábio da antiguidade já o disse: “Homem conheça-te a ti mesmo”.

Essa exortação nos força a enfrentar o nosso maior inimigo: o nosso egoísmo. Esse culto exasperado a uma autoimagem falsa que nos arrasta para as malhas do orgulho e da vaidade, enredando-nos em ilusórias conquistas que se esvaem ao nascer do sol.

O autoconhecimento é a prática de um mergulho interior buscando se libertar da imagem deformada que, por medos sem fim, construímos ao longo do viver.

Por quantas vezes a criança que fomos continuará a ser humilhada, castigada, maltratada, esquecida nas dores que não conseguimos curar?

Precisamos de coragem para reconhecer nossa fragilidade, admitir as imperfeições sem deixar que se criem complexos de inferioridade. Nós estamos aqui e agora vivenciando a oportunidade do aprendizado, do refazimento  daquilo que foi estilhaçado em nosso ser.

Aprendamos que temos o direito de errar, que não é vergonhoso cair, mas que não podemos permanecer no chão. Que cada queda nos ensine onde não cair mais e que nos possibilite levantar sem carregar o peso da culpa e da vergonha.

As palavras de Jesus nos ajudam a resgatar a plenitude da vida.

Neste mundo, ainda de provas e expiações, muitas são as tentações e os mercadores delas. Lembremos que mesmo Jesus passou por elas quando adentrou o deserto para se interiorizar, antes de iniciar seu ministério. Ele nos ensinou que o poder de Deus é maior que qualquer tentação ou provocação, que em momento algum a sombra pode enfrentar a Luz.

Essa Luz é a afirmação da consciência livre das amarras da matéria, a aceitação de que, como disse Jesus, “ Vós sois deuses”. E ele também nos disse que se nossa fé for do tamanho de um grão de mostarda, poderemos fazer maravilhas.

Jesus mergulhou nas sombras da Terra para que pudesse compartilhar conosco das pesadas vibrações dessa mesma sombra, formada pela energia emanada pela maioria de nós.

Aproveitemos, então, essas lições todas deixadas por Jesus. Cada palavra sua tem a força para romper os grilhões da ignorância. E assim nos libertar do inferno dos conflitos, para encontrarmos o Reino de Deus que está dentro de nós.

Mergulhemos em nosso profundo ser, porque assim a mente Divina emergirá, resgatando a pureza da alegria juvenil que conhecemos como felicidade. Esse sentimento muito procurado mas pouco reconhecido.

José Batista de Carvalho

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