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Tratar os outros como nos tratam?

Vista de uma floresta com o topo de altas árvores semiencobertas por névoa densa e a inscrição "Tratar os outros como nos tratam?"

Uma antiga fábula, um ensinamento sempre útil.

Às vezes ficamos em dúvida sobre como tratar os outros, principalmente quando eles nos tratam com agressividade. Esta fábula contada por André Luiz traz orientações úteis para as nossas relações com os outros. Leia a seguir.

“Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto.

Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:

– Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.

A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente.

Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. 

Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada.

Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína.

A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas perseguiam-na. 

O sábio pensou, pensou e respondeu, após ouvi-la:

– Mas minha irmã, ouve um engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus.

Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor.

Não mordas nem firas, mas é preciso manter o perverso a distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.”

Do livro “Os Mensageiros”, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier – fonte: Fundação Espírita André Luiz

A bondade não pode se descuidar da maldade.

Este conto nos mostra, em primeiro lugar, que manter a serenidade e a paz de espírito numa situação de conflito pode, muitas vezes, ser a melhor opção.

Quando somos atacados e reagimos com a mesma energia agressiva, a discussão só tende a se avolumar. Ao manter a calma, damos oportunidade à outra pessoa para que também se acalme, e abre-se a possibilidade para o diálogo e o entendimento.

Outra mensagem que podemos extrair trata da possibilidade que todos têm de resistir aos seus impulsos inferiores, adotando novas formas de conduta no relacionamento com os outros.

Se não existe má conduta, se não há desavenças, isso significa um convívio mais harmonioso entre todos. E, certamente, isso é algo pelo qual sempre vale a pena se esforçar.

Por fim, adverte-nos quanto ao cuidados que devemos ter no relacionamento com as outras pessoas. O fato de praticar o bem, mostrar respeito e cordialidade, agir de forma honesta e sensata, não significa, necessariamente, que receberemos sempre esse mesmo tipo de tratamento.

Pois é ampla a diversidade de características de personalidade, e nem todas as pessoas comungam dos mesmos princípios morais. Além disso, devemos também ter em mente que desvios de conduta podem também ter origem em traumas emocionais ou desequilíbrios no organismo.

Cuidemos, portanto, de cultivar sempre os melhores hábitos no trato com os demais, resistindo aos impulsos repentinos, às palavras descuidadas e às ações premeditadas no egoísmo ou na maldade.

Mas não descuidemos de proteger nossa individualidade com relação àqueles que se encontram num diferente ponto do percurso da vida.

Noemi C. Carvalho

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