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Santa Clara: a pequena Chiara de São Francisco

imagem de Santa Clara

Clara de Assis, uma vida consagrada ao bem.

No dia 11 de Agosto celebra-se o dia de Santa Clara, a jovem Chiara, da cidade de Assis, que seguiu São Francisco em sua jornada de devoção, amor e caridade.

Clara nasceu numa família nobre e de muitas posses. Viveu entre o contraste das atitudes de seu pai – que era conde e cavaleiro feudal – e de seu tio – conhecido como um cavaleiro brutal e inescrupuloso – e as atitudes generosas de sua mãe, Hortolana, de elevado grau de religiosidade.

A gravidez de sua mãe foi difícil desde o início e o parto foi de grande risco. Mas a criança nasceu saudável e recebeu da mães o nome de Chiara (Clara), pois ela dizia que a menina iria iluminar toda a humanidade.

Clara tinha uma beleza singular e foi prometida para um jovem da nobreza. Mas no ano de 1212, aos 18 anos de idade, antes que o matrimônio se realizasse fugiu para se unir aos seguidores de Francisco de Assis, na igrejinha da Porciúncula. Logo em seguida, sua irmã, Inês, também se juntou a eles e, depois de alguns anos, recebeu a companhia de sua mãe e sua outra irmã, Beatriz.

Junto a outras companheiras, deu início à Ordem contemplativa feminina da Família Franciscana ou Clarissas, a pedido de Francisco de Assis, para viver na clausura. A primeira moradia das seguidoras de São Francisco foi o conventinho de São Damião, e eram conhecidas como a comunidade das “Damas Pobres”.

Clara viveu ainda 27 anos depois da morte de Francisco. Ela faleceu, com 60 anos, em São Damião, no dia 11 de agosto de 1253, pronunciando as palavras: “Meu Deus, bendito sejais por ter-me criado!”

Santa Clara, exemplo para os tempos de pandemia.

No dia de hoje, por ocasião da memória da Santa de Assis, o ministro geral dos Frades Menores, frei Perry, escreve às Clarissas. Ele define a vida de clausura como “um pequeno campo de batalha no coração do planeta”, onde se aprende não a fugir das coisas do mundo, mas a construir no silêncio “relações de comunhão com a ajuda do Espírito”.

Destaca, também, que Deus “não nos salva da covid-19, mas na covid-19, não nos salva da solidão, mas na solidão, não nos salva do medo, mas dos nossos medos.”

E recorda como a própria Clara encorajou aquelas que a tinham seguido na sua escolha de vida: “Minhas irmãs e filhas, não tenham medo, pois se Deus estiver conosco, nossos inimigos não poderão nos ofender. Confiem em nosso Senhor Jesus Cristo, que do temor nos libertará.” As palavras de Santa Clara parecem ecoar na atualidade, nestes tempos de pandemia.

Esta é uma oportunidade de construir um novo mundo.

Frei Perry diz que somos convidados a confiar na Providência e”viver na simplicidade, evitando todo desperdício; viver na solidariedade, dar o melhor de nós para fazer o bem que podemos fazer.”

Além disso, ele acrescenta que a situação que está acontecendo pode ser também “uma oportunidade de construir um novo mundo baseado não mais no paradigma da globalização, em nível comercial ou cultural, mas em um retorno ao local, à família, ao regional.”

E espera que a compaixão das clarissas seja capaz de “consolar tantas pessoas aflitas e doentes, apoiar o pessoal da saúde tão generoso e dedicado, encorajar as famílias e inflamar o coração dos jovens que o Senhor está chamando para segui-lo.”

Frei Perry finaliza, então, dizendo que o coronavírus “nos ensinou que estamos todos no mesmo barco” ao atacar “indiscriminadamente ricos e pobres, poderosos e pequenos, justos e pecadores”. E por isso pede às monjas: “Em solidariedade com a humanidade sofredora, ajudem-nos a perseverar na oração para esperar mesmo contra toda esperança.”

A vida e o ideal de um pequeno mosteiro.

No Mosteiro de Santa Maria da Saúde no interior da Itália, exatamente na localidade de Santa Lucia de Serino, vivem onze irmãs Clarissas. A construção do Mosteiro remonta a 1608, e está ligado ao palácio da família de São João Moscati.

A vida normal das Clarissas não foi muito abalada por esta pandemia “porque continuamos a nossa rotina diária de orações e de trabalho. Vivemos este período, antes de tudo levando ao Senhor, a nossa oração, em todas as horas do dia. Vivemos na esperança e na certeza de que o Senhor cuidará de tudo isso porque é Ele que cuida de nós.” 

“A nossa vida – disse a clarissa – pode ser um exemplo, porque é uma vida que impõe ritmos diferentes, que nos prepara a esperar com paciência os prolongados períodos como são, às vezes, os tempos de Deus, os tempos da realização das coisas, os tempos do encontro com as pessoas. O nosso modo de viver nos plasma diariamente a este prolongamento dos tempos.

Talvez para os que vivem fora dos mosteiros seja mais difícil porque estão acostumados a tudo e logo. A nossa vida nos leva a viver com muito mais calma todas as situações, com a oração e o com o saber de que os nossos tempos não são nossos, mas de Deus. Portanto temos que nos empenhar para que ‘tudo funcione’, e saber esperar e prorrogar, com a certeza de que as promessas de Deus serão realizadas.”

com informações de:
Vatican News
Irmãs Clarissas – Ordem de Santa Clara no Brasil

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