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Um dia a gente chega e no outro vai embora

home andando sozinho a gente chega e vai embora

A gente chega na vida, escreve a nossa história, depois vai embora.

“Um dia a gente chega e no outro vai embora”¹, é essa a certeza que temos. Nascemos na percepção de quem somos e logo vamos embora, logo vamos novamente nos incorporar nessa imensa e eterna Unidade de amor infinito.

“Cada um de nós compõe a sua história”, pois somos frutos inequívocos de todas as nossas escolhas, dos pensamentos acolhidos, reflexionados e renascidos nas crenças que nos formam, que nos põem na forma até o instante em que nos desenformamos de tudo aquilo que não somos.

É esse o grande dom de sermos capazes de ser felizes ao encontrar a paz e felicidade de não nos desesperarmos nas desilusões e, no rosto lavado pelas lágrimas, podermos enxergar a Divina face que um dia brilhará cada ser em si.

A energia vital chamada desejo.

Tudo hoje passa depressa demais e não temos tempo para nos conhecer nas manhãs de cada uma das estações que nos ponteiam. E, ano após ano, percebemos que nos paralisamos com os avanços tecnológicos que nos enchem de brilho e cores distantes, que levam o pensamento a voar para longe de onde devíamos permanecer.

O meu caro companheiro Jung, em minhas leituras disse-me que precisamos ter em nosso interior um movimento, uma energia vital que ele chamou de desejo, pois só estaremos vivos quando nos sentirmos alimentados por esse entusiasmo, por esse desejo.

Se nós não possuirmos esse desejo, se pararmos de desejar, vamos aos poucos morrendo. Para Jung, o desejo é o elam vital que nos mantém vivos, que faz com que tenhamos disposição de acordar todos os dias, de ir trabalhar, de viver, de fazer o que a gente precisa fazer.

Meu amigo Jung dizia que quando nós vivemos a satisfação do desejo pode haver até uma certa frustração. E aí então percebemos que o bom do desejo era construí-lo, e nem tanto a sua realização. Algo parecido com a busca pela felicidade, que só a alcançaremos quando entendermos que o melhor e mais importante é o caminhar. “Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente.”

O desejo e o sentido da vida.

O que Jung nomeava como desejo o Dr. Viktor Frankl² chamava de sentido da vida. E explicava que quando mantemos vivo esse sentido, a existência, o que fazemos, o ser quem somos, então começamos a saborear o processo, e não só os resultados.

O sentido da vida, nos faz ter mais que uma satisfação: nos apresenta a exuberância da realização, de sentirmos que cada etapa, cada passo da caminhada nos faz felizes, nos revelando quem somos em verdade.

Esta jornada é como entendermos a palavra esperança não como um conceito estagnado, mas a esperança operante, a esperança ação, que vamos construindo e não esperando receber pronta.

Mas para aprender a elaborar o nosso sentido de vida e vermos brilhar a chama da esperança precisamos construir o conhecimento sobre a eternidade.

A eternidade é um grande agora.

É natural que, quando o tema eternidade é discutido, certa ansiedade permeie os nossos sentidos. Somos ocidentais, temos necessidade de racionalizar os conceitos, colocá-los nas dimensões que nossos sentidos percebem, mas o espaço e o tempo não nos fornecem dados para explicar a eternidade.

Eu costumo usar um pequeno exercício para dar uma noção do que seria a eternidade. Em primeiro lugar, procure por alguns instantes se isolar do mundo, sair da barulheira que a vida se tornou. Em seguida, feche os olhos respire profundamente e segure por alguns instantes o ar em seus pulmões.

Agora sinta o seu corpo, sinta estar totalmente presente em pensamento nesse momento. Perceba cada pequeno instante em que tenha a consciência do agora, neste preciso momento. Pois bem, imagine esse momento se estendendo para sempre. A eternidade é um grande agora.

Afinal, estrada eu sou.

Então, logo depois vem a pergunta, e como é que podemos nos preparar  para essa eternidade que vivenciaremos em plenitude?

Viva bem, pois vivendo bem é a melhor forma de se preparar para a eternidade.

Jesus nos ensinou: “Vós estais no mundo, mas não sois do mundo”. Não somos essa materialidade que vivenciamos aqui neste planeta. Tudo à nossa volta, inclusive o corpo que envolve nosso espírito, passarão.

Este mundo aqui é passageiro, a gente chega e depois tudo vai ficar pelo caminho e no passado, pois nós sempre seguiremos em frente.

Afinal, “Como um velho boiadeiro levando a boiada eu vou tocando os dias,
pela longa estrada, eu vou, estrada eu sou.”

José Batista de Carvalho

Referências

1 – Em itálico, versos da música “Tocando Em Frente” – Composição: Almir Sater / Renato Teixeira
2 – Dr. Viktor Frankl – neuropsiquiatra  fundador da terceira escola vienense de psicoterapia, a Logoterapia e Análise Existencial. O Dr. Frankl ficou mundialmente conhecido depois de descrever a sua experiência dramática em quatro campos de concentração nazistas.

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