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Sempre tem um amigo ao nosso lado

mulher frente a ondas do mar em uma paia acompanhada por um espírito amigo ao nosso lado

Nossa vida é compartilhada de várias maneiras.

A nossa vida se passa entre relacionamentos de vários tipos, mas sempre temos alguém mais próximo ao nosso lado, seja um amigo ou uma pessoa da família.

No dia a dia, temos as relações de trabalho que podem até se estender num happy hour, numa festa, mas são contatos do ambiente profissional com os quais mantemos um relacionamento superficial.

Existem, também, as relações com clientes, com fornecedores e prestadores de serviço. Assim, sabemos um pouco da vida dos clientes mais assíduos, conversamos com os balconistas da padaria e da farmácia, cumprimentamos o carteiro, o zelador do prédio.

Nesses casos as conversas são amenas, e de fato os assuntos não passam da linha da previsão do tempo, do trânsito, uma notícia recente, podendo chegar até mesmo a algum detalhe da vida familiar.

Em outros dois tipos de relacionamento conversamos mais abertamente, porque nos sentimos mais à vontade, existe uma maior proximidade: são os grupos formados pela nossa família e por nossos amigos.

Com eles, certamente ficamos mais à vontade para falar do que aconteceu de bom ou nos queixarmos daquilo que não achamos certo, trocamos ideias, partilhamos sonhos e projetos.

Em certos momentos, a solidão pode ser avassaladora.

Mas mesmo assim, apesar de todas as pessoas que estão à nossa volta, existem momentos em que a solidão é avassaladora. Não conseguimos nos abrir, nossos sentimentos sufocam nossas palavras, queremos ficar fechados em nossa concha protetora.

Quanto mais nos calamos, mais cala fundo a nossa dor, que passa despercebida aos olhos dos que nos estão próximos. Não sabemos como falar o que sentimos, temos medo de sermos criticados e julgados.

Sentimos vergonha de abrir o diário pessoal de nossas dores para quem quer que seja, sentimos que não temos nem um amigo ao nosso lado para nos entender.

Muitos podem ser os motivos que nos fazem sentir assim, mas certamente todos eles acabam recaindo sobre nós mesmos. Talvez tenhamos tomado uma decisão que não foi boa, ou confiamos no conselho de alguém e não deu certo.

Mas, de todo jeito, as escolhas são sempre nossas e somos os agentes finais de nossas atitudes.

A lei de ação e reação sempre se manifesta.

De acordo com a lei universal de ação e reação, todas as escolhas que fazemos e as ações que tomamos vão criar efeitos e consequências. Estas, depois, de alguma forma, voltam para nós numa cadeia de entrelaçamentos de energias.

De forma simplificada, podemos dizer que o bem atrai o bem, e o mal atrai o mal. Tudo se processa de acordo com a atração de semelhantes, das forças naturais que, como ímãs, trazem mais do mesmo.

Naturalmente, sob esse enfoque, fica claro que o melhor é sempre praticarmos o bem para evitar dores e dissabores. Mas talvez não seja tão fácil fazer essa escolha, pois trazemos hábitos de conduta, formas pré-definidas de pensar que nos levam a agir automaticamente.

Ainda assim, mesmo que muitas vezes nos faltem empenho ou até relutância em vencer tendências que se apresentam como falhas e que podem ser superadas e transformadas, quando a vida pesa sobre nossos ombros e nos fechamos em nós mesmos nos sentindo abandonados e desamparados, nunca ficamos sem o amparo dos benfeitores espirituais.

Um relato de André Luiz.

Uma comovente descrição de como esse amparo das mais altas esferas espirituais chega até nós está no livro ‘Obreiros da Vida Eterna’, de André Luiz e psicografado por Chico Xavier, que teve sua primeira edição em 1946.

André Luiz conta que, enquanto visitava um dos centros de assistência espiritual, um dos instrutores, em palestra, se refere aos problemas, dores e aflições que atormentam a mente humana.

“As zonas purgatoriais multiplicam-se, assustadoramente, em derredor do homens encarnados. (…) Espantou-me a visão terrífica do vale: o sofrimento e a ignorância dominavam em plena treva.

Desencarnados e encarnados lutavam uns contra os outros, em combates gigantescos, disputando gratificações dos sentidos animalizados. O ódio criava moléstias repugnantes, o egoísmo abafava impulsos nobres, a vaidade operava horrenda cegueira.”, relata o instrutor Albano Metelo.

O amigo que está sempre ao nosso lado.

Em seguida, o mesmo instrutor conta que, “certa noite, notei que o vale se represava de fulgente luz. Que sol misericordioso visitava o antro sombrio da dor? Seres angélicos desciam, céleres, de radiosos pináculos, acorrendo às zonas mais baixas, obedecendo ao poder de atração da claridade bendita.

‘Que acontecera?’ – perguntei ousadamente, interpelando um dos áulicos celestiais.

– ‘O Senhor Jesus visita hoje os que erram nas trevas do mundo, libertando consciências escravizadas’.

Nem mais uma palavra. O mensageiro do Plano Divino não podia conceder-me mais tempo.

Urgia descer para colaborar com o Mestre do Amor, diminuindo os desastres das quedas morais, amenizando padecimentos, pensando feridas, secando lágrimas, atenuando o mal e, sobretudo, abrindo horizontes novos à Ciência e à Religião, de modo a desfazer a multimilenária noite da ignorância.”

O amor de Jesus está sempre nos abençoando.

Você alguma vez já esteve se desmanchando em lágrimas por causa de algum problema ou decepção e, de repente, uma inesperada serenidade faz secar as lágrimas, acalma a mente e tranquiliza o coração? Ou então numa situação angustiante e aparentemente sem saída, simplesmente surge uma saída, uma boa solução?

São os emissários do Amor Divino, que nunca nos desamparam. Eles fazem tudo ao seu alcance para nos orientar e nos conduzir por caminhos que, podemos não entender ou até aceitar, mas são os passos da escalada na evolução espiritual para o cume a que todos nós um dia chegaremos.

Jesus, em sua bondade, nunca nos esquece nem desiste de nós, pois ele é um verdadeiro amigo que não sai nunca do nosso lado, nem mesmo quando nos afastamos dele, da lembrança de seu coração amoroso.

E ele mesmo vem até nós, trazer a sua luz para iluminar nossos caminhos. Porque ele sabe que a nossa jornada evolutiva tem um objetivo certo e inevitável, embora não tenha um tempo determinado para alcançá-lo.

A amorosa energia dos benfeitores espirituais está sempre presente.

Cada um de nós tem o seu próprio tempo. Seguimos um rumo individualizado fazendo uso do livre-arbítrio e podemos, portanto, nos demorar quanto quisermos nas vivências de vibração mais baixa.

Mas é claro que isto traz consequências cada vez mais sofridas. Porque, pela lei universal de atração, atraímos para a nossa vida, do mesmo modo, situações e pessoas que também ressoam em estágios de vibração inferior.

Assim, quanto mais nos afastamos do caminho luminoso do amor, da bondade, da humildade, da retidão e do serviço ao próximo, mais tempo ficaremos retidos em zonas de energias negativas, não só na vida terrena mas também na vida espiritual.

Se as sombras da tristeza, da revolta e do desânimo o visitarem, lembre-se que sempre tem um amigo ao nosso lado. Ele ali está, sussurrando palavras reconfortantes, intuindo nossos pensamentos para a ação benéfica, amparando nossas dores e fortalecendo nossos passos.

Noemi C. Carvalho

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